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domingo, 15 de maio de 2011

La 'bushificación' de Obama

Por: DANIEL SAMPER PIZANO | 8:24 p.m. | 14 de Mayo del 2011


Daniel Samper Pizano

El presidente de Estados Unidos ofrece más de una semejanza con su horrible antecesor, George W. Bush. Ojalá sea solo efecto pasajero de los afanes electorales.



Se divulgó un informe con severas críticas al continuismo de Obama en violación de derechos.

Como quien no quiere la cosa, el presidente Barack Obama nos declaró locos a quienes tenemos dudas jurídicas sobre la manera como murió Osama Bin Laden. Hablando para la televisión dijo: "Todo el que cuestione que Bin Laden recibió lo que merecía necesita que le examinen la cabeza".
Pues los primeros que deben ir al siquiatra son los "padres fundadores" de Estados Unidos, esos próceres que redactaron una constitución democrática admirable. Allí leemos que "a nadie (...) se le privará de la vida, la libertad o la propiedad sin el debido proceso legal". Es una norma federal consagrada en la V enmienda y ratificada para todos los estados en la VII: "No podrá estado alguno privar a una persona de la vida, la libertad o la propiedad sin el debido proceso legal". Que pasen al loquero, pues, George Washington, Benjamín Franklin, Alexánder Hamilton y compañía...
Este Obama no parece ser el mismo en quien teníamos puestas todas nuestras complacencias, el que nos dio la alegría de ver a un negro en la Casa Blanca, el hombre de talante liberal y filosofía tolerante. Temo que asistimos a la 'bushificación' de Obama. No solo me remito a la frase de marras, sino a los hechos. Como Bush, se metió en una nueva guerra; como Bush, mantiene el campo de concentración de Guantánamo; como Bush, no ordenó la búsqueda de Bin Laden como lo plantearon los próceres gringos, sino como lo habría hecho un sheriff del salvaje Oeste: a modo de cacería vivo o muerto. Es verdad que la guerra de Obama la aprobó la ONU y la encabeza la Otan y que los republicanos han entorpecido el cierre de Guantánamo. Pero el mero parecido incomoda.
Amnistía Internacional divulgó el jueves un informe con severas críticas al continuismo de Obama en la violación de derechos fundamentales. Para empezar, "no se ha cumplido la promesa de que el centro de detención de Guantánamo sería clausurado en enero del 2010. Al terminar el año permanecían 174 reos en la prisión". Además, la nueva regulación expedida en abril por una comisión militar nombrada por el Gobierno para evaluar la detención de sospechosos "ofrece pocas esperanzas de que la administración estadounidense emprenda cambios importantes y defienda los derechos humanos". Agrega Amnistía que "continúan la falta de responsabilidad y remedio a las violaciones de derechos humanos (...) que operó durante George W. Bush"
Una de las más graves quejas se refiere a la indiferencia y tolerancia oficial frente a las torturas. "Los autores de crímenes que violan las leyes internacionales dentro de la 'guerra contra el terror', con actos como torturas y desapariciones forzadas, no han sido llamados a responder por ellos". Según AI, el ministerio de Justicia informó que no había ningún acusado por la destrucción, en el 2005, de 92 cintas que contenían escenas de torturas.
Necesitamos que la campaña de reelección, que ha impelido a Obama a asimilarse a Bush, no lo siga degradando. Que defienda a los inmigrantes, como acaba de hacerlo; que propugne una sociedad transparente y libre; que no tema enfrentarse a los capitalistas salvajes; que practique los dictados de Washington y Franklin que profesa en teoría; que vuelva a ser, en fin, ese tipo que nos dio tantas esperanzas e ilusiones hace dos años y medio.
ESQUIRLAS. 1) Si alguien tiene dudas sobre el machismo de nuestra sociedad, que mire la última edición de Revista Credencial. Aparecen allí retratos de las diez más poderosas juntas directivas del país. Entre sus 99 miembros hay apenas 11 mujeres. Me gustaría ver la composición por sexos de la nómina de aseo en esas mismas empresas. 2) Vuelve y juega el Barcelona, campeón del fútbol español por tercera vez consecutiva. El 28 podría serlo de Europa. Mírenlo, gócenlo, disfrútenlo: de eso tan bueno no dan mucho. 3) Produce rubor la mezquindad europea con los desplazados por conflictos. Según Amnistía, en el 2010 solo reconoció el estatus de refugiados a 5.000 ciudadanos expulsados por las guerras.
cambalache@mail.ddnet.es
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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Há nos Estados Unidos um cansaço da guerra?

Os Estados Unidos estão atualmente envolvidos em três guerras no Oriente Médio – no Afeganistão, no Iraque e, agora, Líbia. Os Estados Unidos têm bases por todo o mundo, em mais de 150 países. Na atualidade, mantem tensas relações com Coreia do Norte e Irã e nunca descartou a ação militar.

Por Immanuel Wallerstein, em La Jornada

uando começou em 2002, a guerra no Afeganistão teve um fortíssimo apoio da opinião pública estadunidense e um grande respaldo em outros países. A guerra no Iraque teve quase tanto respaldo da opinião pública estadunidense, quando começou em 2003, mas muito menos apoio em outros países. Agora, os EUA estão a meio caminho na Líbia. Menos da metade do público estadunidense respalda as ações e há muita oposição no resto do mundo.

As pesquisas mais recentes nos EUA mostram oposição não só à operação na Líbia, como também a permanecer no Afeganistão. Já há quem fale de um cansaço da guerra, como é compreensível que exista, já que é difícil argumentar que o país tenha saído vitorioso de qualquer um destes conflitos.

O conflito na Líbia caminha para se tornar um atoleiro prolongado. No Afeganistão, todo o mundo está tentando encontrar uma solução política, que implica a participação dos talibãs no governo e, talvez, ainda no curto prazo, que assumam o poder plenamente. No Iraque, os EUA planejam retirar suas tropas no dia 31 de dezembro.

Washington ofereceu manter 20 mil homens por mais tempo, sempre e quando o governo iraquiano solicitar. O primeiro ministro iraquiano, Nuri Maliki, poderia ceder a esta tentação, mas os sadristas (movimento nacional fundamentalista islâmico do Iraque) já disseram que se fizer isso retirarão seu apoio e seu governo cairá.

O mais interessante, porém, é o que provavelmente ocorrerá no próximo ano na política interna estadunidense, conforme nos aproximamos das eleições presidenciais. Desde 1945, o Partido Republicano tem feito campanha como o partido que respalda com força os militares, acusando os democratas de serem frouxos nesta área. Os democratas sempre reagiram buscando provar que não são moles, e, na prática, não tem havido muita diferença nas políticas reais empreendidas por esses partidos quando estão na presidência. De fato, as maiores guerras (Coreia e Vietnã) começaram no mandato de presidentes democratas.

O Partido Democrata sempre teve um grupo, considerado sua ala esquerda, crítico destas guerras, e esse grupo continua existindo e protestando. Mas, entre os políticos eleitos, estes democratas sempre foram uma minoria, que é totalmente ignorada.

O Partido Republicano estava mais unido em torno de um programa de apoio constante aos militares e às guerras, Foram raros os políticos republicanos que tiveram um ponto de vista diferente. Estes surgiram da área libertária do partido, e a pessoa mais notável que encarna esse ponto de vista é o representante Ron Paul, do Texas. Ele foi também um dos poucos políticos que pensou ser uma má ideia manter um respaldo ilimitado dos Estados Unidos a Israel.

No momento, já nos encontramos na corrida pela presidência. Barack Obama será o candidato democrata. Ninguém o desafiará dentro do partido. O panorama republicano é bem oposto. Há 10 ou 12 candidatos disputando a indicação e nenhum deles é claramente favorito. A corrida dentro do partido está totalmente aberta.

O que significa isso para a política externa? Ron Paul busca a indicação. Em 2008, quase não tinha respaldo. Agora, está em uma situação melhor. Isso se deve, em parte, a suas fortes posturas sobre as políticas fiscais, mas suas posições sobre a guerra também estão atraindo atenção. Além disso, um novo candidato entrou no ring: Gary Johnson, um ex-governador republicano do Novo México. Ele também é um libertário, ainda mais forte que Paul em assuntos relacionados com a guerra. Johnson defende uma retirada total imediata no Afeganistão, Iraque e Líbia.

Dada a vasta dispersão na direção de vários candidatos potenciais, não há dúvida de que haverá programas de televisão onde todos os candidatos republicanos falarão e debaterão. Se Johnson fizer do assunto da guerra um grande argumento de campanha, isso exigirá que os demais candidatos republicanos abordem o tema também.

Uma vez que isso ocorra, descobriremos que os chamados republicanos do Tea Party estão profundamente divididos quanto ao envolvimento do país na guerra. Muito cedo os EUA estarão debatendo esse tema. Barack Obama descobrirá que a posição centrista que vem procurando manter moveu-se para a esquerda. Se ele quiser permanecer sendo um centrista, também deverá se mover para a esquerda.

Isso implicará uma virada importante na política estadunidense. A ideia de que as tropas devem retornar para casa tornou-se uma possibilidade séria. Alguns ficarão irritados porque os EUA estariam, assim, exibindo debilidade. E, de certa forma, isso está certo. É parte da decadência estadunidense. No entanto, lembrará aos políticos estadunidenses que lutar guerras exige um sério apoio da opinião pública. E nesta combinação de pressões geopolíticas e econômicas que todo mundo sente, o cansaço da guerra é um sério fator a se considerar daqui em diante.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Noam Chomsky: “El secretismo de los gobiernos es la defensa de esos gobiernos contra su propia población”

Ñ Digital comienza con una serie de entrevistas y análisis sobre fenómeno WikiLeaks. Aquí, una charla con uno de los intelectuales más importantes del Siglo XX y también uno de los críticos más virulentos de los Estados Unidos.

POR ANDRES HAX - ahax@clarin.com





SOBRE WIKILEAKS: "Mientras la accesibilidad a la información aumente con las modalidades electrónicas habrá más casos similares a este."
Etiquetado como:Noam ChomskyWikiLeaks
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Las últimas revelaciones del sitio WikiLeaks han puesto a la comunidad internacional, a la diplomacia, al gobierno de los Estados Unidos y al periodismo mismo en un estado de debate, alerta y consternación. Aun es imposible predecir cuáles serán los efectos de las acciones actuales (pasadas y futuras) de la enigmática organización, liderada por el enigmático ¿periodista? ¿provocador? ¿activista? ¿hacker? australiano Julian Assange. A un lado del espectro de opinión se ubican los esperanzados que marcan estas acciones como un paso hacia la transparencia en las maniobras y acciones de los gobiernos del planeta. En el otro extremo se ubican los que acusan a Assange de ser casi un cómplice del terrorismo internacional; alguien que, lejos de estar cumpliendo un ideal periodístico, esta poniendo en riesgo las vidas de personas.

Entre ambas visiones se abre un debate gigantesco para el que Ñ Digital convoca a intelectuales y pensadores de distintos rubros. Este es el turno de Noam Chomsky, el lingüista más importante del siglo XX y uno de los críticos más prolíficos y feroces del gobierno de su propio país, los Estados Unidos. Desde su despacho en el Massachusetts Institute of Technology, en Cambridge, Massachusetts, contundente Chomsky ofreció algunas de sus impresiones iniciales sobre este tema que ocupa las tapas de todos los diarios del mundo en estos días.

¿Considera que lo que esta haciendo WikiLeaks es una forma legítima y ética del periodismo? ¿Y cuáles serán las consecuencias de estas revelaciones al corto y largo plazo?

Vale la pena recordar que el secretismo de los gobiernos se trata, sustancialmente, de la defensa del gobierno contra su propia población. Y en una sociedad democrática la población tendría que saber qué está haciendo su gobierno para poder monitorearlo y —de hecho— determinar qué hace el gobierno. Ahora, hay excepciones con las cuales todos están de acuerdo, pero en general el caso es así. Yo no he leído todos los cables, por supuesto, pero de lo que he visto me parece que ilustra la significancia de este punto: hay cosas en los cables que los gobiernos no quisieran que su propia población supiera.

