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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

HOMOFOBIA A INSTITUIÇÃO DE UM PERVERSO SOCIAL

Fico me perguntando do porquê de um síndrome das ações de HOMOFOBIA ,caso agora espalhando-se em Goiânia .
Será que o conluio das ditas Igrejas HOMOFÓBICAS dentro do seu cenário do PERVERSO não está por trás disto,desta proliferação de tais ações
As famílias caretas estimulam isto, por calar-se, as igrejas não se posicionam,sobretudo aquelas da porção HOMOFÓBICAS.
E agora?
Só nos resta denunciar pressionar o poder que baixou a cabeça diante da lei que puniria o preconceito; e mais ir as ruas e gritar,escandalizar,
pois maior escândalo é a sociedade viver no temor dos perversos engavetados,ou sofrer danos físicos, morais e não ter resposta da justiça com rapidez e a devida eficiência.
É conclamar escolas,universidades e o povo em geral para dar fim a esta escabrosa receita de preconceito que aflige uma sociedade que pasmou com revoluções sexuais, mas não desmoronou a panacéia moral dos falsos novos.
Tinha razão o saudoso Hitchens em falar o que falou da Igreja.
Que deus é esse estreito?
Onde está a Roma e seu palhaço, que não acorda para o sexo?
Que igreja é esta que promove genocídios de HIV por ser contra o preservativo e no entanto vários de seus componentes sucumbem e sucumbiram ao HIV.
Basta, de fazer sexo escondido, homo ou hetero.
E afinal se é como diz a louca afirmativa que o hetero e o homo são escolhas e gerados pela família,então é no botão da genitália hetero que cresce e se formata o homossexual?
Abaixo o falso moralismo, que admite sexo entre os iguais nas brincadeiras dos machos ,das mocinhas moçoilas e senhorase em finais de semana semana, no vestuário dos clubes,nas escolas, universidades, nos carros em locais ermos, ou nos motéis afastados e nas férias ditas a negócio, nos provadores de roupa lingerie, nos filmes heteros que acatam a homossexualidade feminina, nos treinos dos esportes, no roça roça debaixo da mesa, nos beijos nos sanitários
O pinto, peru,cu,ânus ,vagina pertencem a quem os tem e faz deles o que quer com gozo.
O gozo é direito natural de quem vive.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A CESARIA ÉVORA

















Sodade cantamos nós agora
Sodade e a falta de tua guela limpa
do teu riso moreno
das águas que pintaste
nas mornas que ficarão frias
do cabo que já não será mais tão verde.

Si bô 'screvê' me
'M ta 'screvê be
Si bô 'squecê me
'M ta 'squecê be
Até dia

Sodade sodade
Sodade
Dess nha terra Sao Nicolau
Nha sentimento
adeu Cesária

A SERGIO BRITO PARODIANDO DRUMMOND -RESÍDUO


De tudo ficou um pouco Sérgio
Do meu medo ao saber de ti.
Dos gritos gagos. Da rosa que tanto dissestes
ficou um pouco

Ficou um pouco de luz
captada no chapéu do teu palco

Pouco ficou deste pó
de que teu branco sapato cansado
se cobriu. Ficaram poucas
roupas, poucos papeis encolhidos dos textos
pouco, pouco, muito pouco.

Mas de tudo fica um pouco.
Da ponte com teu público
de duas folhas de grama e gana
do maço
- vazio - de cigarros, ficou um pouco.em tua língua

Pois de tudo fica um pouco.

De teu áspero silêncio, nas coxias
um pouco ficou, um pouco
nos muros zangados
no tecido da ribalta, muda, que sobe.

Ficou um pouco de tudo
no pires de porcelana de tua bebida
dos teus vídeos
ficou um pouco
de ruga na vossa testa, pelo descaso que tivestes de muitos,
retrato.de um artista

Se de tudo fica um pouco Sergio
mas por que não ficaria
um pouco em Fernanda, no trem de tua esperança
que leva ao norte, no barco,
nos anúncios de jornal declarando tua ausência, agora


De tudo fica um pouco, talvez muito.
Não muito: de uma torneira
pingara esta gota absurda,
meio sal e meio álcool, de teu afastamento de nós
salta esta perna da morte que te convidou
este vidro de relógio
partido em mil desavisos
este pescoço de cisne, que não mais dançará
este segredo infantil...
De tudo ficou um pouco:
de mim; de ti; de de Natália
Cabelo na tua manga,
de tudo ficará um pouco;
vento nas orelhas minhas, me recordando
simplório arroto, gemido
de víscera inconformada,por tua partida
e minúsculos artefatos:
campânula, lápis, cápsula
de revólver... dos teus comprimidos
De tudo ficou um pouco.

