REDES

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Vinnicius de Morais


Acabou-se nosso carnaval, ninguém mais ouve cantar canções, ninguem canta mais !!!!!!!!Acabou o nosso carnaval,
Ninguém ouve cantar canções
Ninguém passa mais brincando feliz
E nos corações saudades e cinzas foi o que restou
Pelas ruas o que se vê é uma gente que nem se vê
Que nem se sorri, se beija e se abraça
E sai caminhando, dançando e cantando cantigas de amor
E no entanto é preciso cantar
Mais que nunca é preciso cantar
É preciso cantar e alegrar a cidade
A tristeza que a gente tem qualquer dia vai se acabar
Todos vão sorrir, voltou a esperança
É o povo que dança, contente da vida feliz a cantar
Porque são tão tantas coisas azuis, há tão grandes promessas de luz
Tanto amor para amar que a gente nem sabe
Quem me dera viver pra ver e brincar outros carnavais
Com a beleza dos velhos carnavais
Que marchas tão lindas
E o povo cantando seu canto de paz.





BEM A TEMPO SAI UMA CRÔNICA QUE CHEGA A CALHAR COM NOSSA REALIDADE NO JORNAL DO BRASIL -RIORasgando a fantasia
13/02/2010 - 12:36 | Enviado por: Migliaccio

Peço um minuto de silêncio pelo Carnaval


Assim como o futebol, o Carnaval virou um negócio milionário. Basta passar ao largo do Sambódromo para ver os gigantescos painéis de publicidade. Todas as vezes em que trabalhei como jornalista na avenida achei aquilo tudo o maior baixo astral. É, parece loucura achar deprimente uma festa com 60 mil pessoas, fantasias coloridas e batucada, mas foi exatamente isso que eu senti.

Os desfiles hoje são feitos para a televisão. Carnavalescos escolhem cores e texturas pensando mais nas câmeras e refletores do que no enredo. E que enredos! A prefeitura de Pindamonhangaba patrocina, então o enredo da escola é Pindamonhagaba. Isso é cultura popular? Já foi o tempo. Podem me chamar de saudosista, anacrônico, velho gagá, não me importo, mas Carnaval de verdade era no tempo da Avenida Presidente Vargas, época que não vivi, mas da qual tenho uma inexplicável saudade.

Hoje não se desfila, se exibe, se mostra, se vende. Aquelas mulheres saradas e seminuas podem até ser lindas, mas não são mulheres, são mercadorias expostas em cima de carros alegóricos. Ainda é necessário que saibam sambar, mas daqui a alguns anos, também esse requisito vai cair por terra. Bastará que tenham o silicone e o botox em dia, porque o Carnaval de verdade será uma lembrança cada vez mais pálida e distante.

Das escolas de samba e da Liga, pouco se sabe. Os bicheiros saíram de cena, a grana agorá é outra, vem da prefeitura, da emissora que detém os direitos de transmissão (assim como os do futebol, do Réveillon de Copacabana etc). Com tantos patrões mandando, não é de se espantar que a festa na Marquês de Sapucaí tenha se desvirtuado. Teve um ano aí que barraram a velha guarda porque sua entrada estouraria o tempo de desfile. Se a velha guarda é barrada, o Carnaval está morto.

O público que vai ao Sambódromo também não é mais aquele. Há uma agressividade no ar, como se todo mundo ali tivesse enchido a pança de carne vermelha antes de sair de casa. O álcool, que rola em corredeiras, em vez de relaxar, torna todo mundo mais tenso, carnal, animal. O calor que emana do cimento quente parece deixar todos ainda mais incomodados, irascíveis.

Quem tem dinheiro, consome, gasta; quem não tem, fica do lado de fora, vendendo cerveja em lata num isopor imundo ou perambulando à espera do descuido de algum paulista desavisado... Bailes populares no Terreirão? Experimente se for capaz...

A festa foi contaminada pela violência. Blocos se transformaram em arenas onde caça e caçador se engalfinham em busca do prazer efêmero. O flerte agora é agressivo; o beijo, arrancado à força. E o pior é que as garotas parecem preferir a truculência ao romantismo. São mulheres masculinizadas, bombadas, de voz grossa. Há quantos anos não nasce uma Audrey Hapburn, uma Marcia de Windsor, uma Penélope Charmosa? Hoje, todas as mulheres do mundo sonham ser Ivete Sangalo, sempre regendo aquela turba movida a cerveja e energético em sua alegria falsa com data marcada.

Estou fora disso. Felizmente, na terça-feira estará tudo acabado. Todos serão obrigados a voltar para suas vidas, pelo menos até o próximo sábado, quando o Rei Momo lhes concederá mais alguns momentos em que poderão fingir para si mesmos que não são aquilo que se tornaram

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Vídeo do YouTube ganha prémio de jornalismo

by http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Media/Interior.aspx?content_id=1496474



Um prémio de jornalismo foi atribuído hoje, terça-feira, ao desconhecido que filmou e colocou em linha no Youtube as imagens de uma iraniana agonizante numa rua de Teerão, depois de ter participado numa manifestação contra o regime em Junho de 2009. Atenção: O vídeo contém imagens violentas
A universidade de Long Island, no estado de Nova Iorque, atribuiu o prémio George Polk 2009 ao autor das imagens da morte de Neda Agha-Soltan, uma jovem de 26 anos que morreu na rua em Junho do ano passado, atingida a tiro durante uma manifestação contra o poder iraniano.

Estas imagens deram à volta ao mundo depois de terem sido colocadas no Youtube.

"Este vídeo foi visto por milhões de pessoas e tornou-se um ícone da resistência iraniana", declarou John Darnton, o presidente do júri do prémio George Polk. "Não sabemos quem filmou nem quem o colocou na Internet mas sabemos que tem valor jornalístico".

"Este reconhecimento evidencia o facto de, no mundo de hoje, um espectador corajoso com um telemóvel com câmara pode utilizar os sites de partilha de vídeos e as redes sociais para difundir informação", acrescentou.

O New York Times e a New Yorker, dois monumentos da imprensa escrita, foram também premidos. David Rohde, do jornal de referência New York Tomes, foi distinguido por uma série de artigos escritos quando esteve preso pelos talibãs. David Grann, da revista semanal New Yorker, foi premiado por uma reportagem sobre a execução de um inocente.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Bloco carnavalesco Quanta Ladeira

Bloco carnavalesco Quanta Ladeira: conhecido por reunir músicos pernambucanos de peso, como Lenine, Lula Queiroga, Luck Luciano, Silvério Pessoa e Zé da Flauta, sempre conta com participações especialíssimas de Pedro Luís (da Parede), entre outros nomes da música nacional.
Durante o carnaval a concentração acontece no Recbeat (Recife Antigo), de tarde. As músicas são acompanhadas pelo Batuque Usina. As letras surgem em cima de melodias já batidas que, em geral, estão em evidência no carnaval.JC RECIFE . PE

ESTE ANO O BLOCO ZOOU COM O PARQUE D.LINDU-B. VIAGEM E COM OS PRESIDENCIÁVEIS VISITANTES

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Salgueiro tenta o bi com livros by ESTADÃO DE HOJE



"UM BOM MARKETING CULTURAL.SÃO PAULO, COPIANDO AS ESCOLAS CARIOCAS NÃO CONSEGUEM UMA LEGITIMIDADE DE TEMAS E ALEGORIAS NO CARNAVAL DENTRO DA CULTURA PAULISTANA, SALVO UMA OU OUTRA.Paulo Vasconcelos"

Ediouro distribui livros durante desfile do Salgueiro
Ação faz parte da parceria da editora com a escola de samba, que homenageia o universo das literatura este anoCampeã de 2009 está no primeiro dia de desfiles no Rio, que será marcado pelo embate com a beija-flor

Roberta Pennafort e Márcia Vieira


O primeiro dia de desfiles do Grupo Especial do Rio, hoje, será marcado por uma disputa entre a atual campeã, o Salgueiro, e a Beija-Flor, que venceu cinco vezes nesta década, foi vice no ano passado e briga para retomar o 1º lugar. As atenções se voltam também para a Unidos da Tijuca, que traz um enredo inusitado, É Segredo, conduzido por Paulo Barros, o carnavalesco que despontou na escola como o mais criativo do carnaval carioca e que está de volta depois de três anos afastado.

O Salgueiro tenta o bicampeonato viajando pela literatura. Com o enredo Histórias Sem Fim, o carnavalesco Renato Lage vai levar para a Sapucaí carros que representam grandes marcos da literatura mundial. Da Bíblia aos livros de Harry Potter, passando pelo Eu, Robô, de Isaac Asimov. O abre-alas traz uma gráfica com 55 acrobatas da Intrépida Trupe e do Cirque du Soleil que representarão as letras.

Patrocinado pela Ediouro, o Salgueiro vai distribuir 500 livros para as arquibancadas. Os ritmistas estarão fantasiados de árabes, numa alusão ao clássico Ali Babá e os 40 Ladrões. A rainha de bateria, Viviane Araújo, virá de Sherazade. Durante o desfile, ela será erguida por 12 homens.

Já a Beija-Flor viaja pelos 50 anos de Brasília. A escola, que teve de dar explicações por causa do patrocínio de R$ 3 milhões recebido do governo do Distrito Federal - envolvido num escândalo de corrupção -, não quer saber de política: preferiu focar o mito indígena Goyás e o povo que trabalhou pela construção da cidade, destacando o caráter único de sua arquitetura.