Creo que es una forma legítima del periodismo, pero creo que se tomarán medidas severas para bloquearlo.

¿Lo sorprende el trabajo que esta haciendo WikiLeaks

No es completamente nuevo. Ha habido muchas filtraciones antes —los Papeles del Pentágono, por ejemplo, en la cual yo participé, fue muy importante y más sustancial que este último. No me sorprende. Creo que mientras la accesibilidad a la información aumente con las modalidades electrónicas habrá más casos similares a este.

Qué WikiLeaks eligiera a medios tradicionales para editar y emitir las filtraciones en un primer instante, ¿es contradictorio con su postura filosófica de apertura?

Creo que no. Supongo que lo podrían haber subido directamente a Internet. Pero de esa manera circularía solamente dentro de la cultura de Internet y no entre un público general.

¿Cómo están manejando la información los medios estadounidenses?

Antes que nada tenemos que tener en cuenta que desde el principio hay un mecanismo de filtros muy severo. Entonces, los cables diplomáticos mismos proveen al gobierno lo que los diplomáticos quieren que sepan y lo que asumen que el gobierno mismo quiere oír. Entonces ya de entrada están muy editados, desde el principio.

Por ejemplo, uno de los cables más incendiarios salidos hasta ahora: el rey Saudita llamando por el bombardeo de Irán. Bueno. Eso fue seleccionado. No sabemos el contexto. Solo tenemos las frases que eligieron los diplomáticos.

Después hay una forma de censura mucho más severa que son los títulos de los diarios que dicen que los estados árabes están aterrorizados por Irán y que quieren que los Estados Unidos hagan algo al respeto. Bueno, hay un hecho muy significante escondido en esta cuestión: hay encuestas de opinión del occidente árabe. La más reciente fue publicado por el Brookings Institute el mes pasado —una encuesta muy cuidadosa— que mostró que en el mundo árabe el 10 por ciento de la población ve a Irán como una amenaza, mientras que un 80 por ciento ve a los Estados Unidos e Israel como una amenaza. Esto no se revela acá [en estas noticias]. Antes que nada, a los diplomáticos no les importa, no les importa la gente, solo les importan los dictadores. Al Departamento de Estado tampoco le importa, por las mismas razones, y aparentemente a los medios tampoco les importa: porque esto es información pública… Y todo esto refleja un profundo desprecio por la democracia. Y no solo en el gobierno, también en la cultura intelectual y de los medios. Esto es otro tipo de selección; selección severa. Y si miras a los otros documentos publicados ves muchos casos similares.

¿Estos cables demuestran que la administración de Obama es, en muchas formas, una continuación de la de Bush?

Sí, pero eso ya lo sabíamos.

¿Tiene algún mensaje esperanzador de cara al futuro?

Bueno, mi último libro publicado se llamó Esperanzas y perspectivas que salió primero en castellano, porque su origen fue en charlas que di en Sudamérica… La parte de esperanza es mayormente sobre Sudamérica. Creo que han estado pasando cosas de gran esperanza allí en la última década. No podemos predecir la historia humana. Pero si miras hacía atrás puedes encontrar un momento cuando parecía imposible que se abandonará la esclavitud, o que se permitiría derechos a las mujeres… Las cosas cambian. Pero cambian si la gente las cambia. No cambian solas y no cambian gracias a los líderes políticos.

Pedro Tamen vence Grande Prémio de Poesia da APE PT 04.05.2011 - Cláudia Carvalho

Pedro Tamen venceu o Grande Prémio de Poesia 2010 da Associação Portuguesa de Escritores (APE) /CTT com a obra de poesia "O Livro do Sapateiro"
O escritor Pedro Tamen venceu o Grande Prémio de Poesia 2010 da Associação Portuguesa de Escritores (APE) /CTT com a obra "O Livro do Sapateiro", editada no ano passado pela D. Quixote.
O galardão, no valor de cinco mil euros, foi instituído em 1989, tendo já distinguido, entre outros, Eugénio de Andrade, António Ramos Rosa, Natália Correia, Fernando Echevarria, Fernando Guimarães, Manuel Gusmão, Gastão Cruz, Manuel António Pina, José Agostinho Baptista, Ana Luísa Amaral e Fiama Hasse Pais Brandão.

"Não estava nada à espera disto", disse ao PÚBLICO Pedro Tamen, explicando que até se tinha esquecido da existência do prémio. "Foi uma coisa em que nunca pensei."
Segundo o comunicado da APE, o júri, constituído por Ana Marques Gastão, Fernando J. B. Martinho e Francisco Duarte Mangas, decidiu, por maioria, premiar Pedro Tamen.
"Eu vejo sempre o valor do prémio através do valor que atribuo ao júri e o júri deste prémio é constituído por pessoas por quem tenho muita consideração e isso ainda enaltece mais esta vitória", acrescenta o escritor.
Esta é a segunda vez que Tamen é distinguido com "O Livro do Sapateiro", depois de em Fevereiro ter vencido o prémio Correntes d'Escritas, no valor de 20 mil euros. O que distingue esta obra? "É uma renovação temática na minha poesia. Os livros anteriores são muito negros e este é o oposto, é uma história aberta para o mundo, para a poesia", conclui.
Pedro Tamen nasceu em Lisboa, em 1934 e, entre outras coisas, foi presidente do P.E.N. Clube Português, de 1987 a 1990 e presidente da Assembleia-Geral da Associação Portuguesa de Escritores. Ao longo dos anos, o escritor já foi distinguido com o Prémio D. Dinis (1981), o Prémio da Crítica (1991), o Grande Prémio Inapa de Poesia (1991), o Prémio Nicola (1997), o Prémio da Imprensa e o Prémio do PEN Clube (2000).

Twingly procura de blogue

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Do blog de Emir Sader 1º de Maio

O homem se diferencia dos outros animais por vários aspectos, mas o essencial é a capacidade de trabalho. Os outros animais recolhem o que encontram na natureza, enquanto o homem tem a capacidade de transformar a natureza. Para produzir as condições da sua sobrevivência, o homem transforma o meio em que vive, pela sua capacidade de trabalho, gerando a dialética mediante a qual ele modifica o mundo e ao mesmo tempo se modifica, intermediado pela natureza.

Ao longo do tempo, a constante das sociedades humanas é a presença dos trabalhadores, sob distintas formas – escravos, servos, operários -, responsáveis pela produção dos bens da sociedade. A forma de exploração da força de trabalho é que variou, definindo o caráter diferenciado de cada sociedade.

Porém, a exploração do trabalho por outras classes sociais fez com que o trabalhador não controlasse sua força de trabalho, produzindo para a acumulação de riquezas dos outros. O trabalho foi sempre um trabalho alienado, em que os trabalhadores produzem, mas não são donos do produto do seu trabalho, nem decidem o que produzir, como produzir, para quem produzir, a que preço vender o que produzem. E tampouco são remunerados pela riqueza que produzem, recebendo apenas o indispensável para a reprodução da sua força de trabalho. Quem se apropria do fundamental da riqueza produzida é o capital, que assim acumula, se expande, se reproduz, enquanto os trabalhadores apenas sobrevivem.

Um dos fenômenos centrais para a instauração do capitalismo foi o término da servidão feudal, com os trabalhadores ficando disponíveis para vender sua força de trabalho para quem possui capital. Estes vivem do capital e da exploração da força de trabalho dos trabalhadores, enquanto estes, dispondo apenas dessa força tem que vendê-la, para poder acoplá-la a meios de produção, nas mãos dos capitalistas.

Essa imensa massa de trabalhadores que passou a produzir toda a riqueza das sociedades contemporâneas foi objeto de um processo de intensa exploração do seu trabalho, com condições brutais de trabalho, jornadas longas – de 14 ou até 16 horas. Na resistência a essas condições de exploração foi se organizando o movimento operário, tanto em sindicatos, como em partidos políticos, gerando um protagonista essencial na democratização das nossas sociedades.

A direita não perdoa os sindicatos. Na ultima campanha eleitoral brasileira e na velha mídia, os dirigentes sindicais não são tratados como representantes democráticos e legítimos dos trabalhadores, mas quase como gangsters, que se infiltram no governo para defender seus interesses contra os interesses da maioria. Faz parte do ódio que as velhas elites têm do povo brasileiro, que é trabalhador, que produz as riquezas do Brasil, que trabalha jornadas longuíssimas, é explorado pelas grandes empresas, mas não teve, até recentemente, possibilidade de fazer ouvir sua voz no país e no Estado.

Neste Primeiro de Maio, Dia dos Trabalhadores (e não do Trabalho, como insiste a velha mídia), é preciso recordar que a data vem de uma grande manifestação realizada em Chicago em 1886, pela diminuição da jornada de trabalho para 8 horas, duramente reprimida pela polícia, com a morte de vários trabalhadores.

Que a jornada é praticamente a mesma, embora as condições tecnológicas para explorá-la tenha avançado gigantescamente e, com ela, os lucros das grandes empresas que exploram os trabalhadores. Um momento propício para avançar no projeto de redução da jornada de trabalho, para fazer um mínimo de justiça ao esforço heróico e anônimo dos milhões de trabalhadores que constroem o progresso do Brasil.

domingo, 1 de maio de 2011

El escritor argentino, autor de 'El Túnel' y 'Sobre héroes y tumbas', falleció a los 99 años.

"Siempre tuve miedo al futuro, porque en el futuro, entre otras cosas, está la muerte", había dicho algunas vez Ernesto Sábato. Ese futuro llegó ayer y el 'Maestro' como todos lo llamaban con un convencimiento fuera de toda discusión, aún para los que disentían de sus posturas filosóficas y políticas, perdió definitivamente ese, uno de sus grandes miedos. El autor de
'Sobre héroes y tumbas' falleció ayer a los 99 años, víctima de una bronquitis, según lo anunció su compañera, Elvira González Fraga.
El deceso del reconocido escritor tuvo lugar a las 1:30 de la madrugada en su casa del barrio bonaerense de Santos Lugares, en vísperas de un homenaje que tendrá lugar hoy en la Feria del Libro de Buenos Aires.
"Ernesto tuvo una buena vida porque fue muy querido", explicó Elvira a los periodistas. Las escenas de consternación y de pausible dolor comenzaron a ganar a intelectuales y a personalidades de la política, pero mucho a sus vecinos del barrio en donde vivió (con algunas interrupciones) desde 1945 y al que le había dedicado mucho de su tiempo.
Su hijo, el cineasta Mario Sábato, anunció que se cumplirá una de sus voluntades, la de ser velado en el modesto club de su barrio, ubicado frente a su casa, el Defensores de Santos Lugares, para que "me vaya acompañado de los vecinos y que me recuerden, a veces un poco cascarrabias, pero, sobre todo, un buen tipo", habría dicho el escritor.
En efecto, la capilla ardiente se abrió al caer la tarde y sus vecinos de siempre fueron los primeros en ingresar.
Polifacético y polémico, Sábato fue reconocido en todo el mundo no sólo como el autor de una de las novelas más importantes y mejor logradas del Siglo XX, como la crítica internacional había catalogado a 'Sobre Héroes y Tumbas' (1961), sino también como un activistas a favor de los derechos humanos y de los que más sufren, algo que sobresalió durante los nueves meses en que presidió la Comisión Nacional por la Desaparición de Personas (Conadep), con el informe "Nunca más" en 1984, recién acabada la dictadura militar o en su vasta obra ensayística.
Su papel contra la dictadura había comenzado después de que uno de sus ensayos que componían el volumen 'Apologías y Rechazos' fuera censurado, lo que le valió innumerables críticas, lo mismo que haber aceptado junto a Jorge Luis Borges una invitación del dictador Jorge Videla para compartir un almuerzo en 1977.
Aún así, se erigió en un luchador incansable de la democracia y de los que sufren, hasta convertirse en un militante incasable de la condición humana.
Había jurado que iba a luchar por eso hasta su muerte, este científico desengañado de la física, que supo trabajar al lado de Marie y Piere Curie en su instituto en París y que a los 40 años abandonó la ciencia para dedicarse a la literatura. También incursinó en la plástica gracias a su amigo el cubano Wilfrido Lamm, para quien vivir era "construir futuros recuerdos".
Desde Madrid, la directora del Instituto Cervantes, Carmen Caffarell, consideró su 'Informe sobre ciegos', una de las obras capitales, al tiempo que lo definió como "uno de los grandes, un inmenso escritor que abandonó las matemáticas y la física, por la literatura, para intentar recrear la armonía de la ciencia en los seres humanos".
Había sido galardonado con varios premios internacionales como el Cervantes y el Menéndez y Pelayo.
El centenario
Junto al de la Feria del Libro de hoy, sus amigos y familiares venían organizando el festejo de sus 100 años, que los hubiese cumplido el próximo 24 de junio.
Los últimos años los pasó en su casa, casi sin salir, y como estaba prácticamente ciego, había abandonado la escritura y la lectura.
Ayer, esa inmensa obra que supo levantar en casi una centuria, surgió a borbotones de recuerdos y de aplausos. El futuro había llegado y don Ernesto Sábato le perdió definitivamente el miedo para ingresar en el parnaso más selecto de los argentinos.
Los premios especiales para Sábato
Recibió uno de los más cálidos homenajes a un hombre de las letras en Argentina, en el 2004, durante el III Congreso de la Lengua, cuando el escritor José Saramago le dedicó el discurso, que arrancó prolongados aplausos de los asistentes y lágrimas de Sábato. "Cuando lo fui a visitar a Santos Lugares, dijo Saramago, ofrecí a Sábato el 'Ensayo sobre la ceguera', él quiso saber qué ciegos eran estos míos y yo le hablé de los suyos. ('Informe sobre ciegos'). Regresé años después a Santos Lugares, luego fuimos coincidiendo aquí y allí del mundo, en Madrid, en Badajoz, en Lanzarote, cada vez más próximos el uno del otro en la inteligencia y en el corazón, él, hermano mayor, yo, sólo un poco más joven, dos seres que, en el exacto momento en que finalmente se encontraron, comprendieron que se habían estado buscando". El otro premio pudo verse ayer cuando sus humildes vecinos lo recordaron como uno más en el barrio.
JOSÉ VALES
Corresponsal de EL TIEMPO
BUNOS AIRES

