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sábado, 14 de fevereiro de 2009

jussara miranda


estudo de Sandro Ka

Jussara Miranda é o tipo de artista que não se contenta com o palco. A coreógrafa gaúcha discute política cultural, espaços, públicos-alvo com a mesma paixão com que discute dança e o trabalho de seu grupo, o premiado Muovere. Para 2009, Jussara vai estar à frente de dois projetos, que envolvem oficinas dirigidas a públicos diferenciados.

No projeto Dalí Daqui, parceria com o grupo SOMOS que terá o apoio do Prêmio Interações Estéticas - Residências Artísticas em Pontos de Cultura - Funarte /CEPIN, a idéia é usar a obra de Salvador Dalí como inspiração e provocação. Entre maio e setembro, 30 oficineiros, escolhidos principalmente a partir de uma carta de intenções e não necessariamente bailarinos (segundo Jussara, preferencialmente não-bailarinos), vão ser expostos a obras do artista espanhol, vão frequentar oficinas de dança flamenca, de rua e contemporânea e vão discutir com historiadores e artistas plásticos sobre a vida e obra de Dalí. O coreógrafo Diego Mac está na equipe do Dalí Daqui, avisa que ao plano é descobrir as danças que estão escondidas nos corpos, usando todas as mídias possíveis.
- Vamos usar vídeos, vamos interferir em mídias publicitárias, vamos ver como se pode fazer um espetáculo em um outdoor.
Jussara avisa que quem não estiver formalmente na oficina poderá participar pelo blog que será criado e em festas populares que o Dalí Daqui vai propor:
- Seria uma espécie de competição de dança, sem ser competição. Teria prêmio simbólico em dinheiro, mas o objetivo maior seria o de descobrir danças nos corpos dos participantes.
As inscrições para Dalí Daqui poderão ser feitas a partir de 6 de abril no dalidaqui.blogspot.com e Ponto de Cultura SOMOS (R. Jacinto Gomes, 378, fone 51 3233-8423).

O projeto Dança e Sentidos é a sequencia de um trabalho que Jussara e o Muovere vêm desenvolvendo desde 2007, de forma voluntária, na CCMQ. Destinado a crianças e adolescentes cegos e de baixa visão, entre sete e 17 anos, o projeto prevê um ano de oficinas, mostras artísticas, participação em eventos científicos, capacitação de oficineiro cego e professores videntes, além da publicação da Cartilha da Dança 2 (a Cartilha 1 foi lançada na Feira do Livro de Porto Alegre do ano passado) em Braille e da produção do site "Dança e Sentidos". O projeto foi criado por Jussara, Joana Amaral e Regina Célia Tanski, e terá o incentivo de Integração Comunidades Petrobras - Refap - Região Sul.
As aulas começam dia 4 de março, na sala Cecy Frank, 4º andar da CCMQ. Informações e reserva de vagas a partir de 23 de fevereiro pelos telefones 9666-2409 / 9915-4946 / 9643-2364.
retirado do blog do caco http://www.clicrbs.com.br/blog/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&source=DYNAMIC,blog.BlogDataServer,getBlog&pg=1&template=3948.dwt&tp=§ion=Blogs&blog=359&tipo=1&coldir=1&topo=3951.dwt

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

RESTOS MORTAIS DE JORGE LUIS BORGES


Um projeto da deputada Beatriz Lenz insiste em repatriar os restos de Jorge Luis Borges, morto e sepultado em Genebra em 1985. Alejandro Vaccaro, biógrafo do autor , recordou que o escritor deixou constar que sua voluntade era de ser enterrado em Buenos Aires

Argentino Walter Astrada, premiado pela World Press Photo


ARGENTINO PREMIADO. La primeIra foto da série sobre la violência em Kenia, do argentino Walter Astrada, premiada pela World Press Photo.by el clarin

Pernambuco terá curso para professores indígenas


Pernambuco terá curso para professores indígenas


Estudo com giz, terra e cantos nativos. Veja no especial A Retoma Indígena





Do JC OnLine

Pernambuco terá o primeiro curso de licenciatura voltado para professores indígenas em 2009. Foi lançado nessa segunda-feira (19) o Edital do Curso de Licenciatura Intercultural para Professores Indígenas, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

As inscrições para o concurso vestibular do curso estão abertas até a próxima quinta-feira (22). Os candidatos devem ser professores que já atuam em escolas indígenas do Estado de Pernambuco. O curso de nível superior terá duração de 4 anos e será ministrado no Campus Agreste da UFPE.

