REDES

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O caso Sakineh Astiani


By JORNAL DO COMËRCIO RECIFE PE Publicado em 20.08.2010

O caso Sakineh Astiani
Selma Vasconcelos




A sexualidade feminina, desde a Grécia clássica, foi sempre alvo de preocupação e teorização, havendo a origem mítica da sociedade matriarcal impregnado as ideias relativas à esfera da sexualidade e do papel da mulher na criação do mundo.

No entanto, as ideias evolucionistas de Darwin, no século 19, influenciaram desde a religião à economia e ciências sociais. Na antropologia, o suíço J.J. Banhofen aplicou a linha progressista para fortalecer a ideia de evolução das primitivas sociedades matriarcais para o patriarca, atribuindo – à vitória dos deuses masculinos sobre as deusas-mães. A razão desta "progressão" não seria outra senão aquela de controlar a promiscuidade sexual das sociedades primitivas que deixavam a mulher em situação de domínio por ser a única a poder apontar a paternidade dos filhos gerados por acasalamentos circunstanciais e sem vínculo afetivo. Ao homem reservava-se o papel de mero reprodutor.

Posteriormente, Marx e Engels, desprezavam as razões míticas para explicar a origem do patriarcado e atribuíram esta mudança da ordem social, à introdução do princípio da propriedade privada. Isto porque, os homens vitoriosos em combate e defesa de seus territórios, só admitiam legar os seus bens aos filhos consanguíneos e, portanto "legítimos". Daí a criminalização do adultério como delito passível de pena capital.

A questão da terra também se relaciona com a divisão de trabalho por gênero, atribuindo ao homem maior capacidade de controle da natureza, de criar novas tecnologias e de vencer as guerras.

Para consolidar este poder masculino devemos nos remeter ao mito cristão legitimado no Gênesis da Bíblia Hebraica que atribui a "parturição" da mulher a partir da costela de Adão. O relato bíblico foi tomado, durante a inquisição, como testemunho da devida submissão do gênero feminino e (pasmem!) da propensão da mulher à maldade, uma vez que "nasceram de um pedaço curvo que seria exatamente o oposto da retidão atribuída ao homem gerador de sua vida” (O martelo da feiticeira - 1486).

O Gênesis também legitima a mulher como culpada pela desestabilização da relação do homem com Deus, sacralizando assim a cisão entre sexualidade e afeição e a relação de domínio do homem sobre a mulher e a natureza. Estava assim santificada a estrutura patriarcal que existe até nossos dias.

O caso da iraniana Sakineh Astiani condenada à morte por apedrejamento ou enforcamento, por adultério, é um exemplo contemporâneo do poderio patriarcal atávico agravado por um regime autoritário, intolerante e fundamentalista. Segundo entrevista da ré ao jornal The Guardian, o assassino do seu marido foi condenado e preso mas não lhe foi cobrado o preço do delito com a própria vida. A sociedade do século 21, particularmente o gênero feminino, por haver percorrido duro caminho para conquista de seus direitos, repudia o abuso de poder em qualquer esfera que nos perpetue na posição de inferioridade desigualdade e injustiça.

» Selma Vasconcelos é professora universitária e membro da Sociedade Brasileira de Escritores Médicos

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Fotos I Congresso- Franco Brasileiro sobre Psicanálise, Filiação e Sociedade



Professor Paulo Vasconcelos -primeiro a esquerda -dissertou sobre: Mídia e Adoção, representando a LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES: ANHEMBI MORUMBI SÃO PAULO-

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Jornalistas de língua portuguesa se reúnem na Bienal Lusofonia é um dos quatro eixos desta edição da feira

Jornalistas de língua portuguesa se reúnem na Bienal
Lusofonia é um dos quatro eixos desta edição da feira

Eventos
PublishNews - 16/08/2010 - Redação

Nesta segunda e terça, a Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa (FJLP), com apoio da CBL, promove a Conferência de Jornalistas de Língua Portuguesa durante a 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

O tema tem tudo a ver com esta edição da feira, que, além de homenagear os escritores Monteiro Lobato e Clarice Lispector, vai discutir o livro digital e, justamente, a lusofonia. A organização convidou ainda os africanos Mia Couto e José Eduardo Agualusa para conversar com o público.

Os temas em destaque na conferência são "O jornalismo de Língua Portuguesa nos veículos públicos e privados nos países lusófonos" e "A cobertura jornalística nos - e sobre - os países de Língua Portuguesa". Além de São Paulo, a programação se estende a Porto Alegre até o dia 22 de agosto.