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O adorado artista plástico Ai Weiwei foi abduzido pelo governo chinês



















As elites chinesas são grandes compradores de arte e sensíveis à comunidade artística internacional. Vamos gerar um apelo para a principais galerias e artistas pararem de organizar exposições na China até que o Ai Weiwei seja solto:



O artista chinês conhecido e amado no mundo todo Ai Weiwei foi abduzido pelas forças de segurança da China. Todo vestígio da vida e da arte de Ai foi apagado da internet chinesa, e sua única esperança pode ser uma manifestação global por sua libertação.

Temeroso pelos protestos pró-democracia que têm varrido o mundo, o governo tem reprimido centenas de artistas, intelectuais, estudantes e cidadãos chineses críticos ao governo. Mas ao redor do mundo, artistas e amantes da arte começaram a se manifestar em solidariedade a Ai.

A elite chinesa é uma grande consumidora de arte contemporânea, e está planejando uma grande feira de arte em Beijing. Se artistas e galerias internacionais permanecerem distantes da China até que Ai seja libertado, eles atingirão o regime. Vamos construir uma onda global massiva de apoio para que os principais artistas e galerias parem de exibir suas obras na China até que Ai Weiwei seja libertado. Nós entregaremos a petição na próxima Bienal de Veneza e em outras mostras:

http://www2.avaaz.org/po/artists_for_ai_weiwei/?vl

Dezenas de galerias e artistas de mais de 15 países estão neste momento se preparando para a Beijing Art Expo e outras mostras. Nós apresentaremos nossa petição a todos os artistas e galerias proeminentes, e apresentaremos suas respostas em nosso site, mobilizando o mundo artístico a se posicionar fortemente em favor de Ai e de todas as outras pessoas presas por expressarem suas opiniões.

A China por vezes parece imune à pressão internacional, mas o ativismo artístico poderá funcionar. Quando estrelas do esporte permaneceram distantes da África do Sul, chamaram a atenção para o regime brutal de apartheid, apressando a libertação de Nelson Mandela. Junto com artistas e marchands internacionais nós podemos conseguir agora alcançar o mesmo efeito.

O crime de Ai Weiwei foi se manifestar contra a corrupção e a injustiça na China. Por princípio ele se demitiu da equipe que estava projetando o estádio olímpico "Ninho de Pássaro", criticou a corrupção por trás das escolas pobremente construídas que mataram crianças no terremoto de Sichuan e expressou esperança de que as revoluções no Oriente Médio possam levar à mudança na China. Agora ninguém sabe onde ele está sendo mantido e porquê. Vamos convocar artistas e galerias a se unirem pela libertação de Ai Weiwei:

http://www2.avaaz.org/po/artists_for_ai_weiwei/?vl

Os pais de Ai passaram 16 anos em um campo de trabalhos forçados por seus princípios. Naquele tempo a China estava isolada do mundo, mas agora os tempos mudaram. As nossas vozes contam - vamos usá-las agora por Ai e pelos artistas vocais da China, e pela nova China que eles estão lutando para criar.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Carta dos Blogueiros Progressistas de São Paulo CARTA DOS BLOGUEIROS PROGRESSISTAS DE SÃO PAULO

“Sem comunicação social democrática não há democracia e comunicação social”

Nos dias 15, 16 e 17 de Abril de 2011, cidadãos e cidadãs de diversas partes do Estado e do país se reuniram na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo para fomentar o debate acerca dos caminhos da blogosfera.

O histórico I Encontro de Blogueiros Progressistas deste Estado reafirmou o seu caráter independente com uma perspectiva inovadora para a comunicação social do nosso país.

O evento teve a participação de blogueiros, twitteiros, representantes de movimentos sociais, parlamentares, educadores e juristas, focados no direito à democratização da comunicação e à liberdade de expressão.

Apoiamos incondicionalmente a Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular (FRENTECOM), liderada pelos Deputados Federais Luiza Erundina (PSB/SP) e Paulo Teixeira (PT/SP), presentes ao debate; bem como o Conselho Estadual de Comunicação (Consecom) e a criação da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular (FRENTECOM/SP), ambos liderados pelo Deputado Estadual Antônio Mentor (PT/SP), e de imediato já propusemos a nossa participação nesta Frente Paulista.

Defendemos uma discussão ampla do Marco Regulatório, que envolve o Plano Nacional de Comunicação e o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga), com o acesso de conexão à internet universal, de qualidade, e que fortaleça o sistema público de comunicação, sendo necessário regulamentar o que já consta em nossa Constituição.

No debate sobre militância virtual, observou-se a importância da participação cidadã na internet. Segundo pesquisa realizada pela empresa especializada em tráfego online ComScore, nas eleições de 2010 a blogosfera do país teve 70% dos brasileiros acessando blogs, enquanto no resto do mundo a média foi 50%. Para o relatório divulgado, a principal concentração de audiência dos blogs brasileiros foi na época das eleições, quando, entre outubro e novembro, quase 40 milhões de usuários acessaram os blogs à procura de comentários sobre os candidatos à eleição.

Outro tema relevante no evento foi a discussão da proteção jurídica, indicando formas de praticar a liberdade de expressão de maneira responsável, mantendo a reputação digital e se protegendo dos riscos legais inerentes aos membros da blogosfera.

Nas oficinas foram discutidos vários temas, como educação na blogosfera, ferramentas tecnológicas, comunicação comunitária e sustentação financeira dos blogs. Para conferir as propostas clique aqui.

Ao final do encontro, foi proposta a ideia de criação de uma cooperativa de blogueiros paulistas, visando a aglutinação dos blogs, a captação de recursos, e a proteção jurídica, com o objetivo de fortalecer a pluralidade de participação no ambiente virtual.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Ana María Matute recibió el Premio Cervantes

Muy emocionada, la escritora española recibió de manos del rey Juan Carlos de España el máximo galardón de la literatura castellana. La ceremonia fue celebrada en el Paraninfo de la madrileña Universidad de Alcalá de Henares, donde la tercera mujer en recibir ese premio reflexionó sobre la labor creativa y afirmó que “el que no inventa no vive”.





















A punto de cumplir 86 años en julio, Matute recogió el Cervantes en silla de ruedas, la misma que últimamente utiliza para desplazarse. "San Juan dijo: 'el que no ama está muerto' y yo me atrevo a decir: 'el que no inventa, no vive", manifestó la escritora al inicio de su discurso, un discurso que llenó de referencias autobiográficas y que, tal y como ya había anunciado, fue más corto de lo habitual.

Con su aspecto frágil, embargada de "felicidad", lo pronunció despacio, sentada en su silla de ruedas, junto al público, y no desde la cátedra desde la que los premiados hablan habitualmente. "Nunca imaginé que llegara a conocer un día como éste", manifestó la novelista, en una intervención que en los últimos días había reconocido que le ponía nerviosa. De hecho, hoy se definió como una "anciana que no sabe escribir discursos".

"Preferiría escribir tres novelas seguidas y 25 cuentos a tener que pronunciar un discurso como éste", manifestó ante los reyes Juan Carlos y Sofía, que presidieron la ceremonia a la que también asistieron el presidente del gobierno, José Luis Rodríguez Zapatero.

"Es una de las más grandes y singulares escritoras de nuestro tiempo", dijo el monarca sobre la autora barcelonesa, de la que destacó "su fina sensibilidad" y su "reconocida maestría para convertir la realidad, por dura que sea, en hermosas palabras". Para Ana María Matute, manifestó el rey, "la literatura es una manera de deshacerse del malestar del mundo".

La autora de "Olvidado rey Gudú" se convirtió hoy en la tercera mujer en recoger el prestigioso galardón, tras la filósofa española María Zambrano y la poetisa cubana Dulce María Loynaz.

La narrativa de la autora, que con 17 años escribió su primera novela, "Pequeño teatro", se enmarca en un realismo de prosa lírica y está marcada por temas recurrentes como la infancia, la injusticia social, la incomunicación, la Guerra Civil española (1936-1939) y la posguerra.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Memórias de intelectual inglês é contestada por historiadores chineses

Livro revela detalhes de época de tolerância sexual na China


EFE | 19/04/2011 09:07A+A-


As memórias de Sir Edmund Trelawny Backhouse, que viveu quase 50 anos na China do início do século 20, estão sendo lançadas com a promessa de revelar que a famosa Imperatriz Cixi foi assassinada e outros detalhes de uma época que o autor apresenta como de grande tolerância sexual. Backhouse, que residiu no país de 1898 até sua morte, em 1944, foi um peculiar personagem com um perfeito conhecimento da língua chinesa e seus excepcionais contatos com a corte manchú.

O livro, intitulado "Decadence Mandchoue: The China Memoirs of Sir Edmund Trelawny Backhouse" ("Decadência Manchu: As Memósrias Chinesas de Sir Edmund Trelawny Backhouse", em tradução livre) é, segundo seu editor, Derek Sandhaus, "uma fantástica fábula escrita por um encantador autor com um endiabrado senso de humor". É também um desafio aos livros de história, ao assegurar que, diferentemente da crença habitual de que morreu de causas naturais, a imperatriz Cixi teria sido assassinada, da mesma forma que o imperador Guangxu, que morreu um dia depois dela.

Uma característica importante de Backhouse é sua homossexualidade, o que ia contra o puritanismo da época (ele saiu da Inglaterra quando Oscar Wilde, a quem deu publicamente seu apoio, foi processado por sodomia), e que em suas memórias se reflete em relatos sobre seus escarcéus sexuais. "A China tinha, pelo menos para os homens, uma cultura muito mais liberada sexualmente há cem anos que o Ocidente naqueles tempos", explica Sandhaus à Agência Efe.