A única figura política que aparecerá no desfile é Juscelino Kubitschek, "pai" da capital federal. "Queremos mostrar o esplendor que Brasília é, independentemente do caráter governamental", defende Ubiratan Silva, um dos carnavalescos. A escola leva alegorias representando prédios como o do Congresso e da catedral, tudo com muito luxo e bom acabamento. O embate com o Salgueiro promete. "Vamos corrigir tudo o que deu errado em 2009", promete Silva.

A abertura da noite é com a União da Ilha, que luta para ficar no Grupo Especial. O enredo Dom Quixote de La Mancha, o Cavaleiro dos Sonhos Impossíveis marca sua volta à elite do carnaval depois de oito anos. E, para mostrar que sonha alto, a Ilha contratou a carnavalesca Rosa Magalhães, demitida da Imperatriz Leopoldinense. "A Ilha vem com um carnaval correto, digno, sem luxo, mas competitivo", diz o presidente, Ney Fillardi.

O abre-alas é o xodó de Rosa: ela recriou a biblioteca de Dom Quixote. O personagem aparece sentado numa cadeira devorando os romances que transformam sua cabeça e o levaram a confundir moinhos com monstros terríveis. "Nas alas temos sempre os dois lados: o real e a imaginação dele", explica.

A Imperatriz, ex-escola de Rosa, entra na avenida logo em seguida. Max Lopes, que andava meio esquecido na Porto da Pedra, escola que não costuma brigar pelo título, tem a chance de reviver seus tempos de glória. Para isso, apela a todos os deuses. O enredo Brasil de Todos os Deuses vai exaltar a religião. Um dos carros vai reproduzir A Primeira Missa no Brasil, quadro de Victor Meirelles. Estarão representados na avenida símbolos de todas as religiões, com direito até a monges budistas no desfile.

De "sombreiro na mão", a Viradouro se veste com as cores do México e convida o público a tomar um gole de tequila na folia. As alas falam de conquistas, religiosidade, arte popular. As atenções estão voltadas à rainha de bateria, a mais jovem do carnaval carioca: Julia Faria, de 7 anos, filha do presidente da escola, Marco Lira. De bustiê e sainha - nada de fio dental -, ela ocupa o lugar que já foi de Luma de Oliveira e Juliana Paes. A Justiça implicou, mas liberou sua participação.

* COMENTÁRIOS

sábado, 13 de fevereiro de 2010

O ESTADÃO E SUA CARICATURA DE IMPRENSA...........



Lula acusa FHC de ''baixar nível'' do debate e desrespeitar Dilma
A FOTO ESTÁ DIGITALLIZADA,MESMO SENDO ASSINANTE DO ESTADÃO TENHO DIREITO A SENHA PARA LER DIGITALMENTE,MAS NÃO ME ENVIAM, JÁ PEDI DUAS VEZESE NADA.
MAS, ENFIM, EIS AÍ A FOTO E O COMPORTAMENTO DO ESTADÃO FACE AO GOVERNO LULA E A SUA CANDIDATA.
ESTA É A IMPRENSA BRASILEIRA.
LEIAM A FOTO-PRINCIPALMENTE- E O TEXTO
A FOTO QUER REVELAR ALGO EM RELAÇÃO AOS TRÊS, PORTANTO AO GOVERNO

Lula acusa FHC de ''baixar nível'' do debate e desrespeitar Dilma
Apesar da queixa, em reunião ministerial presidente xingara presidente do PSDB de ''babaca''
Tânia MonteiroTamanho do texto? A A A A
Incomodado com as críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a seu governo e à ministra e candidata do PT ao Planalto, Dilma Rousseff, o presidente Lula disse ontem, em Goiânia, que FHC está "baixando o nível" e "faltando com o respeito". Na avaliação de Lula, o ex-presidente tem "medo de cair no esquecimento" da população e "mágoa" pelo sucesso que o governo do PT faz dentro e fora do Brasil.

Fernando Henrique iniciou uma série de críticas com um artigo publicado no Estado, domingo passado, acusando Lula e seus ministros de praticar uma espécie de "autoglorificação" que, na euforia, faz com que "inventem inimigos" e "enunciem inverdades". FHC também disse, em entrevistas, que Dilma é "autoritária", "não é líder, é um reflexo do líder" e "um ventríloquo".

Apesar da queixa sobre "baixo nível" do debate, na primeira reunião ministerial deste ano Lula xingou de "babaca" o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Em 2008, Lula também disse que os candidatos da oposição eram "oportunistas". Em 2001, sem provas, em entrevista à imprensa de Campinas, Lula chamou de "assaltante" dos cofres públicos o ex-prefeito da cidade Francisco Amaral. A ministra Dilma também chamou de "oportunistas" os parlamentares que, no fim de 2007, votaram a favor da extinção da CPMF, o imposto do cheque.

Ontem, em entrevista a rádios de Goiânia, com Dilma a seu lado, Lula aconselhou sua candidata a não responder ao ex-presidente. "Não tem por que responder. Deixa ele fazer as críticas porque eu acho que ele está baixando muito o nível para um homem que tem a formação intelectual que ele tem."

Ao considerar "nostálgicas" as críticas de Fernando Henrique, Lula disse que ele trata Dilma como "inimigo a criticar" porque essa é "uma forma de voltar a ser (lembrado) na política". Em seguida, observou que o governador de São Paulo, José Serra, e o ex-governador Geraldo Alckmin, quando foram candidatos à Presidência, respectivamente em 2002 e 2006, não quiseram o apoio de FHC em suas campanhas. Lula recomendou ao antecessor que esperasse começar a campanha para ver Dilma participar dos debates "e poder fazer julgamento".

Questionado sobre a afirmação de FHC de que Dilma age como seu "ventríloquo", o presidente disse que essa declaração é "uma coisa pequena". E ironizou: "Ele deve ter alguma mágoa de o meu governo ter tido tanto sucesso, de o Brasil estar tão reconhecido internacionalmente, coisa que ele achava que não ia acontecer porque imaginava que nós íamos ser um fracasso total." Acrescentou: "Quando vê eu ganhar o prêmio de Homem do Ano pelo El País , pelo Le Monde, ele deve ficar muito chateado."

Lula disse ainda que "um ex-presidente da República tem o direito de ficar quieto ou tem o direito de falar o que bem entender". E emendou: "Fernando Henrique Cardoso será julgado pelas suas palavras, como foi julgado pelo seu governo."

Na entrevista, o presidente disse também que desde o governo do general Ernesto Geisel (1974-1979), é a primeira vez que se investe em infraestrutura no País. Considerou, no entanto, que Geisel "errou" ao deixar dívida para seus sucessores. Observou que seu governo está agindo de forma diferente e não está pegando dinheiro no exterior para as obras que continuarão com o PAC 2. "Vamos fazer muitas obras. Isso, agora, não para mais", anunciou Lula.

FHC incomoda-se com essa referência constante de Lula ao "planejamento e investimento dos governos militares" e vê nisso uma forma de o presidente não tratar das boas decisões tomadas pelo governo tucano. "Há três semanas Lula disse que recebeu um governo estagnado, sem plano de desenvolvimento. Esqueceu-se da estabilidade da moeda, da Lei de Responsabilidade Fiscal, da recuperação do BNDES, da modernização da Petrobrás, que triplicou a produção depois do fim do monopólio e, premida pela competição e beneficiada pela flexibilidade, chegou à descoberta do pré-sal", escreveu FHC no artigo publicado no Estado.
TEXTO TÂNIA MONTEIRO-FTO ED FERREIRA/AE

BY ESTADÃO FOTO E TEXTO EM 13.02.2010 LEIAM MAIS LÁ

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Galo é o dono da Folia no Centro do Recife


SÁBADO DE ZÉ PEREIRA
Galo é o dono da Folia no Centro do Recife


Do JC Online

Galo espera súditos para a festa no Centro
Foto: Alexandre Severo / JC Imagem
A espera está prestes a terminar. Com o raiar do Sábado de Zé Pereira, o personagem mais ilustre do dia entrará em cena para o gigantesco pontapé inicial da folia de Momo. Pelo 33º ano consecutivo, o Galo da Madrugada promete encher as ruas do Centro do Recife e este sábado resolveu abrir uma exceção. Além do frevo, já tão tradicional no desfile do clube de máscaras, a agremiação irá homenagear os diversos ritmos e manifestações culturais do Estado. Um reconhecimento ao título de Patrimônio Imaterial de Pernambuco, recebido em fevereiro do ano passado. Papangus, caboclinhos, maracatus, caiporas... Todos terão vez no desfile.

Nesta edição, 25 trios e 15 carros de apoio irão animar a festa. Nomes de peso como Alceu Valença, Elba Ramalho, Quinteto Violado, Jair Rodrigues, Petrúcio Amorim, Maciel Melo e Fafá de Belém prometem não deixar a peteca cair durante toda a folia, que se estende das 9h às 18h30. Músicos convidados para o camarote oficial, como Emílio Santiago e Emanuelle Araújo também devem subir aos trios para dar uma canja. Além das atrações, o desfile conta com quatro carros alegóricos especialmente decorados, além de uma cabeça gigante do galo, que promete saudar os foliões da Praça Sérgio Loreto à Avenida Guararapes.

CONFIRA
» Programação completa do Galo

SEGURANÇA - Quem estiver a caminho do Centro deverá se preocupar apenas em curtir a festa. Pelo menos é o que garante a Secretaria de Defesa Social. Este ano, 34 câmeras irão monitorar os passos nos principais pontos do desfile, 11 a mais do que em 2009.