E de tudo fica um pouco.
Oh!!! abre os vidros de loção
e abafa
o insuportável mau cheiro da memória, que nos atormentará por tua aesência

domingo, 18 de dezembro de 2011

A DIVA DE PÉS DESCALÇOS ENCANTOU-SE NA MORTE





A cantora cabo-verdiana Cesária Évora, de 70 anos, morreu esta manhã no hospital Baptista de Sousa, em São Vicente, Cabo Verde, onde se encontrava internada desde sexta-feira.
A notícia foi confirmada à Lusa pelo diretor clínico do hospital, que explicou que a morte ocorreu por volta das 11:20 de hoje por "insuficiência cardio-respiratória aguda e tensão cardíaca elevada".
Alcides Gonçalves disse ainda que desde que Cesária deu entrada no hospital esteve internada nos serviços de cuidados intensivos "com um quadro muito complexo".
"Diva dos pés descalços"
A "diva dos pés descalços", como a imprensa se referiu muitas fez a Cesária Évora, nasceu há 70 anos na cidade do Mindelo, na ilha cabo-verdiana de S. Vicente no seio de uma família de músicos.
Numa das muitas entrevistas que deu, certa vez, afirmou: "tudo à minha volta era música". O pai, Justiniano da Cruz, tocava cavaquinho, violão e violino, instrumentos que se tornaram característicos daquelas ilhas, o irmão, Lela, saxofone, e entre os amigos contava-se o mais emblemático compositor cabo-verdiano, B. Leza.
"Cise" como era carinhosamente tratada pelos amigos, tornou-se no nome mais internacional de Cabo Verde, país de onde o mundo conhecia já grandes músicos como Luís Moraes e Bana.
Desde cedo que Cesária Évora se lembrava de cantar, como referiu numa das muitas entrevistas que deu: "Cantava ao ar livre nas praças da cidade para afastar coisas tristes". Aos 16 anos canta nos bares das cidade e nos hotéis começando a ganhar uma legião de fãs que a aclamavam já como "rainha da morna".
A independência da nação africana, em 1975, coincide com o início de um "período negro" da cantora que deixa de cantar, tem problemas com o alcoolismo e trabalha noutra área.
Em 1985 a convite de Bana, proprietário de um restaurante e uma discoteca com música ao vivo em Lisboa, Cise vem a Lisboa e grava um disco que passou despercebido à crítica, seguindo para Paris onde é "descoberta" e daqui, como aconteceu com outros cantores, partiu para os palcos do mundo.
Em 1988 grava "La diva aux pied nus", álbum aclamado pela crítica. Nesta fase da sua carreira tem um papel fundamental, que se manteve até ao final, o empresário francês José da Silva.
Em 1992 Cesária Évora gravou "Miss Perfumado" e aos 47 anos torna-se uma "estrela" internacional no mundo da world music, fazendo parcerias com importantes músicos e pisando os mais prestigiados palcos.
Uma carreira internacional que passou várias vezes por palcos portugueses cujas salas esgotavam para ouvir, entre outros êxitos, "Sôdade".
Em 2004 recebeu um Grammy para o Melhor Álbum, de world music contemporânea pelo disco "Voz d'Amor". "Cise" não pára e continua em sucessivas digressões, regressando de quando em vez à sua terra natal.
"Eu preciso de quando vez da minha da terra, do povo que sou e desde marulhar das ondas", confidenciou certa vez à Lusa.
A cantora começa a enfrentar vários problemas de saúde e alguns "sustos" como afirmava, mas regressava sempre aos palcos e aos estúdios com alegria.
Em 2009 o Presidente francês Nicolas Sarkozy entrega-lhe a medalha da Legião de Honra, depois de uma intervenção cirúrgico que a levou a temer pela vida.
Cesária voltou aos estúdios e anunciou não só uam digressão como a gravação de um novo que deveria sair no próximo ano.
No dia 24 de setembro numa entrevista ao Le Monde a cantora afirma que tem de terminar a carreira por conselho médico. A sua promotora, Tumbao, emite um comunicado confirmando as declarações da "diva dos pés descalços", e dando conta da tristeza que sentia por ter de o fazer.
Nesse mesmo dia ao princípio da tarde a cantora é internada no hospital parisiense de Pitie-Salpetriere, por ter sofrido "mais um acidente vascular cerebral (AVC)". A Tumbao emitiu nesse mesmo dia um comunicado dando conta que o diagnóstico clínico da mais internacional artista cabo-verdiana era "reservado".
Hoje Cise, aos 70 anos, completados no passado 27 de agosto, e após uma curta visita a Lisboa onde pediu para passear a pé pelo bairro de São Bento, morreu em Paris.
Ao longo da carreira, além das inúmeras digressões e atuações em televisões, gravou 24 álbuns, um DVD, "Live in Paris", e registou dezenas de colaborações em discos.