Intelectuais chineses e integrantes da corte manchú mantinham relações homossexuais abertamente e grande parte da vida social desses círculos girava ao redor da Ópera de Pequim, que era inseparável da prostituição masculina, acrescenta o editor-chefe da Earnshaw Books, primeira editora a publicar estas memórias.

O alto conteúdo sexual dificultou a publicação do livro na China, muito mais puritana do que há um século. Segundo Sandhaus, a edição inglesa estará disponível em livrarias do país, enquanto a chinesa por enquanto só será vendida em Hong Kong, como costuma ocorrer com livros barrados pela censura comunista.

Outra questão em torno ao livro são as dúvidas sobre sua veracidade: Backhouse era conhecido por sua imaginação e as memórias foram relatadas a um médico quando ele já estava idoso e doente. Alguns historiadores duvidam da exatidão deste relato, o que fez com que passasse quase 60 anos sem ser publicado. O jornal de Hong Kong "South China Morning Post" especifica que um dos grandes críticos destas memórias, o professor da Universidade de Oxford Hugh Trevor-Roper, confiou nos supostos diários de Adolf Hitler que finalmente provaram ser falsos.

"Backhouse é uma figura contraditória, porque aparentemente tinha uma imaginação fértil, mas não devemos repeli-lo por isso", ressaltou Sandhaus. "Viveu em Pequim durante o período que descreve, falava chinês e manchú e tinha um conhecimento da política e da cultura chinesa que supera em muito outros escritos daquele tempo", acrescentou. "Inclusive se o que conta são fofocas, são fofocas de fonte bem informada, e na capital chinesa as intrigas costumam estar mais próximas da informação real do que os relatórios oficiais", afirmou.

Backhouse, que era poliglota - falava também francês, russo, latim, grego, japonês, entre outros - trabalhou como intérprete para os diplomatas britânicos e evitava o contato com outros estrangeiros, provavelmente pelo fato de ser homossexual.

Os jornalistas ingleses da cidade de Pequim da época diziam que ninguém falava chinês como ele, mas que não era fácil encontrá-lo: quando passava perto de outros estrangeiros escondia seu rosto e pedia a seus empregados que lhe avisassem da proximidade de estrangeiros para evitá-los ao sair de casa.

Testemunha de uma tumultuosa época, Backhouse morreu em um hospital de Pequim e está enterrado em um cemitério católico da capital chinesa.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ensino superior: patrões boicotam negociações e irritam professores

As negociações com o sindicato que representa as mantenedoras de ensino superior continuam paralisadas. Apesar da disposição do SINPRO-SP em esgotar todas as formas possíveis de diálogo em torno das reivindicações apresentadas no fim do ano passado, o Semesp adota uma postura de indiferença e desrespeito com toda a nossa categoria.

O ensino superior privado é hoje um dos setores mais rentáveis da economia brasileira. Não apenas desfruta de privilégios fiscais e de fontes de financiamento subsidiado; goza também da reserva de mercado decorrente das carências da universidade pública. Nos últimos dez anos, as escolas particulares registraram um crescimento significativo no seu número de alunos, ao mesmo tempo em que mantiveram seus preços regularmente atualizados com as taxas de inflação. Certamente, nenhum outro segmento – exceção feita aos bancos e aos especuladores do mercado financeiro – encontrou condições tão favoráveis para sua expansão. Não é por outro motivo que o ensino superior privado brasileiro transformou-se em objeto de desejo do capital internacional.

O que os professores querem que seja tão exorbitante a ponto de justificar o cinismo patronal? Nada além da manutenção das cláusulas atuais da convenção coletiva, reajuste salarial e aumento compatíveis com a depreciação da moeda no último período da data-base e com o desempenho econômico do setor, além de melhoras pontuais nas condições de trabalho, como é o caso das horas despendidas com as tecnologias da informação e comunicação. São reivindicações que encontram no Brasil atual, no cenário das relações entre capital e trabalho, um ambiente favorável ao entendimento. Sob a ótica de sua ganância e arrogância, os donos do ensino superior privado não pensam assim.

O ambiente gerado pelo impasse deliberadamente provocado por eles é o pior possível. Embora algumas escolas mais sensíveis ao clima de insegurança entre seus professores tenham antecipado percentuais irrisórios de reajuste, a sensação percebida pelo SINPRO-SP nas escolas é de decepção e de surda e justificada revolta.

Nosso Sindicato avalia a situação-limite a que chegaram as negociações com o Semesp como de absoluta gravidade, e tem ponderado sobre a necessidade de que os professores adotem uma postura mais radical em seu enfrentamento com os empresários, eventualmente organizando manifestações públicas de repúdio ao desrespeito com que têm sido tratados.

Exortamos os docentes do ensino superior a dar ressonância a este editorial em cada sala de professores das escolas onde lecionam para que as ações futuras do SINPRO-SP possam representar o caminho mais adequado de expressão de seu descontentamento e repulsa.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

La OTAN desconfía de la tregua de Khadafi

El secretario general de la organización, Anders Fogh Rasmussen, afirmó que todo alto el fuego en Libia debe ser "creíble y verificable", después de que la Unión Africana (UA) anunciara que Khadafi aceptó un plan de paz. En tanto, los líderes de la UA llegaron a la ciudad de Benghazi, bajo control de los rebeldes, para reunirse con miembros del Consejo de la Revolución y proponerles mediar en el conflicto.







"Todo alto el fuego debe ser creíble y verificable", declaró Rasmussen en rueda de prensa en Bruselas, recordando que el Consejo de Seguridad de la ONU reclamó el "fin completo de la violencia" contra los civiles en Libia. La solución al conflicto libio debe además "responder a las legítimas demandas del pueblo libio sobre reformas políticas en el país", añadió.

Una delegación de la Unión Africana (UA), que intenta mediar en la crisis, anunció ayer en Trípoli que el líder libio Muammar Khadafi había aceptado una hoja de ruta para hallar una salida pacífica.

La comitiva, integrada por cuatro presidentes africanos, llegó hoy a Benghazi, bastión de los rebeldes, para presentar el plan, que prevé especialmente el cese inmediato de las hostilidades.

La delegación encabezada por el presidente de Mauritania, Mohamed Ould Abdel Aziz, se encuentra en el hotel Tibisti aguardando la llegada de los insurgentes, mientras en las calles se movilizaron miles de personas para rechazar la posibilidad de un acuerdo y exigir la renuncia de Khadafi a través de cánticos, pancartas y banderas.

La propuesta que elevará la UA y que ayer aceptó Khadafi se basa en cuatro puntos: cese del fuego, un corredor humanitario, cambios políticos y sociales y la no intervención de las tropas de la OTAN en territorio libio.

Ahmet al Bani, portavoz de los insurgentes dijo al canal de noticias árabe Al Yazira que "sólo existe una solución militar porque Khadafi sólo entiende ese idioma", lo que marca el posible desenlace de este encuentro. "¿Qué hay que negociar aquí? No aceptaremos ningún compromiso", advirtió por su parte Ahmed Buseini, un combatiente rebelde.

Rankings de universidades serão auditados para ganhar selo

MARINA MESQUITA
DE SÃO PAULO

Os rankings que classificam instituições de ensino superior também passarão a ser avaliados. A iniciativa do Ireg Observatory on Ranking and Academic Excelence (ireg-observatory.org) pretende auditar as listagens.

"Os rankings devem estar preparados para ser avaliados se querem ser confiáveis", diz o diretor do observatório Kazimierz Bilanow.

A participação das instituições será voluntária e custará 2.000 euros para membros do grupo e 4.000 euros para os não membros, além dos participantes terem de arcar com as despesas de viagens dos auditores.

A auditoria dirá se a listagem seguiu os "Princípios de Berlim sobre Rankings de Instituições de Ensino Superior" --lançados em 2006-- que estabelecem diretrizes, como transparência na finalidade e nos objetivos e na coleta e no processamento dos dados, o que garante a qualidade dos resultados.

"Os rankings não são puramente científicos, sempre haverá elementos subjetivos", diz o diretor.

O resultado positivo das avaliações será afirmado com um selo de qualidade, a ser lançado nos próximos meses. Para a organização, o selo vai mostrar quais classificações são as mais confiáveis porque seguem os princípios de transparência.

"Um bom ranking deve ajudar o estudante a fazer escolhas inteligentes", afirma Bilanow.

VEJA OS RANKINGS GLOBAIS E A POSIÇÃO DAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS

Nome Desde quando Nº de universidades listadas Top 5 Top 5 brasileiras Site
Academic Ranking of World Universities (China) 2003 500 Harvard (EUA) USP (101-150)* http://www.arwu.org/ARWU2010.jsp
Universidade da Califórnia - Berkeley (EUA) Unicamp (201-300)
Stanford (EUA) UFMG (301-400)
MIT (EUA) UFRJ (301-400)
Cambridge (Reino Unido) Unesp (301-400)
Times Higher Education (Inglaterra) 2004 200 Harvard (EUA) Nenhuma http://www.timeshighereducation.co.uk/world-university-rankings/2010-2011/top-200.html
Caltech (EUA)
MIT (EUA)
Stanford (EUA)
Princeton (EUA)
QS World University Ranking (Inglaterra) 2004 642 Cambridge (Reino Unido) USP (253) http://www.topuniversities.com/university-rankings/world-university-rankings/2010
Harvard (EUA) Unicamp (292)
Yale (EUA) UFRJ (381)
University College London (Reino Unido) PUC-RJ (501-550)*
MIT (EUA) Unesp (551-600)
Top 500 Webometrics (Espanha) 2004 (duas vezes por ano) 500 MIT (EUA) USP (51) http://www.webometrics.info/premierleague.html
Harvard (EUA) Unicamp (161)
Stanford (EUA) UFRGS (166)
Universidade da Califórnia - Berkeley (EUA) UFRJ (209)
Cornell (EUA) Unesp (238)
Performance Ranking of Scientific Papers for Research Universities (Taiwan) 2007 500 Harvard (EUA) USP (74) http://ranking.heeact.edu.tw/en-us/2010/TOP/100
Stanford (EUA) UFRJ (341)
Universidade Johns Hopkins (EUA) Unicamp (345)
Universidade de Washington - Seattle (EUA) UFRGS (419)
Universidade da Califórnia - Los Angeles (EUA) Unesp (424)
Leiden Ranking (Holanda) 2008 500 MIT (EUA) UFMG (470) http://socialsciences.leiden.edu/cwts/products-services/leiden-ranking-2010-cwts.html
Universidade Rockfeller (EUA) USP (471)
Princeton (EUA) Unicamp (478)
Stanford (EUA) UFRGS (485)
Caltech (EUA) UFRJ (487)
Scimago Institutions Ranking (Espanha) 2009 2.833 Academia Chinesa de Ciências (China) USP (19) http://www.scimagoir.com
Centro Nacional de Pesquisas Científicas (França) Unicamp (143)
Academia Russa de Ciências (Rússia) Unesp (200)
Harvard (EUA) UFRJ (211)
Universidade de Tóquio (Japão) UFRGS (303)
Global Universities Ranking (Rússia) 2009 430 MIT (EUA) USP (274-276) http://www.globaluniversitiesranking.org/index.php?option=com_content&view=article&id=94&Itemid=131
Caltech (EUA)
Universidade de Tóquio (Japão)
Columbia (EUA)
Universidade Lomonosov de Moscou (Rússia)
High Impact Universities (Austrália) 2010 500 Harvard (EUA) USP (229) http://www.highimpactuniversities.com/rpi.html
Stanford (EUA) Unicamp (357)
MIT (EUA) UFRJ (441)
Universidade da Califórnia - Los Angeles (EUA) UFRGS (472)
Universidade da Califórnia - Berkeley (EUA)
*No Academic Ranking of World Universities (a partir da 101ª posição) e no QS World University Ranking (a partir da 401ª), as universidades passam a ser classificadas em intervalos de posições

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O que querem os pais com seus filhos e a violência?