Paralelamente, será realizada a exposição fotográfica “Portugal Tri-Legal”, da jornalista brasileira radicada naquele país Mônica Delicato

Programação

Dia 16
11h - Conferência: O Jornalismo de Língua Portuguesa nos veículos públicos e privados nos países lusófonos. Conferencistas: Pedro Bicudo, da Rádio e Televisão Pública- RTP Açores (Portugal); Hulda Moreira, da RTP África (Cabo Verde); Rose Nogueira, da TV Brasil em São Paulo; e Messias Constantino, do Jornal de Angola (Angola). Mediador - Eduardo Constantino, da Rádio Nacional de Moçambique

Dia 17
10h - Conferência "A cobertura jornalística nos - e sobre - os países de Língua Portuguesa". Conferencistas: Carlos Fino, jornalista português radicado no Brasil; Mônica Delicato, jornalista brasileira radicada em Portugal; Mamadu Candé, da rádio nacional de Guiné Bissau; e Amarildo Santos, do Sindicato dos Jornalistas de São Tomé e Príncipe. Mediador: Paulo Markun, da Empresa Brasileira de Comunicação (TV Brasil)

A cobertura da 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo pelo PublishNews tem o apoio da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.

domingo, 15 de agosto de 2010

Publican un diario inédito del viaje de Bioy Casares a Brasil

by REVISTA Ñ
Publican un diario inédito del viaje de Bioy Casares a Brasil
El escritor recorrió San Pablo, Río de Janeiro y Brasilia, en 1960. El libro "Unos días en Brasil" sale el próximo mes. También hizo fotos.
Por: Madrid
ATENTO. Bioy Casares documentó el recorrido que hizo con un grupo convocado por el Pen Club.
AnteriorSiguiente

1 de 1

"Ahora estoy bastante solo en el mundo porque no tengo ni mi hija ni mi mujer, entonces escribo diarios de viaje", decía Adolfo Bioy Casares en una entrevista, en 1997.

Decía la verdad, seguro, el autor de La invención de Morel. Pero también, seguro, mentía un poquito: venía escribiendo diarios de viajes desde mucho tiempo antes.

El mes que viene se publicará, en Argentina y en España, Unos días en el Brasil (Diario de viaje) : un texto en el que Adolfo Bioy Casares cuenta sus impresiones del recorrido que hizo, en 1960, invitado por el PEN Club.

No en vano, en el epílogo de este libro, el editor Michel Lafón se pregunta: "¿Y si Bioy fuera el mayor diarista del contiente? Es una idea fundada la de Lafon: Adolfo Bioy Casares es el mismo hombre que apuntó con minuciosidad durante años sus conversaciones con Jorge Luis Borges y después las publicó en Borges, ese libro enorme (1700 páginas) en las que no se salva nadie, ni siquiera el querido amigo Borges. El que escribió los relatos íntimos que se publicaron en sus Memorias (1994) y Descanso de caminantes (2001).

En fin, esta vez se trata de un volumen de unas cien páginas que saldrá el mes que viene. En nuestro país, lo publica la editorial La Compañía y en España, Páginas de Espuma. En España, además del libro, la Galería Guayasamín de Casa de América hará una exposición con las fotos que tomó Bioy durante ese viaje.

Como siempre, Bioy cruza en Unos días..

. lo que ve, lo que le pasa, lo que piensa de lo que aparece delante de sus ojos. Esta vez, lo que pasa en Río de Janeiro, San Pablo y una Brasilia que se estaba recién inaugurando.

De esa experiencia, textos y fotos, Bioy Casares hizo una pequeña edición de doscientos ejemplares que repartió entre la familia y los amigos, según contó Juan Casamayor, editor de Páginas de Espuma.

Como era un viaje del PEN Club, con él había otros autores, entre ellos Alberto Moravia o Graham Green. Parte de las anécdotas cotidianas de ese viaje incluye a estos personajes. Otros aspectos son la descripción de los ambientes que recorren o la decepción de Bioy ante Brasilia.

Lafon, el editor, dijo que no sabe por qué Bioy aceptó la invitación: "No tiene nada que decirles a los otros invitados, rechaza las amistades obligadas y los ejercicios impuestos, odia la retórica vacía, no quiere hablar en público", contó.

Quizás la respuesta esté en esa entrevista que Tomás Barna le hizo en 1997: "La aspiración es que el viaje exterior sea un viaje interior y se enriquezca con las reflexiones o con lo que valga de esa persona que está escribiéndolo".

Así fue como, se dice que dando alguna excusa, en 1967, Bioy Casares se lanzó a otro viaje: esta vez fue solo y anduvo por Europa en un auto alquilado.

Llevaba ­era un escritor­ un cuaderno en el que un cuaderno en el que iba registrando lo que le pasaba. Las cartas que les mandó entonces a su esposa, Silvina Ocampo, y su hija Marta, conformaron el libro En viaje.

Cien páginas, reflexiones, observaciones, fotos. Así es lo "nuevo" de Bioy, que está a punto de salir del horno.

Se espera, del Bioy que mira Brasil, algo de asombro y algo de desconcierto. Por lo menos será así si se atiende a las palabras que él mismo escribió en Descanso de caminante : "Es bien sabido que el viajero cuando llega a tan lejanas regiones, no sabe donde está y padece de una extraña confusión que lo mueve a reconocer, a recordar parajes que nunca ha visto. Con valerosa frivolidad afirma entonces "por aquí he pasado".