Também três helicópteros estarão monitorando a multidão que toma conta das ruas do Recife. Somente no Galo da Madrugada, haverá um efetivo de 4.740 policiais e bombeiros. A Polícia Militar vai montar 14 pontos de bloqueios, onde os foliões serão revistados. Haverá também seis pontos de detenção e triagem, além de 26 plataformas de observação.


E a festa este ano não termina no sábado. Com o intuito de tentar reviver o Carnaval do bairro de São José, o Galo, pela primeira vez, terá atrações na segunda e terça-feira. Destaque para o lançamento do bloco infantil Pinto da Madrugada, na terça (16), às 10h, na sede da agremiação (Praça Sérgio Loreto). Ainda na terça, haverá encontro de blocos, às 15h, no mesmo local. Outra atração será o Encontro de Gigantes, com os tradicionais bonecos de Olinda e do Galo da Madrugada, na segunda (15), das 9h às 12h, também na Praça Sérgio Loreto.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Mais uma do Zé Alagão.

Também retirado do site do Paulo Henrique Amorim(http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=27045), o vídeo dá ânsias de vômito ao explicitar o sinismo de um (des) Governo que por não haver feito os investimentos na magnitude e constância adequadas põe a culpa na natureza pelo caos instaurado na cidade de São Paulo nesse período de chuvas rápidas na tarde e no decorrer de algumas madrugadas. Assistam e se irritem:


Lula dá de 10 a 0 em FHC!

Aproveitando um artigo que o Farol de Alexandria (FHC) publicou no Jornal do Brasil no domingo passado (dia 07/02/2010) pedindo uma comparação de seu (des) Governo com o realmente Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, listo alguns números atualizados, extraídos do site do Paulo Henrique Amorim (http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=27022), que simbolizam os desempenhos de um tipo de Gestão Pública competente (Lula) e uma espécie de descaso com o público típico dos (des) Governos tucanos, como é o caso do abandono e da violência que a população de São Paulo - diga-se de passagem, os moradores das periferias - vem recebendo do Governador José Serra vulgo, Zé Alagão.



Como o PiG(*) está muito aflito e começou a acreditar nos números que o FHC colheu numa cerimônia de voodoo, o Conversa Afiada republica singela tabelinha que compara os anos cinzentos de um com os anos ensolarados de outro :

Dados atualizados:

Governos Lula X FHC!!

1) Juros Nominais (Taxa Selic):

FHC (2002): 25% ao ano;

Lula (2008): 8,75% ao ano;

2) Inflação (IPCA):

FHC – 12,5% (2002);

Lula – 4,3% (2009);


3) Transações Correntes:

FHC – Déficit de US$ 186,5 Bilhões (1995-2002);

Lula – Superávit de US$ 44 Bilhões (2003-2007);

4) Exportações:

FHC – US$ 60 Bilhões (2002; crescimento de 39% em 8 anos);

Lula – US$ 153 Bilhões (2009; crescimento de 155% em 7 anos));

5) Crescimento Econômico:

FHC – 2,3% ao ano (1995-2002);

Lula – 5,3% ao ano (2004-2008);

6) Empregos Formais:

FHC – 1.700.000 (1995-2002);

Lula – 9.700.000 (2003-2009);



7) Balança Comercial:

FHC – Déficit de US$ 8,7 Bilhões (1995-2002);

Lula – Superávit de US$ 237 Bilhões (2003-2009);


8) Taxa de Desemprego:

FHC – 10,5% (Dezembro de 2002);

Lula – 6,8% (Dezembro de 2009);


9) Risco-País:

FHC – 1550 pontos (Dezembro de 2002);

Lula – 220 pontos (Janeiro de 2010);


10) Reservas Internacionais Líquidas:

FHC – US$ 16 Bilhões (Dezembro de 2002):

Lula – US$ 241 Bilhões (Janeiro de 2010);


11) Relação Dívida/PIB:

FHC – 51,3% do PIB (Dezembro de 2002);

Lula – 43% do PIB (Novembro de 2009);


12) Déficit Público Nominal (inclui despesas com juros):

FHC – 4% do PIB (2002):

Lula – 2% do PIB (2008);


13) Dívida Externa:

FHC – US$ 210 Bilhões (Dezembro de 2002) – 45% do PIB:

Lula – US$ 205 Bilhões (Janeiro de 2008) – Negativa em US$ 36 Bilhões;


14) Salário Mínimo em US$:

FHC – US$ 56 (Dezembro de 2002);

Lula – US$ 275 (Janeiro de 2010).


15) Inflação Acumulada (IPCA):

FHC – 100,6% (1995-2002);

Lula – 45% (2003-2009);


16) Pronaf:

FHC – R$ 2,5 Bilhões (2002);

Lula – R$ 15 Bilhões (2010);


17) ProUni:

FHC – Não existia;

Lula – 470 mil estudantes beneficiados;


18) PIB (em US$):

FHC – US$ 459 Bilhões (2002):

Lula – US$ 1,8 Trilhão (2009):


19) Produção de automóveis:

FHC – 1.791.000 (2002);

Lula – 3.130.000 (2009; crescimento de 74,8%);


20) Produção de máquinas agrícolas:

FHC – 52000 (2002):

Lula – 65000 (2007; crescimento de 25%);


21) Vendas de automóveis zero KM:

FHC – 1.465.000 (2002);

Lula – 3.140.000 (2009; crescimento de 114%);


22) Pagamento de juros da Dívida Externa em % das Exportações anuais:

FHC – 20,3% (2002);

Lula – 10,1% (2009);


23) Renda Per Capita:

FHC – US$ 2859 (2002);

Lula – US$ 9.300 (2009).


24) Coeficiente de Gini (Indica a Distribuição da Renda do Trabalho; quando mais próximo de 0 menor é a concentração da renda):

FHC – redução de 0,602 (1993) para 0,593 (2002);

Lula – redução de 0,593 (2002) para 0,544 (2008).


25) Indice de Pobreza:

FHC – 38,6% (1995); 38,2% (2002) – queda de 0,6 p.p.;

Lula – 38,2% (2002); 25,3 (2008) – queda de 12,9 p.p..


26) Gastos Sociais Públicos (% do PIB):

FHC – 19,2% (1995);

Lula – 21,9 (2005).


27) Pobreza Extrema (fonte: IPEA)

FHC – De 17,3% (1995) caiu para 16,5% (2002) (queda de 0,8 p.p.);

Lula – De 16,5% em 2002 caiu para 8,8% (2008) (queda de 7,7 p.p.).


28) Renda per capita mensal dos 10% mais pobres:

2001 – R$ 34

2008 – R$ 58 (crescimento de 70,6%);


29) Renda per capita mensal dos 10% mais ricos:

2001 – R$ 2316

2008 – R$ 2566 (crescimento 10,8%).


Obs: Assim, entre 2001 e 2008, a renda dos mais pobres cresceu 6,5 vezes mais do que a renda dos mais ricos.

Fontes: Banco Central, IBGE, IPEA

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A cobertura (omissa) das políticas sociais

Por Ângela Carrato e João Mendes em 9/2/2010.

Os leitores de Veja, O Globo e O Estado de S.Paulo se depararam, nos últimos dias, com uma série de matérias contendo dados equivocados e juízos de valor que não se sustentam em se tratando do Programa Bolsa Família, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Em comum às três matérias, além dos equívocos, uma nítida tentativa de vincular o programa – que é referência nacional e internacional em redução de pobreza – com ações eleitoreiras e até mesmo com o que denominam de "terrorismo eleitoral".

A primeira matéria coube à revista Veja que, na edição 2149 (de 24/1/2010), sob o título de "Bolsa-Cabresto", publicou duas páginas onde, no lugar de informações para o leitor, lançou mão de dados equivocados, chegou a números fantasiosos e nem se deu ao trabalho de ouvir o MDS antes de publicar a sua "tese" sobre o assunto. Na segunda-feira (25/1), a Assessoria de Comunicação do MDS enviou à Veja uma nota de esclarecimento, na qual rebatia todos os pontos da matéria e solicitava que a revista a publicasse na próxima edição. Na terça-feira (26), a repórter de Veja que assina a matéria, Laura Diniz, fez contato com a Assessoria de Comunicação do MDS e solicitou mais alguns dados, no que foi prontamente atendida.

Na oportunidade, a assessora responsável direta pelo Programa Bolsa Família, jornalista Roseli Garcia, informou à repórter de Veja que o MDS havia enviado a nota de esclarecimento e que aguardava a publicação. Em resposta, ouviu que a nota estava "grande demais" e que "dificilmente seria publicada". Na noite de quarta-feira (27), a repórter encaminhou para o MDS um texto com a proposta de retificação por parte da revista Veja. A nota, num total de quatro linhas, nem de longe contemplava as correções apontadas pelo ministério na matéria publicada por Veja.

Diante disso, a Assessoria de Comunicação encaminhou, na quinta-feira, ao diretor de redação de Veja Eurípedes Alcântara e ao redator-chefe, Mario Sabino, uma mensagem contendo todo o ocorrido e solicitando, em respeito aos leitores e à verdade, a publicação da resposta na íntegra. Não recebemos retorno por parte dos dois dirigentes da revista. Aliás, as duas mensagens foram descartadas sem terem sido lidas. Na sequência, a repórter responsável pela matéria telefonou para Ascom/MDS solicitando uma diminuição no tamanho da nota. Atendendo a esse pedido, essa redução foi feita de forma a contemplar explicações mínimas que pudessem fazer o leitor entender o equívoco cometido pela revista. Essa nova nota foi encaminhada na noite de quinta-feira (28/1).