Tornou-se comum falar que os jovens são assim mesmo.Assim mesmo como?Violentos inquietos, não respeitadores, desconhece regras morais, princípios éticos?
Por que será que o Bullying é respostas para perguntas como estas, e afinal oq ue adianta criar o conceito e não partimos para ações?
O que queremos de nós? Como a escola pode lidar com isto,assim como as universidades?
Penso que já passou da hora, de nós, pais professores darmos uma resposta a isto, e junto as mantenedoras doe ensino e a escola como um todo.
Há um relaxamento quando as regras sociais , deixamos tudo entregue a MODA, ao ser como impõe a moda a mídia.
E nós que fazemos, nada!!!!!!!!!!!!!!!
Que filhos queremos ter ,neste mundo liberalizado?
Pensemos na promiscuidade a que estes jovens estão entregues, e assim sendo as esperanças se esvaem .
Será que o ensino, a educação esta cumprindo seu papel de educador, ou relaxou para ser mero mediador do conhecimento face o projeto do título?
Pensemos!!!!!!!!!!!!!!!

PAULOVAS

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Para um novo Brasil é preciso fazer a reforma da mídia

No terceiro vídeo da série Reformas Democráticas, você vai saber porque os meios de comunicação estão nas mãos de poucas famílias, o papel da internet na democratização da comunicação e o que propõem aqueles que defendem uma mídia livre. Produzida pela equipe do Vermelho, a série conta com seis vídeos temáticos sobre as reformas estruturais necessárias para que o Brasil continue se desenvolvendo e avance nas mudanças.
Para ler mais click no título

Corporações ajudam ditaduras a controlar usuários e censurar internet

Corporações ajudam ditaduras a controlar usuários e censurar internet

WILLIAM GIBSON

NOVELA DE WILLIAM GIBSON
La deriva
¿

LA PRIMERA NOVELA de William Gibson, Neuromante (1984), fue mucho más que un libro. A través del término "cyberpunk" creó todo un concepto sugerente y elusivo que iba a influir en terrenos tan diversos como la música, el cine, la moda o el propio género de la ciencia ficción al que pertenecía, en ese entonces en crisis. Dio además un formato entre visual y de vocabulario al gran mundo digital en expasión (en especial a "la Red"), suspendido entre la mitología y el romanticismo profundo. Lejos de sentirse abrumado por el impacto de su primera obra extensa, la siguió con otras dos, Conde cero (1986) y Mona Lisa acelerada (1988): las tres integraron la "trilogía del Sprawl" (o ensanche), unidas a los cuentos de Quemando cromo (1986).



leia mais clicando no título

segunda-feira, 28 de março de 2011

A MORTE É UM PODEROSO VENTO

Já disse a poetisa Cecília Meireles-A MORTE É UM PODEROSO VENTO-, mas viver este vento é de um vazio imenso,pasmam as mãos , os dedos, o corpo como todo.
Perder um amigo é um tufão.Mas como disse Lorca e parodiando-o, VAI- TE ROBERTO, mas morre um pouco da natureza, do fascínio e da ternura.
Não olhes para trás tudo está como deve ser, so não tua ausência insólita e a fome de tua presença.

domingo, 20 de março de 2011

Dilma negocia alianza con Obama de igual a igual

La presidenta de Brasil, Dilma Rousseff, planteó al presidente de Estados Unidos Barack Obama, en el inicio de su gira por la región, la necesidad de derrumbar las "barreras" comerciales impuestas por Washington para avanzar en "una alianza estratégica" sobre la base de una relación "entre iguales".
19.03.2011 | 22.35 |


Obama y Dilma juntos, la mandataria plantó la necesidad de una alianza de "igual a igual".
La mandataria brasileña se quejó abiertamente de la depreciación del dólar que, según sostuvo, "desgasta las buenas prácticas económicas", y de las trabas impuestas por Washington a la importación de productos de su país que demandan restablecer relaciones comerciales "más justas y equilibradas".

Obama, quien inició una gira que lo llevará además a Chile y El Salvador, llegó esta mañana a Brasilia con el principal objetivo de profundizar los lazos políticos con la región y, especialmente con Brasil, ampliar las relaciones económicas que le permitan a las empresas de su país participar de los contratos millonarios que se abren con la explotación petrolera, el mundial de fútbol y los juegos olímpicos.

A la hora de los reclamos, en una presentación conjunta ante la prensa, Rousseff planteó que "es fundamental romper las trabas", al mencionar productos como el etanol, el jugo de naranja y el acero entre los afectados por medidas proteccionistas adoptadas por Estados Unidos, país con el cual Brasil registró el año pasado un déficit comercial de más de 7.700 millones de dólares.

En el campo político, la presidenta brasileña reiteró públicamente la demanda de una "reforma fundamental" en la estructura de las Naciones Unidas que incluya una ampliación del Consejo de Seguridad con la inclusión de Brasil como miembro permanente, consignaron las agencias, Brasil, Ansa y DPA.

"Lo que nos motiva no es el interés menor de ocupación burocrática de espacios de representación, sino la certeza de que un mundo más multilateral generará beneficios para la paz y la armonía entre los pueblos".

La diplomacia brasileña esperaba un apoyo similar, abierto, dado a India en 2010 por Obama en su visita a Nueva Delhi.

El presidente de Estados Unidos, sin embargo, afirmó que Brasil es "cada vez más un líder mundial" y sostuvo que "aprecia las aspiraciones" del país sudamericano para ser miembro permanente del Consejo de Seguridad de la ONU, cuya ampliación, dijo, respaldará.

Si bien "reconoció" el compromiso del país sudamericano en el terreno internacional, evitó ofrecerle un apoyo explícito al reclamo de la presidenta Rousseff de reconocer a Brasil como miembro permanente de la ONU, camino que ya había iniciado su antecesor Luiz Inácio Lula da Silva.

Obama fue menos directo en su declaración pública, en la que se limitó a abogar por una reforma de la ONU para volver el organismo "más eficaz, eficiente y representativo".

Por otra parte, el mandatario estadounidense expresó el interés de su país en convertirse en el futuro en "un gran cliente" del petróleo que producirá Brasil en las gigantescas reservas del yacimiento marítimo del pre-sal, y se manifestó confiado en ambos países lograrán ampliar y profundizar su cooperación económica en las próximas décadas.

Al mismo tiempo, afirmó que Washington está listo a ampliar la cooperación con Brasil en muchos otros campos, como el área de biocombustibles, en la lucha contra el narcotráfico y en acciones militares conjuntas para reaccionar a crisis humanitarias, como la dejada en Haití por el terremoto de enero del año pasado.

En particular, Obama mostró el interés de su gobierno de facilitar la participación de empresas estadounideneses en las obras y servicios millonarias que demandarán al organización del Mundial de Fútbol 2014 y las olimpíadas Río de Janeiro 2016 "Creo que esto es sólo el inicio de lo que podemos hacer juntos en favor de todo el mundo", dijo Obama, quien se manifestó "seguro" de que su visita al gigante sudamericano ha "creado una base para mayor cooperación entre Estados Unidos y Brasil en las décadas venideras".

El mandatario visitante, que llegó a las 7.30 a Brasilia a bordo del Air Force One, acompañado por su esposa, Michelle Obama, y por sus dos hijas, Malia y Sasha.

Obama llegó al Palacio presidencial del Planalto casi media hora después de lo programado y fue recibido con honores por los Dragones de la Independencia -la guardia presidencial- y por 21 disparos de cañón antes de saludar a la presidenta Rousseff, con quien mantuvo una larga reunión a solas.

Estados Unidos es el mayor inversor extranjero en Brasil, pero recientemente fue desplazado por China del puesto de principal socio comercial del gigante sudamericano, que en los últimos años pasó a acumular déficit en su comercio con la potencia del norte.

Además del encuentro con Rousseff, Obama aprovechará su paso por Brasilia para reunirse con empresarios y ejecutivos de firmas estadounidenses y brasileñas antes de viajar esta misma tarde rumbo a Río de Janeiro, donde cumplirá mañana un programa que incluirá una visita turística a la famosa estatua del Cristo Redentor y un discurso en el teatro Municipal.

Jandira Feghali lança web TV por um mandato mais participativo - Portal Vermelho

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PCdoB fortalece organização na Petrobrás com núcleo do petróleo - Portal Vermelho

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sexta-feira, 18 de março de 2011

Protagonismo Internacional Dilma e Obama

Obama, mesmo ressentido com o Brasil, bate o pé na bola e chuta para o protagonismo no Mercosul, via Brasil, com seu pré sal e aí se dará o jogo.Nas relações Internacionais nenhuma visita é de graça, e mais , o presidente OBAMA falará no Rio, na Cinelândia, porque será?Adivinhem e me digam

quinta-feira, 17 de março de 2011

Direitos trabalhistas são um estorvo?

Reproduzo artigo de Leonardo Sakamato, pelo Blog do MIRO, publicado em seu blog:

Reportagem da revista Economist, uma das mais prestigiadas publicações do mundo, afirma que as leis trabalhistas do Brasil são arcaicas, contraproducentes e oneram tanto empresas quanto trabalhadores. Sob o título “Empregador, cuidado” (em português), a revista que chegou hoje às bancas afirma que nossas leis trabalhistas “impedem tanto empregadores como trabalhadores de negociar mudanças em termos e condições, mesmo quando há um acordo mútuo”. O texto reclama que, em 2009, um total de 2,1 milhões de brasileiros teriam processado seus empregadores e que a Justiça do Trabalho não costuma se posicionar a favor destes.

A crítica às leis trabalhistas, dessa vez, veio de fora. Mas aqui dentro esse discurso é constantemente usado no bombardeio contra os direitos dos trabalhadores e vem na boca de “especialistas” que afirmam coisas como “O que os sindicatos não entendem é que, nesta hora, todos têm que dar sua cota de sacrifício”; “Os grevistas não pensam na população, apenas neles mesmos”; “Sem uma reforma trabalhista que desonere o capital, o Brasil está fadado ao fracasso”; “A CLT é uma amarra que impede a economia de crescer”; “É um absurdo os sindicatos terem tanta liberdade, precisamos mudar isso”.

Quando eu jogava Banco Imobiliário e War, decidíamos mudar as regras do tabuleiro para fazer com o que a disputa andasse mais rápido. Depois, a gente cresce e percebe que o mesmo funciona para a vida real. Por exemplo, defenestrar parte da legislação que garante as condições mínimas para a compra da força de trabalho, é uma opção defendida para acelerar o crescimento econômico.

Como já disse aqui antes, informatizar, desburocratizar e tornar mais eficiente a aplicação da lei é possível e desejável e certamente irá gerar boa economia de recursos para empresários e de tempo para trabalhadores. Desonerar a folha de pagamento em alguns itens, como diminuir a contribuição previdenciária, sem reduzir direitos, também é possível. Governo, empresários e trabalhadores já têm estudos e propostas sobre isso.

Mas o problema é que, por trás do discurso do “vamos simplificar”, está também o desejo de tirar do Estado o papel de juiz nesse processo, deixando os competidores organizarem suas próprias regras. Quando um sindicato é forte, ótimo, a briga será boa e é possível que se obtenha mais direitos do que aquele piso da lei. Mas, e quando não é, faz-se o que? Senta e chora?

Quando alguém promete uma reforma trabalhista sem tirar direitos dos trabalhadores irá, provavelmente: a) mudar a CLT e acrescentar direitos aos trabalhadores e tirar dos empresários (faz-me-rir); b) desenvolver um novo conceito do que seja um direito trabalhista (situação em que Magritte diria: “isto não é um cachimbo”); c) Diminuir a arrecadação do Estado junto às empresas e manter os direitos dos trabalhadores (com a nossa sanha arrecadadora e os ralos de corrupção?); d) vai operar um milagre.