Ler mais: http://aeiou.visao.pt/morreu-cesaria-evora-diva-dos-pes-descalcos=f639367#ixzz1grGGkao3

POR QUE TANTO SEXO NAS MÍDIAS E EM NÓS ?

JEAN BROC


























Sabemos que somos bastante movidos a sexo, não mais como achávamos, mas somos.A mídia da imagem produziu uma enorme erotização,o meio impresso, a fotografia e o cinema fizeram o público, alimentar-se deste sexo midiático, tornando mais faminto o público e de uma sede quase que icontrolável.
A internet , no seu advento e caminhando para uma quase maturidade, ampliou o espectro do sexo, com a imagem em movimento, na interatividade e o corpo tornou-se identidade, como nunca e sexo é ritual sempre"ficado"senão ficante e sem maiores regulações.O sexo no ficar é roto, descartável e produto do ser, mesmo que envolva um segundo sujeito.E o que fica no sujeito ficante? Um poder estatístico de ter ficado, um marketing, uma conspiração a si próprio?
O ser agora é estar ou ter, e logo ficar é estar e ter concomitante.
Agora passa á existir uma idiosincrasia, se é que assim o é, que se resume no seguinte: o jovem, eboutros pegando carona, destacou amor e sexo, antes falavamos de amor como igual a sexo, hoje não mais, de um lado que bom de outro, me questiono sem aqui fazer crítica alguma,é dúvida minha mesmo.
As redes sociais são exemplo disto, deste canal de poder ficar, de congregar corpos, ciberborgs.As imagens de identidade do sujeito são corpo/sexo, um corpo erotizado faminto que busca uma satisfação em que não encontra a água mais pura para saciar a gula da imaginação do sexo.
Há uma hipocrisia nas redes , e na mídia como todo em negar este papel do sexo em seus conteúdos.A publicidade usa o corpo como papel de fundo de suas mensagens, as novelas, o grande irmão e sua derivações, fazem o mesmo.
Baudrillard trabalhou sobre esta questão em diversas obras, mostrando a relação corpo , como ordem de valor, consumo e hiperealidade(a mídia):

"A ética da beleza, que também é a da moda, pode definir-se
como a redução de todos os valores concretos e dos Valores de uso'
do corpo (energético, gestual e sexual), ao único 'valor de permuta'
funcional que, na sua abstração, resume por si só a idéia de corpo
glorioso e realizado" ....
"Da higiene à maquiagem, passando pelo bronzeamento, pelo
desporto e múltiplas 'libertações' da moda,a redescoberta do corpo
passa antes de mais nada pelos objetos. Parece que a única pulsão
verdadeiramente libertada é a 'pulsão de compra'
(BAUDRILLARD, 1985, p. 141 -143)(Sociedade Do Consumo)

O que se esconde atrás desta fome, desta avalanche de sede maior ainda , no dias atuais ?
Será o sexo na atualidade uma pseudo-droga que alimenta a todos e se esconde em nome da sedução que deve(?) estar em todos nós?
Porque a guerra dos sexos entre todos os gêneros e agora entre os ditos heteros- fomentando a homofobia, talvez a do próprio sujeito que a produz contra ele próprio, mas que faz vítimas, e ele se esconde disto como se fora possível.

Quem é homosexual, heterosexual?
Será que esta pergunta, estatísticas dão conta? Penso que não, o sexo é uma montanha enorme e bacana,para se assumir diante de estatísticas do além e por vezes de si próprio.
Quem curou-se(PERGUNTA IDIOTA) DE ALGUM DESEJO DE SEXO HETERO OU HOMO?
Há cura para o desejo?
O que humano é da ordem do desejo e portanto não há cura para nós em sermos humanos.


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O vendedor de palavras ( Fábio Reynol )

RECEBI POR EMAIL
Fábio Reynol (1973), paulista da cidade de Campinas, é jornalista e escritor. Trabalha como assessor de imprensa, redator para Internet e ghostwriter. Tem vários trabalhos, nenhum publicado, entre eles o livro-reportagem "A verdadeira história de Pedrinho Matador" escrito em parceria com a jornalista Patrícia Capovilla.