Na sexta-feira, a repórter liga novamente para Ascom/MDS dizendo que a carta "continuava grande demais" e que tinha preparado uma correção, pois considerava "melhor para o ministério" a retificação da revista do que a publicação da carta. A ela foi respondido que preferíamos a carta, por esclarecer melhor o caso aos leitores.

Veja optou pela correção que ela própria fez, publicada em corpo minúsculo sem ter respondido aos principais equívocos apontados pela Ascom/MDS. Além disso, em destaque, publicou duas cartas de leitores que continham críticas ao Programa Bolsa Família a partir de uma matéria repleta de erros. Vale dizer: amplificou, novamente, o próprio erro, sem aceitá-lo como tal.

Campeões da democracia

Já no dia 1º de fevereiro, o MDS é novamente surpreendido. Em editorial, intitulado "Bolsa Família e eleição" o jornal O Estado de S. Paulo, utilizando os mesmos argumentos usados na matéria da revista Veja, afirma que não haveria exclusão de beneficiários do programa em 2010. O que é um equívoco, pois já em fevereiro estão sendo cancelados 710 mil benefícios por falta de atualização cadastral. A Ascom/MDS encaminhou carta ao Estado de S. Paulo explicando que o editorial fazia uma análise equivocada da instrução operacional do MDS – que apenas detalha o trabalho as ser feito pelos gestores do Programa Bolsa Família em 2010 – idêntica à cometida pela revista Veja.

No dia seguinte, o jornal publicou a íntegra da carta e questionou o seu conteúdo, afirmando que o documento "não permite conhecer a fundo os critérios estabelecidos pelo programa, o erro não é do jornal, mas do Ministério". Como rege o bom jornalismo, se um documento não está claro, cabe ao jornalista estudar o assunto e informar de maneira clara aos seus leitores. Em outras palavras, faltou ao Estado de S.Paulo ater-se a uma regra básica no jornalismo: a apuração. Nesse ponto, aliás, O Estado de S.Paulo, O Globo e Veja se assemelham: estão deixando de apurar e publicando o que acreditam ser a verdade.

Na mesma segunda-feira (1/2), devido ao editorial de O Estado de S.Paulo, a Ascom/MDS foi procurada pela reportagem de O Globo. Todas as explicações dadas à Veja e ao Estado de S.Paulo foram repassadas a O Globo, mostrando os equívocos cometidos pelas duas outras publicações. Mas o jornal, lendo a instrução normativa – que trata apenas de procedimento em relação à atualização cadastral – encaminhada pelo MDS aos gestores, abordou outro aspecto também de forma incorreta. O Globo classificou essa norma, em manchete, como: "Governo faz ameaça eleitoral ao recadastrar Bolsa Família".

Mais uma vez a Ascom/MDS encaminhou carta ao jornal, que foi utilizada na matéria do dia seguinte em texto intitulado "Tiroteio com o Bolsa Família". Neste texto, o jornal utiliza as declarações de parlamentares de partidos da oposição ao governo para sustentar a polêmica criada pelo próprio veículo.

O assunto repercutiu em vários veículos nacionais e também na imprensa regional, criando uma situação no mínimo curiosa para quem é leitor atento ou para aqueles que se interessam pelo comportamento de parte da mídia brasileira. Nos dias atuais, a mídia tem deixado de lado o papel clássico de informar, interpretar e opinar (nos espaços devidos) para, ela própria, tornar-se a origem da informação e, não raro, ator no cenário político nacional.

No caso do Programa Bolsa Família, as informações e a análise apresentadas pela mídia foram equivocadas e funcionaram como retroalimentação. Num dia um veículo publica algo equivocado. Não retifica o erro. No dia seguinte, outro veículo, tomando o que foi publicado como verdade, amplifica o erro. No terceiro dia, um novo veículo entra "na roda" e assim a "polêmica" está criada. Para confirmar os pressupostos da mídia, políticos de oposição são entrevistas e ganham destaque.

Essa situação em si é extremamente preocupante para o futuro das instituições e para a própria democracia no Brasil, porque deixa a parte atingida, no caso o agente público, sem condição para restabelecer a verdade. A preocupação torna-se maior ainda quando se sabe do papel central que a mídia tem na sociedade contemporânea.

No caso brasileiro, a censura oficial à imprensa foi abolida há décadas e a liberdade de informação e expressão encontra-se consagradas na Constituição de 1988. Mas, infelizmente, o que se percebe é que o poder de censura, que nos governos autoritários estava nas mãos do Estado, migrou para as mãos de um reduzido número de empresas e de articulistas que se auto-intitulam os porta-vozes da verdade e os campeões da democracia. Essa situação torna-se ainda mais difícil quando dentro dos grandes grupos midiáticos prevalecem as velhas ideologias do liberalismo do século 18 e 19.

Escolhas próprias

Nos três casos descritos, faltou muito mais do que o necessário restabelecimento da verdade. Faltou seriedade profissional e empresarial na cobertura de um tema da maior importância para a sociedade brasileira e que mexe com a vida de milhares de pessoas. Dia a dia, o que se verifica é que a mídia brasileira não percebeu que o Brasil mudou e que as políticas sociais estão instituídas enquanto políticas públicas, que demandam conhecimento e acompanhamento permanente em relação ao seu funcionamento. As políticas públicas na área social estão sepultando a cultura política da dádiva, contribuindo para a emancipação das pessoas e para a plena cidadania.

Com exceção de uns dois ou três jornalistas que se especializaram – por conta própria – na cobertura dos chamados programas sociais, não há, na mídia brasileira, quem acompanhe, com um mínimo de regularidade, a vida desses programas e, sobretudo, os seus resultados. Apesar da importância dos programas sociais, a mídia brasileira ainda não criou, sequer, uma editoria específica para a cobertura deles. E se no passado podia-se argumentar que as classes C, D e E não tinham peso no mercado, também esse argumento não mais se sustenta. A cobertura jornalística das políticas públicas é um dos grandes desafios e uma das maiores deficiências da imprensa brasileira.

Em anos de eleição, as dificuldades se acentuam mais. A disputa política envolve grandes riscos para os jornalistas. Se muitos temem se tornar instrumento de propaganda eleitoral de governos e candidatos, ao cobrir de forma acrítica o desempenho dos programas sociais, há igualmente o risco de dar a todas as políticas públicas um caráter e uma intenção eleitorais e, com isso, deixar de levar ao cidadão beneficiado as informações essenciais. Isso, sem falar na arrogância daqueles que se arvoram em "defensores do povo" sem, ao menos, dar a palavra a quem é de direito.

Voltando ao caso da revista Veja, chama atenção na matéria citada como os grandes ausentes do texto são os beneficiários do Programa Bolsa Família. Eles aparecem na foto que ilustra a matéria, mas não são ouvidos pela repórter. Se ouvidos, esses beneficiários teriam muito a dizer sobre o que está mudando em suas vidas. Mas, ao que tudo indica, isso não é interessante para os porta-vozes do nicho mais conservador da sociedade brasileira. Motivo pelo qual se prefere dar voz aos "formadores de opinião", sejam eles cientistas políticos ou articulistas.

A importância da mídia para a formação da opinião pública é inegável, mas a cada dia o cidadão e a cidadã se mostram mais conscientes e competentes ao fazerem as suas escolhas. Escolhas não só em termos eleitorais, mas escolhas sobre o que ler e onde buscar informações. Não é por acaso que a tiragem da mídia impressa brasileira tem apresentado acentuado declínio nos últimos anos, enquanto crescem exponencialmente os acessos aos sites e blogs.

Fonte: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=576IMQ004

Se o Brasil tivesse imprensa

Por: Eduardo Guimarães.

Este país está às portas daquela que talvez seja a mais importante campanha eleitoral de sua história. O governo que emergirá das urnas ao fim de outubro próximo estará incumbido de pilotar um país comparável a um bólido de fórmula 1, transbordante de riquezas e centro das atenções do mundo como jamais aconteceu em sua história.

Se o Brasil tivesse imprensa, TODOS os candidatos a presidente da República estariam sendo inquiridos e investigados, questionados por todos os seus atos e palavras e tendo seus desempenhos em cargos públicos devassados em cada detalhe.

Infelizmente, isso não acontece. Entre Dilma Rousseff e José Serra, apenas a ministra-chefe da Casa Civil é questionada e cobrada e investigada. E nem direi que, em sendo candidata – ou pré-candidata – à Presidência, Dilma esteja sendo mais cobrada e fiscalizada do que deveria. Não. O único problema é que seu principal adversário não está recebendo o mesmo tratamento.

Expoente de um governo exitoso, fato internacional e nacionalmente reconhecido por uma maioria massacrante, a ministra tem cada um de seus atos perscrutados com lente de aumento em todos os jornais, telejornais, rádios e programas de televisão possíveis e imagináveis. Todos os dias é acusada de tudo. Todos os dias é desmerecida. Todos os dias tem sua capacidade questionada.

Seu principal adversário, porém, recebe tratamento diametralmente diferente, a ponto de qualquer notícia negativa sobre ele na imprensa ser recebida com surpresa. Isso ocorre devido à total inapetência da imprensa brasileira em dispensar ao governador de São Paulo o mesmo tratamento que à sua provável principal adversária nas próximas eleições.

O Brasil precisa ser informado sobre os problemas da administração do Estado de São Paulo e da capital paulista tanto quanto é informado sobre os problemas do PAC, por exemplo. E não digo que não existam problemas nos dois lados. Seria impossível. No entanto, o governo de São Paulo que aparece nas tevês e nos jornais é quase que exclusivamente o da propaganda do governador.