Opinar faz parte do jogo democrático e quanto mais pontos de vista circulando, ótimo. Desde que ela seja vista como isso mesmo, uma análise defendida por determinado grupo interessado. Se for tratada como verdade só porque veio de uma fonte em posição de autoridade, aí os trabalhadores têm que ir às ruas.

¿La literatura infantil es literatura?

Casi ignorados por la academia y la crítica, los libros que encuentran a sus lectores entre los niños y jóvenes tienen un rol en su formación y un lugar considerable en el mercado. Autores y especialistas lo analizan como producto cultural, en su función pedagógica y el espacio que queda para la imaginación.
CLIQUE NO TITULO E VÁ A MATÉRIA ORIGINAL

domingo, 13 de março de 2011

A CIDADE E AS ÁGUAS - A CIDADE E SUA PELE

























A cidade é composta por uma pele sobre e sob a qual estamos.
Mas será que temos a consciência disto?
Onde pisamos , onde respiramos,de onde comemos?
Seria inúmeras as razões para falamos da pele da cidade.Mas nos esquecemos dos seus poros, de seu solo, por onde ela respira bebe e devolve.
Onde anda nas ruas, caçadas seus respiradores?
As árvores acusam, rompe as calçadas, as ruas, pede espaço,nós queremos espaços , mas não respeitamos o espaço da terra, da cidade, de seu solo.
Não há cidade sem terra.
Não nos sustentamos na cidade senão pela terra, mas onde anda ela?
Nas enchentes nos damos conta dela? talvez não.Mas aí está a devolutiva dela, ela está impermeabilizada, estrangulada, diferente de estar vestida.Vestida, ela poderia estar por nós, pelas árvores, e pelos nossos objetos mas, sem a demasia que a estrangula, provocando a falta de sua boca, sua terra que bebe e respira.
Assim, ela não mais de boca aberta o suficiente, ela deixa a água rolar para outras bocas e, daí,temos as enchentes e teremos que ter paciência para outro pedaço de sua boca engolir .
Aqui em São Paulo, vivemos isto, como em milhões de outras.
Quando vamos abrir nossa boca para falarmos da boca da cidade nossa, de nossa terra?

BHObama e o ‘garrote vil’ do ditador Francisco Franco

BHObama e o ‘garrote vil’ do ditador Francisco Franco

quarta-feira, 9 de março de 2011

Poesia e romantismo

do Jornal do Comércio-Recife PE em 09.03.2011


Para manter a tradição da festa, blocos reuniram gente de todas as idades e encheram de lirismo foliões que estiveram no fim de tarde e noite de segunda no Bairro do Recife

E como manda a tradição, a Segunda-Feira de Carnaval é o dia de transformar o Bairro do Recife na passarela dos blocos líricos. Este ano, não foi diferente. Não teve chuva que atrapalhasse a festa. O que se viu nas ruas do Centro foi um encontro de todas as idades. Gente que só queria cantar e seguir atrás da agremiação preferida.
Nos versos decorados pelos antigos foliões, lirismo, romantismo e muita poesia. “O melhor do Carnaval de Pernambuco é seguir atrás de uma orquestra de pau e corda. Quando acaba o desfile de uma, já sigo atrás de outra agremiação. Fico até o último acorde. Mesmo com essa chuva toda estamos aqui”, avisava o turista carioca Frederico de Araújo.

O desfile teve início às 16h. Entre outros, apresentaram-se Eu Quero Mais, O Bonde, Bloco das Flores, Confete e Serpentina, Blocos das Ilusões e Batutas de São José.

“A gente faz isso por amor à tradição. Não temos nenhuma ajuda do poder público e estamos resistindo ao abandono. A tradição é o nosso combustível. A chuva sempre prejudica o espetáculo. Mas vamos em frente”, disse José Marcolino da Silva de Lima, 45 anos, um dos integrantes do Batutas.

No palco do Marco Zero, cada agremiação tinha direito a 10 minutos para fazer a exibição. Houve também desfile na Praça do Arsenal.

O fim de tarde na segunda-feira, no Bairro do Recife, também foi marcado por muita confusão e correria. Vários furtos foram registrados pela Polícia Militar. Até as 19h, 15 adolescentes tinham sido apreendidos e liberados após serem revistados. À tarde, um princípio de incêndio foi registrado no palco do Marco Zero. O problema foi contornado rapidamente. Não houve feridos.

sábado, 5 de março de 2011

Muestra: Grandes Autores. Grandes Ilustradores


Muestra: Grandes Autores. Grandes Ilustradores

Entre el 9 y el 31 de marzo la TV Pública abre sus puertas para presentar una Muestra sobre dibujos originales, litografías y grabados de grandes artistas que han ilustrado con sus obras infinidad de libros editados en Argentina.

En el año en que la Ciudad de Buenos Aires ha sido designada por la UNESCO como Capital Mundial del Libro, el Museo del Dibujo ha armado la Muestra “Grandes Autores. Grandes Ilustradores”.

En ella pueden verse más de 60 grabados, dibujos originales y litografías de grandes dibujantes y artistas plásticos, que han ilustrado con sus obras infinidad de libros editados en Argentina, entre los cuales se encuentran Carlos Alonso, Américo Balán, Demetrio Urruchua, Adolfo Bellocq, Blas Castagna, Pablo Pereyra, Alfredo Guido, Emilio Pettoruti, Juan Lamela, Norberto Onofrio, Carlos Varau, Remo Bianchedi, Norah Lange, Antonio Berni, Lino Enea Spilimbergo, Cristina Santander, Luis Seoane entre muchos otros.
La Televisión Pública se enorgullece en presentar esta amplia y diversa colección, que puede ser visitada entre el 9 y el 31 de marzo, de 8.00 a 20.00 hs., en Av. Figueroa Alcorta 2977, con entrada libre y gratuita
El Museo del Dibujo y la Ilustración, comenzó sus actividades en el año 2004, cuando Horacio González desde la Biblioteca Nacional y la Arquitecta María Isabel Larrañaga desde el Museo Sívori, impulsaron a Hugo Maradei y Hugo González Castello a hacer públicas sus colecciones personales. Desde entonces no ha pasado un año sin que presenten nuevas exposiciones.

Este Museo itinerante que cuenta con alrededor de 8000 dibujos, ilustraciones y grabados, se propone preservar y catalogar este patrimonio tan valioso de los argentinos, con el fin de difundirlo para el conocimiento de las nuevas generaciones.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Canal da Imprensa - Revista Eletrônica do curso de Jornalismo do Unasp-EC

Canal da Imprensa - Revista Eletrônica do curso de Jornalismo do Unasp-EC

iPad 2 faz Samsung rever planos para novo tablet

iPad 2 faz Samsung rever planos para novo tablet

Na sequência do anúncio do segundo modelo do iPad, um executivo da Samsung admitiu alguns aspectos do próximo modelo do Galaxy Tab, incluindo o preço, terão de ser revistos.

O Tab de 10 polegadas foi mostrado em Fevereiro, num congresso em Barcelona (Reuters)

À agência noticiosa sul-coreana Yonhap (a Samsung é uma multinacional com sede na Coreia do Sul), o vice-presidente executivo da divisão de dispositivos móveis, Lee Don-joo, afirmou que o preço e a espessura do iPad 2 (que é 33 por cento mais fino do que o anterior) são um desafio para a Samsung e que a empresa terá, para o lançamento do segundo Galaxy Tab, de “melhorar as partes que não são adequadas”.

Segundo as especificações já anunciadas, o próximo Tab terá um ecrã de dez polegadas (um tamanho semelhante ao do iPad), abandonando as sete polegadas do seu predecessor. Estará equipado com o Android 3.0

Numa abertura que não é frequente na indústria, Lee Don-joo adiantou que “o de dez polegadas ia ser mais caro que o de sete, mas vamos ter de pensar outra vez nisso”. O novo iPad será lançado com preços idênticos aos do anterior modelo (cujos preços, por seu lado, deverão sofrer uma redução enquanto houver stock).

Em 2010, o Samsung Galaxy Tab (que já vinha equipado com câmara) foi o único tablet a ser tido com uma eventual alternativa ao iPad.

terça-feira, 1 de março de 2011

Os poderes e os limites da internet

Reproduzo matéria de André Cintra, publicada no novo sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Não faltou polêmica no debate inaugural do seminário “Internet: Acesso Universal e Liberdade da Rede”, promovido pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, no sábado (26/2), em São Paulo. Com mediação de Altamiro Borges, presidente do Barão, a discussão teve ares de um julgamento em que à Web cabia o banco dos réus.

“A internet foi construída de maneira diferente das outras mídias de massa e tornou mais fácil a articulação de ações coletivas”, afirmou o professor Sérgio Amadeu, da UFABC. Citando as “revoltas árabes” e o fenômeno WikiLeaks, Amadeu opinou que, na Rede Mundial de Computadores, o “difícil não é obter um canal para falar — mas, sim, ser ouvido”.

A essa “liberdade” — que, em tese, revelaria uma mídia altamente democrática —, contrapõe-se o domínio da infraestrutura da internet por grandes corporações. São interesses desse tipo que põem em xeque a neutralidade da rede. “Querem transformar a internet numa TV a cabo, com controle sobre as opções das pessoas. O controle técnico — que já existe — não pode se tornar controle civil, cultural, político”, protestou Sérgio Amadeu.

Já Marcos Dantas, da UFRJ, questionou o suposto poder da internet em transformar os valores e os comportamentos da sociedade. “Será que a internet muda a cultura dominante ou apenas a reforça? Que tipo de entretenimento ela está gerando?”, indagou. Para Dantas, as pessoas buscam na internet conteúdos parecidos com o que elas mesmas procuram em outras mídias, como as rádios.

“A comunidade originária da internet acreditava na neutralidade da rede e tinha certo poder, que, no entanto, não foi socialmente constituído — virou espaço político e social. Há uma massificação não para a forjar a democracia, mas para produzir comportamentos e identidades voltadas ao consumo”, diz Dantas. “O que derrubou Mubarak (o ex-presidente egípcio Hosni Mubarak) não foram as redes sociais. Foi o povo na rua e os 236 mortos. O Facebook só ajudou a comunicar.”

A deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) centrou sua exposição nas possibilidades de tornar a internet mais próxima aos cidadãos. “Não precisamos lutar por contradições falsas. É preciso trazer o debate para a conjuntura atual e lutar por uma regulamentação livre da rede”, analisou.

Na opinião da parlamentar, “à medida que cresce a democratização da rede, crescerá a repressão”, sob o argumento central da insegurança. “Hoje responsabilizam a internet por crimes como a pedofilia, que acontecem nas casas, nos clubes, nas igrejas. Pela lógica deles, teriam de instalar câmeras nas residências — e nem assim coibiriam os crimes”, sustenta Manuela. Segundo ela, “não podemos abrir mão das liberdades individuais — já consagradas na Constituição — pelo bem-estar coletivo”.

O jornalista Luis Nassif trouxe ao debate outra abordagem, ao ressaltar a força da internet — especialmente das redes sociais — como alternativa à grande imprensa. “Acabou o monopólio da informação pelo jornal, Todos os fatos relevantes tinham de passar pela velha mídia, que agora é batida de igual para igual com a rede”, comentou.

O poderio contra-hegemônico da rede impõe à blogosfera o desafio do apuro na checagem de dados. “A credibilidade da nova estrutura de informação é fundamental”, diz Nassif. De acordo com o jornalista, a internet já provocou, sim, transformações culturais. “Há uma nova mentalidade, uma renovação política, que vem da internet. Vejo ressurgir a militância, inclusive do PSDB.”