São 160 vagas distribuídas nas habilitações de linguagem e artes, ciências da terra e da natureza e ciências humanas e sociais. O edital do concurso, discriminando as vagas ofertadas, a estrutura e o funcionamento do processo seletivo, poderá ser consultado no endereço eletrônico da Covest.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

DA REVISTA BRASILEIROS


O "Disk Corno" do Google
Os bimbalhões que se cuidem: o Google está de olho!

Osmar Freitas Jr., de Nova York

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Era só o que faltava: o Google lançou um serviço localizador de pessoas pelo celular. A ferramenta usa sinais de torres de telefonia, GPS, conexões Wi-Fi e o diabo para mostrar a posição de um indivíduo num mapa. Estará presente em 27 países, inclusive no Brasil. Foi batizado: "Latitude". Deveria se chamar "Disk Corno". Imagine as multidões de esposas e maridos traídos que vão se utilizar do sistema para flagrar os parceiros puladores de cerca. O cara diz que tem uma reunião de trabalho, mas é apontado numa região de motéis. Fala que vai viajar a serviço para Araraquara, mas a patroa o encontra num apart-hotel na região de Ipanema. E nem adianta fugir para o meio do mar, já que o Google agora tem imagens dos cafundós dos oceanos. É o dedo-duro eletrônico universal.

Já disse aqui que o celular havia transformado o patrão em Deus: possuidor da onipresença. Às quatro da matina, o sujeito está dormindo um sono solto, quando toca o telefone - com aqueles ringtones ridículos. É seu empregador, convocando para serviço urgente. Agora, perde-se até a desculpa de que estava sem recepção. Quem chamou sabe que o infeliz está em casa, na cama.

O pior será o imbróglio matrimonial. Os cornos vão colocar as mãos num roteiro pormenorizado das peregrinações dos traidores.

- Muito bonito, né seu Antenor. Por onde o senhor andava?

- Eu estava numa reunião com um cliente na Faria Lima. Trabalho duro!

- Nem para mentir você presta! Está aqui ó: às 6h30 você foi pro bar Filial. Às 21h30 você saiu, imagino com sua filial, e foi para a zona de motéis na Marginal do Tietê. Saiu de lá há 20 minutos. Olha aí: ainda está de cabelo molhado, seu vagabundo!

Não vai demorar para que esta empresa infernal acrescente também imagens do sujeito pelos cantões mais obscuros do planeta. É só dar acesso às bilhões de câmeras de vigilância que estão espalhadas pelas ruas. Em Nova York, por exemplo, existem dois milhões de equipamentos de filmagem reconhecidos oficialmente. Fora os que são secretos, e aqueles instalados pela iniciativa privada. Um cara não pode sequer coçar as partes sem que o momento fique registrado em todo o seu grotesco. Em Londres foi feito um filme de meia hora só com gente cavocando o nariz durante paradas em semáforos. Usaram-se, é claro, os serviços das câmeras da polícia. Nem o Big Brother seria capaz de tanta xeretice.

Com o localizador via celular, pode-se calibrar melhor a mira das câmeras. E não serão apenas os cornos que vão lucrar - se é que saber da traição traz algum lucro. Os chatos também saem ganhando. Você quer fugir de um pentelho, mas não adianta: ele te acha em qualquer mocó. Ladrões roubam um telefone, encontram o resto da família, e vão atrás das vítimas. O Google diz que o serviço é voluntário. Mas vai falar para o marido desconfiado que a esposa não quer esta ferramenta em específico. A empresa fornecedora do tormento também alega que dá para desativar parte do esquema. Aí seria mostrado apenas em que cidade o indivíduo está. Mas quem não iria desconfiar de um sujeito que só quer mostrar que está em Petrópolis ou em Chapecó-Mirim?