E problemas não faltam. O Estado está submergindo em água misturada com excrementos; bairros inteiros estão alagados ininterruptamente há quase dois meses; no centro da capital, centenas de zumbis fumam crack à luz do dia e à vista de quem quiser ver; o metrô e o resto do transporte público estão colapsados; centenas de milhares de paulistanos estão sem água há quatro dias; quando chove, enorme parte da capital fica sem luz, às vezes por um dia inteiro...

Os problemas acima mencionados são apenas os mais dramáticos. Nem falei ainda do espancamento de vítimas dos alagamentos que foram para diante da prefeitura do indicado pelo governador paulista para sucedê-lo na administração da capital para pedirem providências por já não agüentaram mais continuar vivendo em casas inundadas por água suja e fezes, uma situação que já vai completando dois meses.

Se o Brasil tivesse imprensa em vez dessa máfia composta dos piores tipos de escroque travestidos de “jornalistas”, o governador José Serra certamente não se elegeria nem para síndico de prédio, pois sua administração é um desastre.

Enquanto isso, a imprensa se ocupa de criticar e difamar ininterruptamente programas e obras do governo federal mundialmente reconhecidos e que inclusive ajudaram o país a sair mais rapidamente da crise, mas só quando essa imprensa não está a repercutir os insultos desesperados dos aliados de Serra ao presidente da República e à sua pré-candidata a ocupar seu cargo a partir do ano que vem.

E quando um único veículo ousa fazer o que nenhum outro fez, quando a TV Brasil pergunta a Serra quando as setecentas mil pessoas que estão há três dias sem água voltarão a poder tomar banho, o governador, o responsável por resolver essa situação, eleito para tanto, pago para tanto pelos cofres públicos, escandaliza-se e se diz vítima de perseguição.

Desacostumado a prestar contas de seus atos publicamente, Serra não pode conviver com o jornalismo e seus questionamentos naturais a ocupantes de cargos públicos. Para ele, para esse déspota dissimulado, quando o assunto é São Paulo jornalismo é não fazer perguntas e não pedir respostas.

O que é mais assustador é que há risco de alguém como Serra pôr as mãos no governo do país sem que reste ninguém para incomodá-lo. Sua eleição se constituiria no mesmo desastre que foi o governo FHC simplesmente porque o Brasil, como naquela época, continua sem imprensa e, assim, não terá como lhe pedir explicações, que se tivessem sido pedidas ao ex-presidente tucano poderiam ter evitado muito sofrimento.

Se o Brasil tivesse imprensa, toda ela estaria ao lado da TV Brasil e contra a atitude antidemocrática e arrogante do governador paulista contra a emissora pública. Infelizmente, o Brasil é um país onde a comunicação é controlada por bandidos.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Cerqueira César: Enchentes em SP refletem falta de governo


Júlio Cerqueira César Neto: "São Pedro e o lixo jogado na rua não foram os responsáveis pelas enchentes de 8 de setembro e 8 de dezembro em São Paulo"

por: Conceição Lemes


Filho feio não tem pai. Já se o rebento tem pedigree, sobram candidatos.

O governador de São Paulo, José Serra, é hors concours na área. Assume como dele a criação do Programa Nacional de DST/Aids, do Ministério da Saúde, considerado um exemplo no mundo. Só que os verdadeiros criadores são a doutora Lair Guerra de Macedo Rodrigues e o professor Adib Jatene.

“Serra, pai dos genéricos? PSDB, criador dos genéricos? Assumir como deles é um embuste!”, disse em junho ao Viomundo, o médico Jamil Haddad, falecido na semana passada, aos 83 anos. Ex- deputado federal, ex-prefeito do Rio Janeiro e ministro da Saúde de outubro de 1992 a agosto de1993, Jamil Haddad é o verdadeiro pai dos genéricos do Brasil.

Em compensação, Serra nunca é pai de perebentos. Inexoravelmente culpa os outros. Tanto que terceirizou a paternidade das inundações em São Paulo. Além do desplante de dizer que o noticiário negativo era obra do que chamou de PT Press, o governador afirmou que problema da enchente foi a enorme, anormal, atípica chuva.

Para colocar os pingos nos is, o Viomundo entrevistou o engenheiro Júlio Cerqueira César Neto. Durante 30 anos – está com 80 – foi professor de Hidráulica e Saneamento da Escola Politécnica/USP. É considerado um dos grandes especialistas do Brasil nessa área.

Viomundo – Nos últimos dois meses, São Paulo submergiu duas vezes. O prefeito Gilberto Kassab (DEM) e o governador José Serra (PSDB) culparam principalmente a “quantidade anormal de chuvas no período” e “ lixo jogado na rua pela população”. São Pedro e o povo são os responsáveis por essas duas inundações históricas?

Júlio Cerqueira César Neto – Não. Querendo dourar a pílula, as autoridades lançaram mão de vários parâmetros para confundir a opinião pública. Esses fatores realmente existem. Porém, São Pedro e a educação sanitária não são os causadores das enchentes de 8 de setembro e 8 dezembro.

Viomundo – São Pedro não teve mesmo culpa no cartório?

Júlio Cerqueira César Neto – Nas duas inundações deste ano, São Pedro está completamente isento. As duas chuvas [8 de setembro e 8 dezembro] não foram catastróficas, elas foram moderadas. Aliás, sempre que acontece uma enchente dessas, o prefeito, o governador, os secretários aparecem dizendo que São Pedro foi o responsável. Nada deixa a população mais irritada do que essa desculpa esfarrapada.

Viomundo – E o lixo jogado na rua?

Júlio Cerqueira César Neto – Prejudica um pouco, mas não é o principal. É só um fator colocado no debate pelas autoridades para confundir a opinião pública, e esconder os verdadeiros responsáveis.

Viomundo – Então quais as causas principais dessas enchentes?

Júlio Cerqueira César Neto – Uma delas, o assoreamento do Tietê. Assoreamento é o material sólido que vem na corrente líquida do rio: terra, erosão, lixo, entulho de obra. Na cidade de São Paulo, a declividade do Tietê é muito pequena e a velocidade, muito baixa. É como se o rio estivesse quase parado. Todo material sólido deposita-se, então, no fundo do canal, reduzindo a profundidade. Consequentemente, diminui também a capacidade de transporte de água na hora da chuva. É o que acontece com o Tietê. Em vez de ter espaço para passar, por exemplo, 1.000 metros cúbicos por segundo, só “cabem” 500. Os outros 500 transbordam.

Viomundo – Isso acontece também com os afluentes do Tietê?

Júlio Cerqueira César Neto – Pelo contrário. Eles têm declividade forte e velocidade grande de água e não assoreiam. Consequentemente, das cabeceiras até chegar ao Tietê, eles têm facilidade de transporte de material sólido. E como o Tietê tem velocidade muito baixa, esse material se deposita no canal do próprio Tietê.

Viomundo – Sempre foi assim?

Júlio Cerqueira César Neto – O Tietê sempre teve velocidade baixa. Não dá para modificar isso. É a conformação geológica e topográfica do rio.

Viomundo – Anualmente quanto de resíduos o Tietê recebe?

Júlio Cerqueira César Neto – Na cidade de São Paulo, entre a barragem da Penha [Zona Leste] e o Cebolão [Zona Oeste], aproximadamente 1,2 milhão de metros cúbicos de terra. Se você deixar isso no fundo do rio, a capacidade dele diminui. E o que o Departamento de Águas e Energia Elétrica, o DAEE do governo do Estado de São Paulo, tem feito? O DAEE faz a limpeza, mas tira apenas 400 mil metros cúbicos por ano.

Viomundo – O DAEE tira só um terço.

Júlio Cerqueira César Neto – Deixa, portanto, anualmente uma quantidade muito grande de sedimentos no Tietê, diminuindo capacidade de ele transportar as vazões de enchentes. No dia 8 de setembro, às 16h30m, no Viaduto da Casa Verde, um engenheiro mediu a quantidade de água que passava no rio. Deu 735 metros cúbicos por segundo. Ali, naquele trecho, se o canal do Tietê estivesse limpo, poderia passar mais de 1.000 metros cúbicos por segundo. Se o Tietê já transbordou com 735 metros cúbicos é porque estava assoreado.

Viomundo – Se o Tietê não estivesse assoreado, a inundação de setembro não teria havido?

Júlio Cerqueira César Neto – A inundação aconteceu porque o Tietê estava com mais da metade da sua capacidade obstruída por resíduos depositados no fundo do seu canal e que não foram limpos adequadamente pelo governo do estado.

Viomundo – E no dia 8 dezembro?

Júlio Cerqueira César Neto – Nenhum engenheiro foi lá medir. Mas pelas consequências a coisa foi muito semelhante à de 8 de setembro. Se a vazão não foi 735 metros cúbicos por segundo, foi de 835, 800, ou algo parecido. Se não houvesse assoreamento, a cidade não teria inundado. Houve inundação, porque o Tietê estava ainda mais assoreado do que em setembro. As causas que levam às enchentes são principalmente o assoreamento e a má limpeza do rio.

Viomundo – Ou seja, tem de se varrer todo dia o lixo da "casa"(rio). Se acumular, com o tempo a gente não passa mais...

Júlio Cerqueira César Neto -- Você tem um rio que deveria ter capacidade de 1.000 metros cúbicos por segundo. Se ele está sujo, a capacidade dele fica reduzida para 500, por exemplo. Assim, se a quantidade de água devido à chuva for de 700 metros cúbicos por segundo, ele extravasa. Não tem jeito. Encheu porque estava assoreado.

Viomundo – Alargar o Tietê, avançando sobre as marginais, resolveria as enchentes?