Realizado no auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, o seminário da Barão de Itararé contou com 80 participantes presentes e outros 5 mil que acompanharam a programação on-line. No final do evento, entidades da área de educação e movimentos sociais lançaram o manifesto “Banda Larga é um direito seu! Uma ação pela internet barata, de qualidade e para todos.”
Postado por Miro às 22:08 Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no Google Buzz

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Morre o médico do corpo e do pensamento humano:Moacir Scliar



"Não preciso de Silêncios"assim falou Scliar.O poeta clínico da vida, debruçado sobre a literatura,encantou-se na morte.Deixou-nos, deixando seu pensamento, sua obra, farta de humanismo. Aparentemente em polos opostos- medicina e literatura, as duas não se contradizem em sua obra, ao contrário, se tecem juntas e se complementam como ajuste e compreensão do homem e o mundo.O senhor da gentileza, deixa-nos um grande legado, suas obras , sua poesia - a das dores do homem, expostas em sua trama literária. Trouxe-nos as dores e as histórias do povo, respeitou a oralidade e tomou-a para bordar sua literatura.Seus prêmios foras poucos, três Jabutis, mas ainda foram pouco para a dimensão de sua obra.Um dos poucos escritores brasileiros conhecidos mundialmente, citado pela critica americana como um dos cem maiores escritores e que trabalha com a temática judaica.Seus contos lembram Kafka.Seu passeio literário passa pelo romance, contos ensaio, colunista.Sobe mais uma folha humana ascende ao espaço e aO HUMUS da terra.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Salvador, Bahia

RETIRADO -CLIQUE NO TÍTULO



O filósofo espanhol García Morente propõe uma útil distinção entre vivência e informação abstrata. O segundo termo da distinção não é bem este. Como no entanto escrevo longe de minha biblioteca, valho-me de expressão que tem valor equivalente, ou pelo menos exprime o que está de acordo com o meu propósito. A alusão ocorre-me a propósito de Salvador, cidade que mais uma vez visito. O viajante que não a conheça pode figurá-la de muitos modos. O mais corrente é aquele difundido pela mídia e pela indústria publicitária. Mais exatamente, pela indústria do turismo, uma das forças contemporâneas que reduziram o mundo às proporções de uma província.

Hoje todo mundo viaja por todo o mundo relatando suas viagens e façanhas para todo mundo. Afora os pobres definitivamente pobres, alguns sedentários incuravelmente preguiçosos e alguns sábios e obscuros seguidores de Alberto Caeiro, ciente de que o mundo é do tamanho da sua aldeia, o resto da humanidade passou a viajar. Isso significa que viajar tornou-se antes de tudo um transtorno, uma dor de cabeça para sedentários do meu tipo, conscientes de que a melhor viagem é ficar em casa.

Mas noto que minhas digressões incorrigíveis fizeram-me esquecer a distinção proposta por García Morente. Quem não conhece Salvador, mas supõe conhecê-la, tende a acreditar nas informações abstratas procedentes da mídia e da indústria do turismo. Assim, reduz a riqueza e variedade desta cidade a comidas típicas, baianas estereotipadas fazendo pose para os guias turísticos do Pelourinho, as festas ruidosas da cultura negra somadas a outros clichês culturais, algumas canções de Caymmi e as imagens da cidade que todos conhecem.

Longe de mim desmentir a veracidade aferível nas imagens e representações acima condensadas. Minha intenção é apenas ressaltar que não dizem o que é a cidade real, a cidade enquanto expressão da minha vivência, para lembrar ainda a distinção proposta por García Morente. A cidade de Salvador que conheço e tenho vivido durante minhas últimas passagens por aqui é uma cidade inteiramente outra. Tão outra, afirmo, que pareceria irreal ou abstrata para o turista ou aquele ávido catador de imagens recolhidas de guias turísticos e representações estereotipadas de cenários perseguidos pelos turistas do mundo. A cidade de Salvador que tenho ultimamente visitado quase que se reduz a um bairro, a Graça. Mais exatamente, a uma avenida, a Euclydes, com y, da Cunha. Aqui me entretenho com Aloísio e Isa, meus tios queridos, Gal, minha prima adorável, Márcio e Suzy, uma cachorrinha que estou aprendendo a amar. Como nunca é tarde para a gente se corromper, afeiçoei-me a Suzy como me afeiçoaria a uma amiga de língua e hábitos intraduzíveis.

Diante do que já viajei sem pôr os pés fora do apartamento ou da minha privacidade, fica já evidente que não sirvo como guia nem mapa para quem queira viajar ou precise figurar dentro de si próprio uma ideia qualquer de Salvador. Aprendi desde muito que a viagem real que empreendo é a viagem por dentro de mim próprio, a viagem que dentro de casa me transporta ao mundo, assim como a viagem literal, a que nos perde por ruas e cidades, leva-me de volta para mim próprio.

Mas nem tanto à casa, como pareço sugerir, nem tanto ao mundo, que aparento depreciar. Na verdade, ando pelas ruas e nisso encontro muito prazer. Apesar das suas muitas ladeiras, que de algum modo me recordam as de São Paulo onde à deriva das ruas tanto suei e por vezes até me fatiguei, descortino novas paisagens, detalhes da vida e de fachadas antes desconhecidas ou simplesmente despercebidas. Recordam-me ainda Atenas e muito da topografia grega que bem me ajudaram a compreender porque os gregos inventaram os jogos olímpicos.

Também converso com gente, essa gente que vive e precisa viver nas ruas por dever de ofício ou simples hábito, ou ainda modo pessoal de ser. Aprecio saber um pouco da vida da cidade a partir da perspectiva dessa fração obscura dos seus habitantes: o porteiro, o zelador, a doméstica, o jornaleiro da praça, também o da esquina, o taxista, os que desempenham funções subordinadas nos shoppings e supermercados. E como não seguir com o olhar fascinado a beleza negra da mulher baiana, a beleza mulata, a beleza branca ou loura, tantos modos de beleza e sedução que transitam pelas ruas por vezes anunciando sua iluminadora passagem (afinal, como esquecer que baiano não nasce, estreia, como escreveu Ivan Lessa?), por vezes alheia ao olhar que a segue e se perde no fluxo sem repouso das ruas?

Noto agora que a crônica pede já para acabar e no entanto nada sequer mencionei do que seria previsível em qualquer relato de um viajante pela cidade de Salvador. É compreensível que, depois do que acima escrevi, o leitor se desiluda de esperar alguma alusão ao elevador Lacerda, ao mercado Modelo, ao Pelourinho, ao centro histórico com suas magníficas fachadas coloniais, ao acervo precioso do nosso passado barroco... O que talvez pareça espantoso, senão inadmissível, é o fato de chegar aonde cheguei sem pingar uma onda do mar da Bahia, do mar de Jorge Amado e Caymmi nestas linhas áridas. Ademais, não obstante a disponibilidade vigilante de minha prima Gal, resisto ainda a visitar a Exposição Rodin, a Fundação Pierre Verger, a Fundação Casa de Jorge Amado, a Aliança Francesa...

Como compreender ou admitir que o viajante, não importando o quanto viaje através de si próprio, suprima o mar desta cidade tão cenográfica e oceânica? Mas que posso eu acrescentar numa crônica doméstica ao mar cantado por Caymmi, ao mar de Jorge Amado que tão indizivelmente desatou minha imaginação de leitor adolescente? Melhor, portanto, deixar que o leitor viaje a seu modo, com ou sem guia turístico, pondo de lado esse viajante excêntrico que sai de casa para continuar fechado na sua própria casa, ainda quando a casa seja alheia. Tudo que me resta é dar razão ao leitor. Não bastasse tanto, concluo com uma volta na fechadura que sem dúvida o convencerá de que sou definitivamente um turista ou viajante perdido: a melhor viagem é sempre viajar sem sair de casa, ou viajar para logo voltar para casa.
Salvador, 10 de fevereiro de 2011.
POSTADO POR FERNANDO ÀS 18:36

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Blog do Gutemberg: Quadrinhos abstratos exploram outros limites gr�ficos

Blog do Gutemberg: Quadrinhos abstratos exploram outros limites gr�ficos

Ensino médio: a pior etapa da educação do Brasil

Série especial do iG mostra por que os adolescentes perdem interesse pela escola, acabam desistindo ou não aprendem o que deveriam

Cinthia Rodrigues, iG São Paulo | 21/02/2011 07:00A+A-

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Há duas avaliações possíveis em relação à educação brasileira em geral. Pode-se ressaltar os problemas apontados nos testes nacionais e a má colocação do País nos principais rankings internacionais ou olhar pelo lado positivo, de que o acesso à escola está perto da universalização e a comparação de índices de qualidade dos últimos anos aponta uma trajetória de melhora. Já sobre o ensino médio, não há opção: os dados de abandono são alarmantes e não há avanço na qualidade na última década. Para entender por que a maioria dos jovens brasileiros entra nesta etapa escolar, mas apenas metade permanece até o fim e uma pequena minoria realmente aprende o que deveria, o iG Educação apresenta esta semana uma serie de reportagens sobre o fracasso do ensino médio.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

E-book para download: “Desafios do Jornalismo”

Clique no título e vá ao original

Por Bruno Cardoso em 01/Feb/2011

Acaba de ser lançado o e-book “Desafios do Jornalismo”, o último relatório do OberCom. O livro baseia-se em dados recolhidos após a realização de um inquérito dirigido a jornalistas dos principais meios de comunicação social de Portugal. O objetivo deste relatório não é somente caracterizar sócio-demograficamente os jornalistas portugueses, mas sim obter uma percepção dos valores, práticas e atitudes que caracterizam o momento atual da profissão. Isso é, compreender a forma como o jornalista olha hoje para a sua profissão e para a envolvente. Clique aqui para fazer o download.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

que afinal é notícia?

Clique no título e vá ao original


Por Bruno Cardoso em 16/Feb/2011

e um cachorro morde um homem, isso não é notícia. Se o homem morde o cachorro, também não é notícia. Se o homem estivesse pagando ao cachorro por seus favores sexuais, aí sim seria notícia. Mas não seria uma notícia de primeira página. Para ser manchete, o cachorro teria de ser menor de idade e o homem deveria ter um cargo importante no governo. Ou o cachorro e o homem deveriam ter, ambos, o mesmo sexo – a menos que trabalhassem no cinema, o que transformaria a manchete numa notinha da coluna de fofocas. Se o cachorro tivesse falsificado o nome de alguém bastante conhecido num cheque, aí seria notícia de novo. Agora, se o cachorro fosse um grande anunciante, …

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Lula, Dilma e a velha mídia

via blog do Miro
Reproduzo artigo de Emir Sader, publicado no seu blog no sítio Carta Maior:

O esporte preferido da mídia é fazer comparações da Dilma com o Lula. Sem coragem para reconhecer que se chocaram contra o país – que deu a Lula 87% de apoio e apenas 4%b de rejeição no final de um mandato que teve toda a velha mídia contra – essa mídia busca se recolocar, encontrar razões para não ser tão uniformemente opositora a tudo o que governo faz. O melhor atalho que encontraram é o de dizer que as coisas ruins, que criticavam, vinham do estilo do Lula, que Dilma deixaria de lado.

Juntam temas de política exterior, tratamento da imprensa, rigor nas finanças públicas, menos discurso e mais capacidade executiva, etc., etc. Como se fosse um outro governo, de outro bloco de forças, com linhas politica e econômica distinta. Quase como se a oposição tivesse ganho. Ao invés de reconhecer seus erros brutais, tratam de alegar que é a realidade que é outra.

Como se o modelo econômico e social – âmago do governo – fosse distinto. Como se a composição do governo fosse substancialmente outra, como partidos novos tivessem ingressado e outros saído do governo. Apelam para o refrão de que “o estilo é o homem” (ou a mulher), como se a crítica fundamental que faziam ao Lula fosse de estilo.

No essencial, a participação do Estado na economia está consolidada e, se diferença houver, é para estendê-la. Os ministérios econômicos e sociais são mais coerentes entre si, tendo sido trocados ministros de pastas importantes – como comunicação, saúde e desenvolvimento – para reafirmar a hegemonia do modelo de continuidade com o governo Lula.

A política externa de priorização das alianças regionais e dos processos de integração foi reiterada na primeira viagem da Dilma ao exterior, à Argentina, assim como no acento no fortalecimento dos processos latino-americanos, como a ênfase na aproximação com o novo governo colombiano e a contribuição ao novo processo de libertação de reféns comprova.