Este localizador é que nem gênio: uma vez aberta a garrafa, ninguém consegue segurar o bicho. Os bimbalhões que se cuidem: o Google está de olho! E vai caguetar.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Alfarrábios de Mussa


Alfarrábios de Mussa BY MUNDO DO LIVRO
http://www.clicrbs.com.br/blog/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&source=DYNAMIC,blog.BlogDataServer,getBlog&pg=1&template=3948.dwt&tp=§ion=Blogs&blog=31&tipo=1&coldir=1&topo=3951.dwt

Alberto Mussa é um ficcionista .
Seus livros anteriores, que transitam entre ensaio, romance e tradução. O Enigma de Qaf, do segundo, contando uma história que mesclava uma ficção situada na Arábia pré-advento do Islamismo com um estudo rigoroso sobre a composição de um determinado número de poemas desse período — poemas que mais tarde Mussa traduziu na íntegra em um volume com o nome de Os Poemas Suspensos. Agora, Mussa retoma como tema de seu novo livro um assunto que o perseguiu desde os anos 1990: a cultura indígena dos tupinambás brasileiros. Meu Destino é ser Onça é um livro complexo, dividido em três partes. Na primeira, escolhendo elementos de vários relatos de viajantes do Brasil-Colônia que reproduziam mitos indígenas, Mussa "reconstruiu" o que seria uma versão original da mitologia tupinambá, o que incluía uma cosmogonia que aborda a criação do mundo, a origem dos astros e das estrelas e até de elementos da vida e da estrutura social dos índios, como o canibalismo. Na segunda parte, o autor enumera os textos que serviram de fonte para o trabalho, traduzidos quando necessário, como um depoimento do frade francês Thevet sobre o que viu em uma viagem ao Brasil e no contato com os índios. A terceira e mais polêmica parte é um estudo linguístico-antropológico, destinado mais a especialistas, sobre o cálculo usado por Mussa para escolher alguns elementos dessas fontes e dispensar outros na elaboração de uma narrativa única da origem do mundo segundo os tupis.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Conheça Homero Fonseca


Conheça Homero Fonseca

Homero Fonseca, pernambucano de Bezerros, é jornalista e escritor.

Formado em jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco, durante oito anos integrou a equipe da revista Continente Multicultural(editor-executivo, editor, diretor editorial e superintendente de edição). Também foi diretor de redação da Folha de Pernambuco, editor-chefe do Diario de Pernambuco, repórter das sucursais de O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil e repórter do Jornal do Commercio e Diário da Noite, do Recife.

Coordenador de programação da V e VI Bienais Internacionais do Livro de Pernambuco, 2005 e 2007.

É pai de Pedro, Ana, José Henrique e Maria Clara, e avô recente de João, com muito gosto.

Torce pelo Santa Cruz, atualmente mais animado com as perspectivas do tricolor.

É um dos fundadores da troça anárquico-carnavalesca Siri na Lata, da qual se desligou há anos por considerar que ela se afastou da proposta original, e também da O Mundo Pegando Fogo, impedida de desfilar pelas multidões que atravancam as ruas de Olinda no Carnaval. Ultimamente, tem preferido ficar em São José da Coroa Grande, curtindo o mar e os cajueiros com Iracema.

Sente-se lisonejado por ter recebido o título de cidadão honorário de Caruaru e de ser nome da sala de leitura do ginásio municipal Artur Brasiliense Maia, em Garanhuns.

Ensinou, por um breve tempo, Teoria da Comunicação na Escola Superior de Relações Públicas e tem sido convidado para participar de simpósios pelo Brasil a fora sobre jornalismo cultural e literatura.

Sob o pseudônimo de Zé de Arruda, publicou três folhetos de cordel, na década de 80, abordando política e futebol.

Tem publicados os seguintes livros:

Roliúde - Romance - Rio, Editora Record, 2007.

Pernambucânia – O Que Há nos Nomes das Nossas Cidades – Ensaio/ Toponímia – Recife, Cepe – Companhia Editora de Pernambuco, 2006/2007;

Pequeno Teatro da Vida – Crônicas – Recife, Editora Comunigraf, 2002;

A Arte de Viver Teimosamente – Perfil biográfico do jornalista Mário Melo, Recife, Edição da Assembléia Legislativa de Pernambuco, 2001;

A Vida É Fêmea – Contos – Recife, Editora Comunigraf, 2000;

Viagem ao Planeta dos Boatos – Reportagem – Rio, Editora Record, 1996.

Participou da coletânea Recife Conta o Natal, com o conto "Por volta da meia noite" -- Recife, Fundação de Cultura Cidade do Recife, 2007.


A epígrafe do Blog ("Só sei que nada sei, mas desconfio de muita coisa"), como a maioria dos leitores devem ter desconfiado, mistura Sócrates e Guimarães Rosa. Uma perfeita "recombinação".
by http://www3.interblogs.com.br/homerofonseca/clip.kmf