Júlio Cerqueira César Neto – Não acho que a solução seja por aí. Outro dia vi uma entrevista de um urbanista, dizendo que a prefeitura precisava tirar as marginais da várzea e colocá-las na encosta. No meu entender, tirar as marginais do lugar é algo totalmente fora de propósito.

Viomundo – E o que fazer?

Júlio Cerqueira César Neto – A calha do Tietê foi projetada há 20 anos. Na época, previa-se que a vazão de 1.000 metros cúbicos por segundo seria adequada para os nossos dias. Dez anos depois de iniciada a obra [levou 20 para ficar pronta], verificou-se que os 1.000 metros cúbicos já não seriam suficientes. Eram necessários 1.400. A urbanização foi muito mais intensa e mais rápida do que o imaginado. Ampliar o tamanho da calha não dá mais. A única forma de fazer com que a vazão voltasse a ser de 1.000 metros cúbicos por segundo é fazer piscinões. Infelizmente, pois são um mal necessário.

Viomundo – Por que infelizmente?

Júlio Cerqueira César Neto – Do ponto de vista hidráulico, os piscinões são perfeitos. Retêm o pico das cheias dos afluentes, diminuindo a quantidade de água que chega ao Tietê. É o único jeito de fazermos com que a vazão do Tietê baixe de 1.400 metros cúbicos por segundo para 1.000. Para isso, o governo do estado de São Paulo, via DAEE, projetou 134 piscinões. Entretanto, nos últimos dez anos, construiu apenas 43.

Viomundo – Um terço...

Júlio Cerqueira César Neto – Pois é. Com isso, não conseguiu baixar a vazão de 1.400 metros cúbicos para 1.000. Ou seja, mesmo que a calha do Tietê estivesse limpa, ela seria insuficiente para uma capacidade de 1.300 metros cúbicos por segundo, por exemplo, que são vazões que ocorrerão daqui para frente, no período chuvoso, que vai principalmente de janeiro a março.

Viomundo – Então até agora não choveu muito mesmo?

Júlio Cerqueira César Neto – As duas enchentes ocorreram com chuvas moderadas. São chuvas do período de estiagem. Ou seja, o pior está por vir.

Viomundo – E como resolver a questão das enchentes a curto prazo?

Júlio Cerqueira César Neto – A calha do Tietê tem duas deficiências importantes e não há como resolvê-las de pronto. Vamos ter de conviver com a insuficiência da calha por muitos anos ainda.

Viomundo – Por quê?

Júlio Cerqueira César Neto – Primeiro: temos de fazer 91 piscinões. Se eles levaram [o governo São Paulo] 10 anos para fazer 43, levarão mais 20 para fazer os que faltam. Segundo: o governo do estado não está disposto a gastar mais do que a limpeza [de resíduos da calha] de 400 mil metros cúbicos por ano, quando são necessários 1,2 milhão. São duas deficiências que precisam ser resolvidas. Ou o governo do estado faz mais piscinões e limpa a calha do Tietê ou vamos ter enchentes frequentemente.

Viomundo – O senhor disse que os piscinões são um mal necessário. Gostaria que me explicasse por quê.

Júlio Cerqueira César Neto – Nós temos um sistema que conduz o esgoto doméstico e outro, as águas pluviais. Chama-se sistema separador absoluto. Porém, há 30 anos, a nossa "magnífica" Sabesp constrói redes coletoras de esgoto que jogam o esgoto diretamente no córrego mais próximo. O córrego é do sistema de drenagem e não do sistema de esgotos. Então, todos os córregos da região metropolitana de São Paulo e o próprio rio Tietê – deste eu nem preciso falar para você – são esgotos a céu aberto. Os esgotos saem da rede, entram nos córregos. Portanto, quando se faz um piscinão num córrego desses, você retém não apenas a água da chuva mas a do esgoto também.

Viomundo – Quer dizer que o piscinão é um “esgotão”?

Júlio Cerqueira César Neto – Na prática, os piscinões são verdadeiros esgotos, sim. Ainda mais quando a água fica parada. Daí, sim, ela decanta, formando um lodo no fundo. É uma situação sanitária extremamente desfavorável. Esse é um dos aspectos pelos quais eu não gosto dos piscinões. Na sequência, eles se tornam um tremendo problema; são foco de proliferação de doenças na cidade.

Viomundo – Ou seja, do ponto de vista de saúde pública o piscinão é péssimo?

Júlio Cerqueira César Neto – Sim. Por isso eu digo que é um mal necessário. Só deve ser feito onde não há outra coisa a fazer. Não façam, pelo amor de Deus, piscinões para resolver alagamentos das cidades da região metropolitana, que são as enchentes das prefeituras. Deixem a água correr normalmente.

Viomundo – A curto prazo, o senhor já disse que não tem solução para o Tietê. Se o governo acelerar hoje a limpeza do rio, o resultado não vai aparecer amanhã. E agora?

Júlio Cerqueira César Neto – Esse trabalho tem de ser iniciado já. O governo do estado tem de passar a tirar 1,2 milhão metros cúbicos de resíduos do Tietê. Precisa colocar mais dinheiro no orçamento do ano que vem, porque essas obras não são feitas em uma semana. E esse trabalho de limpeza tem de ser feito o ano inteiro – de janeiro a dezembro. Ininterruptamente. É tirar, tirar, tirar, para evitar o acúmulo de resíduos no fundo do rio.

Viomundo – E se governo do estado de São Paulo não fizer a limpeza diária como tem de ser feita, nem investir os recursos necessários?

Júlio Cerqueira César Neto – Então que avise a população. Avise-a também que a cidade vai inundar. Quanto aos piscinões, em vez de levar 10 anos para fazer os que 91 que faltam, que faça em 5 anos.

Viomundo – E se o governo disser que não pode?

Júlio Cerqueira César Neto – Pode, sim. É só colocar dinheiro.

Viomundo – Isso implica estabelecer as enchentes como prioridade.

Júlio Cerqueira César Neto – Se é que é uma prioridade... Não me parece. Até agora, o governo de São Paulo não disse a que veio. Na quarta-feira, a Câmara Municipal aprovou o orçamento da Prefeitura. Para 2010, a verba de córregos e galerias para o sistema de drenagem pluvial da cidade foi cortada pela metade. E olha que provavelmente nem o orçamento inicial seria suficiente. Mas não cortaram a verba de publicidade da prefeitura. Com essas atitudes, o recado que deram é o de que enchente não é um problema importante.

Viomundo – Será que a Prefeitura e o Governo do Estado de São Paulo estão contando com a ajuda especial de São Pedro nos próximos meses?

Júlio Cerqueira César Neto – Eu não vejo com otimismo a nossa próxima estação chuvosa, não. Janeiro, fevereiro e março são os meses das grandes chuvas. E nós vamos ter situações piores do que as tivemos em setembro e dezembro.

Viomundo – Há quatro anos, quando foi concluído o bilionário rebaixamento da calha do Tietê, se propagandeou que São Paulo não teria mais enchentes. E agora?

Júlio Cerqueira César Neto – Essa informação de que não teríamos mais enchentes em São Paulo era simplesmente uma mentira. Primeiro, a calha não tem a capacidade que deveria ter. Segundo, faltam 91 piscinões. Terceiro, se o governo não se propuser a tirar do fundo do rio a quantidade necessária de resíduos, nós vamos continuar tendo mais enchentes . Portanto, é mentira que não teríamos mais enchentes aqui.

Viomundo – Mas não tem jeito mesmo de se evitar inundação nesses próximos meses em Sâo Paulo?

Júlio Cerqueira César Neto – A não ser que São Pedro se transforme num anjinho e diga: “Não chova mais na região de São Paulo, a não ser umas gotinhas...” Mas isso a gente não pode esperar, concorda?
Fonte: http://www.viomundo.com.br/denuncias/cerqueira-cesar-enchentes-em-sp-refletem-falta-de-governo/

Como Zé Alagão trata os alagados: a pau!



Um protesto envolvendo cerca de 200 moradores de bairros alagados da Zona Leste de São Paulo terminou em confusão em frente à sede da Prefeitura, no Centro, na tarde desta segunda-feira (8). Policiais militares usaram spray de pimenta e cassetetes para conter o protesto.

A manifestação começou por volta das 14h, quando o grupo chegou em frente à sede da administração municipal. Revoltados com a situação em que se encontram os bairros do Jardim Pantanal e do Jardim Romano, os moradores pretendiam ser recebidos pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM). A assessoria da Prefeitura, porém, negou o encontro e afirmou que uma comissão receberia representantes do grupo.

De acordo com o assessor do gabinete da Prefeitura, Roberto Tamishiro, os moradores só seriam atendidos caso a manifestação fosse pacífica. Em seguida, soldados da Polícia Militar formaram um cordão de isolamento para afastar os manifestantes.

Houve desentendimento e os policiais usaram sprays de pimenta e deram golpes de cassetete nos manifestantes. Nesse instante, algumas lideranças do movimento foram atingidas e as pessoas começaram a se dispersar.

Segundo o major Marcos Rangel Torres, da PM, o uso do gás de pimenta e os casos de violência serão investigados. "Houve um acirramento da tensão e nesse momento foi necessário dispersar os manifestantes", afirmou.


“É mais fácil saírmos da Zona Leste do que o prefeito descer para falar com a gente?”, questionou Jackson Camilo, morador do Jardim Pantanal. Segundo ele, as únicas medidas imediatas tomadas foram a retirada de entulhos das ruas e o decreto de calamidade pública.

"O que nós queremos é saber como vai ficar a situação dos moradores da área legalizada", disse. "A enchente não atingiu apenas os moradores da várzea do Tietê".