O acerto das contas publicas se faz na lógica do compromisso do governo da Dilma de estabelecimento de taxas de juros de 2% ao final do mandato, alinhadas com as taxas internacionais, golpeando frontalmente o eixo do principal problema econômica que temos: as taxas de juros reais mais altas do mundo, que atraem o capital especulativo. A negociação do salário mínimo se faz com o apoio do Lula. A intangibilidade dos investimentos do PAC já tinha sido reafirmada pelo Lula no final do ano passado.

Muda o estilo, ênfases, certamente. Mas nunca o Brasil teve um governo de tanta continuidade como este, desde que se realizam eleições minimamente democráticas. A velha mídia busca pretextos para falar mal de Lula, no elogio a Dilma, tentando além disso jogar um contra o outro. A mesma imprensa que não se cansou de dizer que ela era um poste, que não existiria sozinha na campanha sem o Lula, etc., etc., agora avança na direção oposta, buscando diferenças e antagonismos onde não existem.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Celso Amorim: “É preciso respeitar a decisão do povo de cada país”

por Marco Aurélio Weissheimer, em Carta Maior
POR VIOMUNDO
O embaixador Celso Amorim, ministro de Relações Exteriores do Brasil por mais de oito anos (dois mandatos do governo Lula e mais um período no governo Itamar Franco), iniciou a conversa telefônica, direto da embaixada do Brasil em Paris, chamando a atenção para a complexidade e o dinamismo do cenário internacional e para o baixo nível de conhecimento que se tem sobre a situação de muitos países. Em entrevista exclusiva à Carta Maior, concedida no início da tarde desta sexta-feira, Celso Amorim analisa os recentes acontecimentos no Oriente Médio e no norte da África e suas possíveis repercussões. Como que para ilustrar o dinamismo mencionado por Amorim, quando a entrevista chegou ao fim, Hosni Mubarak não era mais o presidente do Egito.

Na entrevista, o ex-chanceler brasileiro chama a atenção para o fato de que as revoltas populares que o mundo assiste agora, especialmente na Tunísia e no Egito, acontecem em países considerados “amigos do Ocidente” que não eram alvo de nenhum tipo de sanção por parte da comunidade internacional. “Isso mostra que a posição daqueles que defendem sanções contra o Irã é equivocada”, avalia. Amorim acredita que uma mudança política no Egito terá impacto em toda a região, cuja extensão ainda é difícil de prever. E defende a política adotada pelo Brasil nos últimos anos apostando na capacidade de diálogo do país, reconhecida e requisitada internacionalmente.

CARTA MAIOR: Qual sua avaliação sobre a rebelião popular no Egito e seus possíveis desdobramentos políticos e geopolíticos na região?

Celso Amorim: Uma primeira característica que considero importante destacar é que os protestos que estamos vendo agora são movimentos endógenos. É claro que eles se valem de novas tecnologias e de alguns valores modernos, mas são motivados pela situação interna destes países. O Egito e a Tunísia, cabe assinalar também, não estavam sob sanções por parte do Ocidente. Isso mostra que a posição daqueles que defendem sanções contra o Irã é equivocada. Sanções só reforçam internamente um regime. Uma das expectativas das sanções contra o Irã era atingir a Guarda Revolucionária. Na verdade, só atingem o povo. O Iraque foi submetido a sanções durante anos e Saddam só ficava mais forte. Não havia, repito, sanções contra a Tunísia e o Egito, países considerados amigos do Ocidente e aliados inclusive na guerra contra o terrorismo, implementada pelos Estados Unidos.

Acredito que uma mudança política no Egito terá certamente um impacto em toda região, podendo inclusive provocar uma mudança de relacionamento com países como Israel e Síria. Mas isso dependerá da evolução dos acontecimentos.

CARTA MAIOR: A sucessão de acontecimentos semelhantes em países do Oriente Médio e do Norte da África já pode ser considerada como uma onda capaz de expandir para outros países também?

Celso Amorim: Potencialmente, sim. Mas é difícil prever. Depende dos desdobramentos do Egito. Não há dúvida que Mubarak sairá [enquanto concedia a entrevista, a renúncia do ditador egípcio foi confirmada]. A questão é saber como ele sairá. Certamente haverá uma mudança no regime político do Egito. Não sabemos ainda em que intensidade. Mas é importante ter em mente que as duas forças organizadas no país são as forças armadas e a Fraternidade Muçulmana. A Fraternidade Muçulmana não é nenhum bicho-papão. Cabe lembrar que muita gente tem citado a Turquia (que tem um partido islâmico no poder) como um modelo de caminho possível para o Egito.

A influência dos acontecimentos no Egito deve se manifestar em ritmos e intensidades diferentes, dependendo da realidade de cada país. Como a Tunísia nos mostrou, é preciso esperar o inesperado.

CARTA MAIOR: A diplomacia ocidental foi pega de surpresa por esses episódios?

Celso Amorim: Certamente que sim. O próprio presidente Obama admitiu isso ao falar dos relatórios dos serviços de inteligência dos Estados Unidos. Ninguém estava esperando o que aconteceu na Tunísia que acabou servindo de estopim para outros países como Yemen e Egito. Nos mais de oito anos que trabalhei como chanceler nunca ouvi uma palavra de crítica sobre a Tunísia. E alguns conceitos fracassaram. Entre eles o de que se o país é pró-ocidental é necessariamente bom. Os Estados Unidos seguem poderosos no cenário internacional, mas frequentemente superestimam essa influência.

Há algumas lições a serem tiradas destes episódios. A primeira delas é que é preciso respeitar os movimentos internos e não querer impor mudanças a partir de fora. As revoltas que vemos agora (na Tunísia e no Egito) iniciaram dentro destes países contra governos pró-ocidentais e não nasceram com características antiocidentais ou anti-imperialistas.

CARTA MAIOR: O Oriente Médio é hoje uma das regiões mais conflituosas do planeta. Os levantes populares que estamos vendo podem ajudar a melhorar esse quadro?

Celso Amorim: Creio que teremos agora um quadro mais próximo da realidade. Há uma certa leitura simplificada do Oriente Médio que não leva em conta o que o povo desta região pensa. Não é possível ignorar a existência de organizações como a Fraternidade Muçulmana ou o Hamas. Se ignoramos fica muito difícil traçar uma estratégia que leve a uma paz estável.

CARTA MAIOR: O jornalista israelense Gideon Levy escreveu ontem no Haaretz dizendo que o Oriente Médio não precisa de estabilidade, referindo-se de modo à crítica à suposta estabilidade atual, que seria, na verdade, sinônimo de pobreza, desigualdade e injustiça. Qual sua opinião sobre essa avaliação?

Celso Amorim: De fato, a desigualdade social é uma das causas muito fortes dos problemas que temos nesta região. É um fermento muito grande para revoltas. A verdadeira estabilidade não se resume a ter um determinado governante no poder. Não basta ter eleição. É preciso aceitar o resultado da eleição. Estamos falando de uma região muito complexa, com sentimentos anticoloniais muito fortes. Esse quadro exige uma flexibilidade muito grande e capacidade de diálogo com diferentes interlocutores.

CARTA MAIOR: Qual sua análise sobre a evolução dos acontecimentos no Oriente Médio à luz da política externa praticada durante sua gestão no Itamaraty?

Celso Amorim: Como referi antes, nós procuramos manter uma relação ampla com diferentes interlocutores. As críticas que sofremos vieram mais da mídia brasileira do que de outros países. Nossa política em relação ao Irã, por exemplo, não foi para mudar esse país. O objetivo era contribuir para a paz, tentando encontrar uma solução para a questão nuclear. Quem mudou de ideia no meio do caminho foram os Estados Unidos. O próprio El Baradei (ex-diretor geral da Agência de Energia Atômica), que agora voltou a cena no Egito, chegou a dizer, comentando a Declaração de Teerã, que quem estava contra ela é porque, no fundo, não aceitava o sim como resposta.

Acredito que nós precisamos de países com capacidade de ver o mundo com uma visão menos maniqueísta. Agora, todo mundo está chamando Mubarak e Ben Ali de ditadores. Até bem pouco tempo não era assim. A maioria da imprensa internacional não os chamava de ditadores. O importante é saber respeitar a vontade e a decisão do povo de cada país. O Brasil tem essa capacidade reconhecida mundialmente. Várias vezes fomos requisitados para ajudar na interlocução entre países. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por exemplo, nos pediu para ajudar a retomar o diálogo com a Síria. O Brasil tem essa capacidade de diálogo que não demoniza o outro. Essa é a pior coisa que pode acontecer na relação entre os países: demonizar o outro. Não se pode, repito, ignorar a presença da Fraternidade Muçulmana ou do Hamas. Podemos não gostar destas organizações. Isso é outra coisa. Mas estamos que estar prontos para conversar.

Espero que o Brasil faça jus às expectativas que existem sobre ele, sobre sua capacidade de diálogo e interlocução. Não se trata de mania de grandeza. Nós temos essa capacidade de diálogo e ela é requisitada. Seguramente o Brasil tem a possibilidade, e eu diria mesmo a necessidade, de ter essa participação e ajudar a construir a paz. Até porque esses fatos nos afetam diretamente. Basta ver o preço do petróleo que está aí aumentando em função dos conflitos.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

ESTÉTICA DO CANGAÇO EM LIVRO DE LUXO


CLIQUE E VÁ AO ORIGINAL

Por Antonio Cardoso - Assessor de Imprensa da Revista Nordeste VinteUm
A literatura de cordel e o cinema novo heroificaram o cangaço e seus líderes mais notórios, Lampião e Corisco. Bandidos sangüinários, eles souberam usar, antes das letras e do celulóide, uma outra mídia para se autopromover e intimidar. Nos anos 30, Lampião deixou que o mascate libanês Benjamin Abrahão fotografasse a si e a seu bando, uma história já contada pelos cineastas Paulo Caldas e Lírio Ferreira no longa "Baile Perfumado" (1997).
O diretor-presidente da Revista Nordeste VinteUm, Francisco Bezerra, prestigiou na última quinta-feira, 26 de agosto, no Museu do Estado de Pernambuco o lançamento do livro “Estrelas de Couro – A Estética do Cangaço”, obra de Frederico Pernambucano de Mello. Resultado de estudo profundo a que se dedicou Pernambucano desde 1997, a obra trata-se de um ensaio interdisciplinar, um livro de arte com mais de 300 fotos históricas.
No prefácio, Ariano Suassuna afirma que foi no início da década de 1970 que conheceu pessoalmente Frederico Pernambucano e travou contato direto com os primeiros resultados de suas pesquisas e reflexões sobre o cangaço – tema que fascina a ambos.

“Ao tempo que apareceu sem lei nem rei, eu ainda não conhecia Frederico Pernambucano, um dos maiores conhecedores do Cangaço com quem já tive oportunidade de conversar. Não conhecia, portanto, sua teoria a respeito da personalidade dos cangaceiros, teoria que procura explicar a psicologia desse nosso herói extraviado através de dois polos principais: o orgulho e aquilo que Frederico Pernambucano chama de o escudo ético”.

Ainda conforme Ariano Suassuna, se todo prefaciador é de certo modo suspeito em seus elogios, deve-se confessar que nesse caso a suspeição aumenta ainda mais. “Vejo que eu e Frederico concordamos em quase tudo o que diz respeito ao Cangaço”, disse o escritor.

Também presente na cerimônia, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, apresenta o livro como “uma leitura imprescindível para todos que tenham, por curiosidade ou profissão, desejo ou dever de melhor saber sobre os nordestinos e sobre o contexto social que fez de nós o que somos: brasileiros que, apesar dos desafios seculares, construímos, neste pedaço quase todo árido do Brasil, uma civilização de mulheres e homens corajosos, solidários e criativos”.
Como as demais obras de Frederico Pernambucano, esse livro vem para o deleito daqueles buscam um conhecimento aprofundado a respeito da cultura de um povo admirado e odiado, os cangaceiros.