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Workshop de Samba e Forró em Lisboa


Workshop de Samba e Forró em Lisboa
Por: Rita Brandão Guerra | 25 de Janeiro de 2010 | Sem comentários |

Um Workshop de Samba e Forró com professores brasileiros terá início sábado, dia 9 de Janeiro, em Lisboa, e está aberto ao público em geral. O curso realiza-se na Associação Solidariedade Imigrante e terá a duração de quatro sábados entre as 18h30 e as 20h00, com um custo total de 30 euros, podendo os interessados frequentar sessões individuais a 8 euros cada.

Carmen Queiroz, uma das professoras e responsáveis pelo Workshop explica que «por mais que sejam ritmos que podem ser dançados a dois, o objectivo é trabalhar a nível individual». Com este curso pretende-se que «as pessoas desacompanhadas possam aprender forró num estilo mais forró pé de serra, mais tradicional, e no caso do samba o estilo samba no pé que é diferente do samba de salão ou de gafieira», acrescenta a professora.
Os mentores deste projecto em Portugal, Pedro Pernambuco e Carmen Queiroz, são investigadores, bailarinos, coreógrafos e professores de Dança Brasílica, danças inspiradas nos ritmos do Nordeste Brasileiro. A professora explica: «Somos brasileiros, estamos em Portugal há 10 anos e somos professores formados pelo método de Dança Brasílica, método desenvolvido por André Madureira, director e responsável pelo internacionalmente conhecido Balé Popular do Recife.»

Empenhada em trazer as danças populares brasileiras para Portugal, Carmen Queiroz assegura que a receptividade dos portugueses tem sido boa e que se estende também a diversas comunidades emigrantes. Para isso apostam na divulgação dos seus cursos nas universidades e na Internet e não impõem qualquer restrição de idade. As aulas terão cerca de 15 alunos, mas se as inscrições forem feitas previamente este número poderá ser excedido.

O objectivo é continuar a apostar em workshops diversificados e um dos próximos projectos apela à participação no Carnaval de Almada, como refere a professora: «Os interessados deverão inscrever-se o quanto antes. As aulas serão na Casa da Juventude em Cacilhas, às terças e quintas-feiras das 19h00 às 22h00 e aos sábados entre as 15h00 e as 17h00.»

Mas há mais. Em Fevereiro os ritmos serão também africanos, já que a associação contará com a presença de Maio Coopé, da Guiné-Bissau, para um workshop de percussão. A Associação Solidariedade Imigrante acredita prestar com os seus cursos um serviço à cultura, divulgando diversos aspectos das comunidades emigrantes residentes em Portugal através de um projecto de interculturalidade permanente.

sábado, 7 de agosto de 2010

TEATRO SANTA ISABEL- RECIFE -PE.

Tese de participação dos EUA no golpe ganha força por Admin última modificação 23/07/2010 15:09

Ex-candidato à presidência afirma que governo atual é dirigido por Washington


23/07/2010



Renato Godoy de Toledo

do enviado a Tegucigalpa (Honduras)



Os EUA tentam vender a imagem de que Honduras vive um governo de conciliação, onde não há violação aos direitos humanos e a resistência praticamente não existe. Essa é a visão de Carlos H. Reyes, sindicalista hondurenho e ex-candidato à presidência da República de Honduras, em 2009. Atendendo aos movimentos sociais, Reyes foi um dos candidatos que desistiu do pleito e engrossou o boicote ao processo eleitoral.



Para o sindicalista, o governo de Honduras, desde o golpe de junho de 2009, tem suas ações baseadas nos interesses de Washington, basicamente. “O embaixador dos EUA aqui [Hugo Llorens] é quem dirige o governo. Eles tentam unificar o Partido Liberal para dividir a resistência e continuam aumentando o poder das Forças Armadas, dando- lhes mais armas e dinheiro. Além disso, há dois meses instalaram a segunda base militar no país, em meio a uma zona indígena onde há petróleo e água”, aponta.



Sob essa constatação, Reyes afirma que o golpe em seu país é parte de uma estratégia dos EUA de retomar o controle sobre a América Central.





Zelaya acusa

No aniversário do golpe de Estado em Honduras, o presidente deposto Manuel Zelaya afirmou que as ações que o tiraram do poder foram orquestradas pelos EUA. O país administrado por Barack Obama, inicialmente, mostrou-se contrário ao golpe, mas foi uma das poucas nações a reconhecer as eleições de novembro de 2009. “Tudo indica que o golpe foi orquestrado na base militar de Palmerola, pelo Comando Sul dos EUA, e executado torpemente por maus hondurenhos. O tempo e o apoio público que os EUA terminaram dando ao golpe e àqueles que o executaram confirmam sua participação”, afirma a carta enviada por Zelaya, desde seu exílio na República Dominicana.



O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Mark Toner, limitou-se a dizer que a declaração do ex-presidente é “ridícula”.