A estimativa da organização do protesto é que mais 200 manifestantes cheguem ainda durante a tarde. Procurada, a assessoria de imprensa da PM informou que houve um princípio de tumulto, mas que a situação já havia se normalizado às 15h.
Fonte: http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=26865

A corrupção é o que faz chover em São Paulo

Chove há 43 dias em São Paulo.

Há 72 pessoas mortas.

O Bom (?) Dia Brasil mostrou hoje cenas de uma cidade desgovernada.

Uma entrevistada disse: “sete minutos de chuva e enche tudo.”

Outra ficou 1h45 à espera de um trem.

Um ficou três horas parado dentro de um taxi.

Um bairro ficou sem luz por 12 horas.

Na região do rio Tietê legiões de trabalhadores a pé em busca de uma condução que os levasse ao serviço.

Há dois corpos desaparecidos na Zona Leste, o Katrina do Serra.

Um dos entrevistados, finalmente, diz o que o Ali Kamel preferiria esconder: a culpa é do concreto.

Segundo a Folha(*), 13 vereadores e o poste que Serra elegeu prefeito de São Paulo podem perder o mandato por causa de corrupção.

Eles são acusados de receber doação ilegal de empreiteiras e da indústria da construção civil.

É o pessoal do “concreto”.

Nenhuma metrópole do mundo se corrompeu a ponto de permitir, como São Paulo, construir tantas peças de concreto num espaço sem verde.

São Paulo é um exemplo de como a corrupção destruiu o meio ambiente, impediu que a cidade respirasse, aumentou a temperatura e provocou chuva.

A corrupção é o que faz chover em São Paulo.

Um Presidente da República já disse que governar é “abrir estradas”.

Que Deus o tenha.

Zé Alagão governa para ser Presidente da República e, por isso, governa para arrecadar impostos (pedágios).

Ele não passa, como diz o meu amigo mineiro, de um “prático em contabilidade”.

José Serra escondeu-se no programa da Luciana Gimenez e na colona(**) da Eliane Catanhêde.

Ele não vai enfrentar a indústria da empreitagem.

Nem construir os 90 piscinões que faltam no rio Tietê.

Se puder, ele manterá os nordestinos nas sowetos alagadas.

Não adianta.

A chuva cospe os pobres na cara da elite.

Paulo Henrique Amorim.

Fonte: http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=26670

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Disney e Google miram participação em empresa chinesa de mídia

by Estdão http://bit.ly/9hjtFq
Por Reuters

Um consórcio encabeçado por Walt Disney está em negociações avançadas para comprar participação na maior empresa de mídia digital da China, um acordo que ofereceria à gigante norte-americana do entretenimento uma nova plataforma para promover seus produtos no país asiático, afirmaram fontes.

O Google, que no mês passado ameaçou deixar a China criticando censura e ataques de hackers, está entre os investidores no consórcio liderado pela Disney, disseram as fontes nesta segunda-feira.

O consórcio planeja comprar uma fatia entre 30 e 40 por cento na Bus Online por mais de 100 milhões de dólares através da aquisição de ações já em circulação e papéis novos a serem emitidos pelas empresa de forma privada.

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domingo, 7 de fevereiro de 2010

FALECE A GRANDE AMIGA E INTELECTUAL PARAIBANA ROSA TÂNIA BARBOSA DE MENEZES


AO CENTRO DE ÓCULOS por ocasião do Programa de Artesanato da Paraíba quando, foi apresentar uma palestra sobre as Louceiras da Paraíba,aqui em SP, consultora técnica e assessora especial do Programa, onde ela expôs uma síntese do programa.
Atualmente a mesma fazia parte do corpo docente Centro de Ensino Superior e Desenvolvimento – Cesed,da Facisa, da FCM e da Esac-Campina Grande Paraíba.
Rosa sua falta será sentida e jamais esquecida.

AMALIA NO CINEMA

TV CULTURA METROPÓLIS

TOMÁS ELOY MARTINÉZ

Desaparece en la India la lengua bo con la muerte de su última hablante

BY:http://www.revistaenie.clarin.com/notas/2010/02/04/_-02133513.htm

SE APAGO UN MUNDO. "Como era la última hablante se sentía muy sola, porque no tenía a nadie con quien conversar... Boa Sr tenía mucho sentido del humor y su risa a mandíbula batiente era contagiosa", dijo sobre la fallecida bo la lingüista Anvita Abbi.


Boa Sr, de 85 años, murió la semana pasada, y al hacerlo puso fin al largo viaje de su tribu, cuya existencia se inició hace unos 65.000 años en las islas de Andamán, en el sureste de la India.

La lengua bo, uno de los diez idiomas del grupo tribal gran andamanés, de la India, ha quedado extinguida con la muerte de su última hablante, informó hoy en un comunicado la organización Survival International.

"Descendientes de una de las culturas más antiguas de la Tierra", los bo pertenecen a un grupo tribal que ahora, con el fallecimiento de Boa Sr, tiene sólo 52 miembros, frente a los 5.000 que poblaban las islas cuando llegaron los colonizadores británicos, en 1858.

El director de Survival, Stephen Corry, pidió que la desaparición de los bo sirva de "recordatorio de que no se puede permitir que esto suceda con las otras tribus de las islas Andamán".

"Los grandes andamaneses fueron, primero, masacrados y, luego, exterminados con políticas paternalistas que causaron estragos por las epidemias, y les robaron su tierra y su independencia", censuró Corry.

Las islas Andamán y Nicobar, situadas a unos 1.000 kilómetros del subcontinente indio, eran hasta la época del colonialismo escasamente visitadas, por lo que las tribus pudieron mantener intacta su forma de vida, basada en la caza de jabalíes y lagartos.

La progresiva invasión de colonos indios en las islas amenaza cada vez más la subsistencia de estas tribus, por la construcción de carreteras, la introducción del alcohol y enfermedades para las que la población local no está preparada.

En la actualidad, los grandes andamaneses residen en asentamientos habilitados por el Gobierno indio, del que dependen para obtener su comida y refugio, aunque todavía queda una tribu, la de los jarawa, que mantiene su modo de vida prehistórico en los bosques.

"Como era la última hablante se sentía muy sola, porque no tenía a nadie con quien conversar... Boa Sr tenía mucho sentido del humor y su risa a mandíbula batiente era contagiosa", dijo sobre la fallecida bo la lingüista Anvita Abbi, en el mismo comunicado.

Según rememoró Abbi, Boa Sr le dijo una vez que los jarawa tenían suerte de vivir en la selva, lejos de los colonos indios.

Boa Sr sobrevivió al tsunami que barrió el Índico en diciembre de 2004 e hizo temer por la extinción de estas tribus, que sin embargo apenas sufrieron sus efectos, guiadas por sus propios sistemas de alerta y protegidas por la selva.

"Todos estábamos allí cuando ocurrió el terremoto. El más anciano nos dijo: 'La tierra se partirá, no huyáis ni os mováis'. Los ancianos nos lo dijeron'", dijo a los lingüistas la última de los bo.

Fuente: EFE
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sábado, 6 de fevereiro de 2010

O Brasil do passado ditatorial lança frieza entre Lula e o exército


Par CHANTAL RAYES SAO PAULO, de notre correspondante

"É tempo de calma entre o presidente brasileiro, Lula e seu exército. No final de dezembro, os chefes dos três exércitos, imitado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, ameaçou demitir-se devido a um decreto criando uma "Comissão Nacional da Verdade" para lançar luz sobre as violações dos direitos humanos durante a repressão política ", ou seja, a ditadura militar (entre 1964 e 1985). Para eles, o texto "excessivamente abusivos, agressivos e vingativos - ele já foi reformulado por Lula - pode levar a uma revisão da anistia de 1979.

Então chegou a vez do Secretário Nacional de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi para colocar a sua demissão na mesa, se o decreto, que foi o autor, foi desfigurado. Membro do Partido dos Trabalhadores de Lula, Paulo Vannuchi vem dos rebeldes de esquerda que lutou contra a ditadura. Em seu retorno de férias, 11 de janeiro, o presidente admitiu ter assinado o decreto sem ler ... pois, Lula disse que não tinha intenção de retornar à anistia. Ele suprimiu as palavras "repressão política" do objeto da comissão, abrindo o caminho, como desejado pelo exército, que os atos da guerrilha também são discutidos. Ele deve, no entanto, que o Congresso aprove a criação de comissão de verdade. "A comissão é necessária, porque o Brasil é o único país da região que não revelou o seu passado ditatorial", disse Victoria Grabois, Tortura associação Nunca Mais (Tortura Nunca Mais "). "Mas, acrescenta ele," não sabemos se os horrores dos arquivos militares não estão abertas. "No entanto, os militares afirmaram ter destruído. O governo Lula pediu provas, sem resultado.

Como seus predecessores, o líder de esquerda é ter cuidado para não perturbar o militar. Para o cientista político David Fleischer, é devido ao carácter específico da transição democrática no Brasil. "O esquema começou em si, uma abertura política [para o retorno gradual à democracia, a nota do editor], disse ele. O exército está fora menos vergonhoso do que outros para a ditadura. "Especialmente desde que o seu recorde é muito mais leve do que na Argentina ou Chile: 400 mortos e desaparecidos, mas ainda 20 000 pessoas torturadas.

Até agora, os policiais não foram julgados porque a lei de anistia deve abranger a mesma forma que os antigos guerrilheiros. Mas, a pedido da Ordem dos Advogados, a Suprema Corte deve decidir neste ano se a anistia se aplica quando funcionários do Estado que tenham praticado tortura, um crime considerado inalienável.