O vendedor de palavras ( Fábio Reynol )

Ouviu dizer que o Brasil sofria de uma grave falta de palavras. Em um programa de TV, viu uma escritora lamentando que não se liam livros
nesta terra, por isso as palavras estavam em falta na praça. O mal tinha até nome de batismo, como qualquer doença grande, "indigência lexical".
Comerciante de tino que era, não perdeu tempo em ter uma idéia fantástica. Pegou dicionário, mesa e cartolina e saiu ao mercado cavar espaço entre os camelôs.
Entre uma banca de relógios e outra de lingerie instalou a sua: uma mesa, o dicionário e a cartolina na qual se lia: "Histriônico - apenas
R$ 0,50!".
Demorou quase quatro horas para que o primeiro de mais de cinqüenta curiosos parasse e perguntasse.

- O que o senhor está vendendo?
- Palavras, meu senhor. A promoção do dia é histriônico a cinqüenta centavos como diz a placa.
- O senhor não pode vender palavras. Elas não são suas. Palavras são de todos.
- O senhor sabe o significado de histriônico?
- Não.
- Então o senhor não a tem. Não vendo algo que as pessoas já têm ou coisas de que elas não precisem.
- Mas eu posso pegar essa palavra de graça no dicionário.
- O senhor tem dicionário em casa?
- Não. Mas eu poderia muito bem ir à biblioteca pública e consultar um.
- O senhor estava indo à biblioteca?
- Não. Na verdade, eu estou a caminho do supermercado.
- Então veio ao lugar certo. O senhor está para comprar o feijão e a alface, pode muito bem levar para casa uma palavra por apenas cinqüenta centavos de real!
- Eu não vou usar essa palavra. Vou pagar para depois esquecê-la?
- Se o senhor não comer a alface ela acaba apodrecendo na geladeira e terá de jogá-la fora e o feijão caruncha.
- O que pretende com isso? Vai ficar rico vendendo palavras?
- O senhor conhece Nélida Piñon?
- Não.
- É uma escritora. Esta manhã, ela disse na televisão que o País sofre com a falta de palavras, pois os livros são muito pouco lidos por aqui.
- E por que o senhor não vende livros?
- Justamente por isso. As pessoas não compram as palavras no atacado, portanto eu as vendo no varejo.
- E o que as pessoas vão fazer com as palavras? Palavras são palavras, não enchem barriga.
- A escritora também disse que cada palavra corresponde a um pensamento. Se temos poucas palavras, pensamos pouco. Se eu vender uma palavra por dia, trabalhando duzentos dias por ano, serão duzentos novos pensamentos cem por cento brasileiros. Isso sem contar os que furtam o meu produto. São como trombadinhas que saem correndo com os relógios do meu colega aqui do lado. Olhe aquela senhora com o carrinho de feira dobrando a esquina. Com aquela carinha de dona-de-casa ela nunca me enganou. Passou por aqui sorrateira. Olhou minha placa e deu um sorrisinho maroto se mordendo de curiosidade. Mas nem parou para perguntar. Eu tenho certeza de que ela tem um dicionário em casa. Assim que chegar lá, vai abri-lo e me roubar a carga. Suponho que para cada pessoa que se dispõe a comprar uma palavra, pelo menos cinco a roubarão. Então eu provocarei mil pensamentos novos em um ano de trabalho.
- O senhor não acha muita pretensão? Pegar um...
- Jactância.
- Pegar um livro velho...
- Alfarrábio.
- O senhor me interrompe!
- Profaço.
- Está me enrolando, não é?
- Tergiversando.
- Quanta lenga-lenga...
- Ambages.
- Ambages?
- Pode ser também evasivas.
- Eu sou mesmo um banana para dar trela para gente como você!
- Pusilânime.
- O senhor é engraçadinho, não?
- Finalmente chegamos: histriônico!
- Adeus.
- Ei! Vai embora sem pagar?
- Tome seus cinqüenta centavos.
- São três reais e cinqüenta.
- Como é?
- Pelas minhas contas, são oito palavras novas que eu acabei de entregar para o senhor. Só histriônico estava na promoção, mas como o senhor se mostrou interessado, faço todas pelo mesmo preço.
- Mas oito palavras seriam quatro reais, certo?
- É que quem leva ambages ganha uma evasiva, entende?
- Tem troco para cinco?

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