Cristina Fernández de Kirchner en otro de sus embates contra los medios


En otro de sus embates contra los medios, la presidenta Cristina Fernández de Kirchner acusó al canal de cable Todo Noticias (TN) de "censurarla". La mandataria dijo que, durante la conferencia de prensa del miércoles pasado, sus ataques a l os directivos del grupo Clarín no habían sido televisados por la señal. Lo extraño del asunto es que TN transmitió los más de 41 minutos de conferencia sin ninguna clase de cortes o interrupciones. Quizás Cristina se confundió con lo que sucedió en canal 7, porque la emisora estatal sí la sacó del aire. Las cámaras del canal público cortaron la televisación justo cuando el periodista acreditado de Clarín en la Casa Rosada le preguntaba a la presidenta sobre los US$ 2 millones que compró su marido (Néstor Kirchner) en octubre de 2008
http://www.clarin.com/diario/2010/02/06/um/m-02134794.htm

Cartas a Uma Ditadura

Os equívocos da História
No cinema português, se há coisa que eu receie é o documentário histórico. Sabem porquê? Porque nós, em geral, somos analfabetos em História, essa História que nos últimos dois séculos foi chulada por todos os regimes
Rodrigues da Silva
15:19 Sexta-feira, 29 de Jan de 2010

No cinema português, se há coisa que eu receie é o documentário histórico. Sabem porquê? Porque nós, em geral, somos analfabetos em História, essa História que nos últimos dois séculos foi chulada por todos os regimes (do vetusto constitucionalismo monárquico à actual democracia republicana, passando pelo luso-fascismo), o que levou a que ela, por assim dizer, perdesse o crédito. Assim sendo e apesar das melhores intenções do documentarista, um documentário histórico português ou é muito bem contextualizado, ou arrisca-se a confundir em vez de esclarecer.

Cartas a Uma Ditadura, de Inês de Medeiros, Melhor Filme Português do DocLisboa 2006, tanto esclarece quanto confunde. O ponto de partida é um achado (achado, no sentido literal): uma centena de cartas, escritas por mulheres portuguesas em 1958, em resposta a uma circular emanada de um Movimento Nacional das Mulheres Portuguesas que não se sabia ter existido. Mas existiu, de facto, conforme estas cartas, encontradas há anos num alfarrabista, o documentam. Dirigido provavelmente por mulheres de uma elite social afecta ao regime, o tal Movimento, através de vários canais postos ao seu dispor, terá tentado criar uma rede feminina "de apoio de retaguarda" a Salazar.

Nestes termos, a primeira coisa que o filme devia ter feito era, pois, contextualizar este Movimento no seu tempo, o que teria permitido perceber que, pretensamente espontâneo, ele visava responder ao perigo Humberto Delgado, surgido nesse ano de 1958, o das célebres eleições presidenciais burladas pelo regime.

O filme alude a isto, mas a meio, não no início. Porque no início o que vemos é uma imensa manifestação de mulheres de apoio a Salazar. Só que não se diz que tal manifestação ocorreu no final da II Guerra (1945), o que leva a estabelecer um nexo de continuidade entre a manifestação e as cartas (de 1958). Nada de mais falso, porque se no imediato pós-guerra Salazar (por Portugal ter sido poupado aos horrores do conflito) teve algum apoio de massas, uma década e pouco depois (devido à fractura causada pelas eleições) isso já não acontecia. E é decerto porque não acontecia que surge este Movimento Nacional das Mulheres Portuguesas, telecomandado sabe-se lá por quem, mas sem grandes efeitos práticos. Não é por acaso que nalgumas cartas há mulheres que dizem que sim, que apoiam Salazar e o Movimento, sem tempo para mais, porém, porque têm de ganhar a vida a trabalhar.

O abismo entre as anónimas autoras da circular e algumas bases a que se dirigem é notório. Não em termos ideológicos (chamemos-lhe assim), mas nos do real quotidiano. O que, 50 anos depois, continua patente: entre algumas tias e a ti Belmira, o discurso diverge como do dia para a noite.

O filme teria ganho, aliás, em explorar visualmente este filão, opondo os dois universos femininos em contraste, em lugar de, por mais duas vezes, ter feito um uso abusivo de documentários de época: casos da manifestação de apoio a Salazar em Braga (em 1936, no 10.º aniversário do 28 de Maio) e da inauguração do Estádio Nacional (em 1942). O que é que qualquer deles tem a ver com as cartas de 1958? Absolutamente nada, e, metidos no filme, sem indicação sequer das datas, só baralham.

Tudo isto parte de um equívoco: o de que a História se pode fazer apenas com documentos. Ora, não pode: os documentos são necessários (indispensáveis até), mas não suficientes. Porque sem um estudo estruturante que os enquadre não passam de material avulso, em bruto. O mesmo se pode dizer das fontes orais: para a História são um documento precioso, sobre o qual importa, no entanto, lançar um filtro crítico. O que neste caso não acontece: as autoras das cartas, confrontadas, meio século depois, com o que escreveram, têm respostas obviamente contraditórias. E não faz o menor sentido perguntar-lhes hoje o que significam para elas as palavras "democracia" e "ditadura".

Um filme inútil, este Cartas a Uma Ditadura? Não: um filme útil... para quem já sabe alguma coisinha do nosso passado recente. Porque quem não sabe é bem capaz de ficar na mesma, eventualmente com maior repugnância pelo salazarismo, que, no entanto e muito à portuguesa, nem saberá ao certo quando é que ocorreu, situando-o assim "no tempo dos Cabrais". As reportagens sobre o nosso saber da História pátria, divulgadas via TV no último 25 de Abril, são elucidativas. Estão, aliás, em perfeita consonância com o generalizado desinteresse pela pátria política, manifestado, numa sondagem, pela maioria dos jovens.

Diga-se, contudo, que o cinema (mesmo o documental) não tem de ser pedagógico e muito menos de se substituir à Escola. E, em última análise, a culpa de Portugal ser historicamente analfabeto e o povinho mais iletrado da União Europeia não é a da Inês de Medeiros. A culpa é... É de quem não digo. Trinta e quatro anos depois do 25 de Abril, já não vale a pena. Como pregava a Mocidade Portuguesa ("patriótica organização" que em 1958 ainda mexia): "Lá vamos/cantando e rindo/ levados/ levados, sim." 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Maria Rita Kehl estreia como cronista no 'Caderno 2'

Psicanalista e escritora vai assinar coluna quinzenal aos sábados, dividindo espaço com Marcelo Rubens Paiva

Raquel Cozer, de O Estado de S. Paulo



Maria Rita Kehl: "Gostaria de aprender a fazer crônicas. É um gênero belíssimo"

Paulo Pinto/AE

Maria Rita Kehl: "Gostaria de aprender a fazer crônicas. É um gênero belíssimo"
SÃO PAULO - "Eu brinco que, hoje em dia, em 40 linhas consigo escrever até sobre física nuclear", diz a psicanalista, ensaísta e poeta Maria Rita Kehl, de 58 anos, que a partir de amanhã assinará uma coluna a cada dois sábados no Caderno 2, do Estado, em um revezamento com Marcelo Rubens Paiva. A escritora Adriana Falcão, que alternava o espaço com o colunista, deixará de escrever sua coluna para se dedicar a projetos pessoais e profissionais.



Veja também:

forum Leia mais artigos no site de Maria Rita Kehl



As 40 linhas a que Maria Rita Kehl se refere dizem respeito ao aprendizado de seus primeiros anos de vida profissional, no início da década de 70, quando ainda cursava psicologia na Universidade de São Paulo (USP). Era esse o espaço que ela tinha para escrever em cada edição do Jornal do Bairro, então comandado pelo escritor Raduan Nassar, e no qual fazia desde reportagens sobre as mães que viviam na porta da Febem (atual Fundação Casa) até resenhas de volumes de filosofia.



Desde então, a paulista nascida em Campinas e criada na capital fez um caminho entre o jornalismo e a psicanálise. Depois de dois anos no Jornal do Bairro, no qual aprendeu fundamentos de reportagem com Nassar e o editor José Carlos Abbate, passou a trabalhar como editora de cultura no periódico Movimento - que, ao lado do Opinião e d’O Pasquim, foi um dos mais importantes órgãos da imprensa alternativa durante o regime militar. Participou também da fundação do jornal Em Tempo e escreveu como freelancer para veículos como Veja, Isto É e Folha de S. Paulo.



Após anos de dedicação exclusiva ao jornalismo cultural, Kehl decidiu, em 1979, cursar um mestrado. Optou pela área de psicologia social, embora sua tese, O Papel da Rede Globo e das Novelas da Globo em Domesticar o Brasil Durante a Ditadura Militar, tivesse uma forte ligação com o jornalismo.



Apenas depois dessa volta aos estudos Maria Rita Kehl se interessou pela ideia de exercer a profissão na qual se formara - ela havia optado pelo jornalismo durante a faculdade justamente porque, "naqueles anos mais repressivos da ditadura, com professores cassados e professores fugidos, o ensino na psicologia estava muito ruim".



Em 1981, começou a atender pacientes - e nunca mais parou. A experiência em sua área de formação a levou ainda, em 1997, a doutorar-se em psicanálise pela PUC-SP, com pesquisa que resultou no livro Deslocamentos do Feminino - A Mulher Freudiana na Passagem para a Modernidade (Imago, 1998).



Embora o título seja sobre psicologia, Kehl vê nele uma "marca dos tempos de jornalismo". "É psicanálise, mas com uma abordagem diferente. É uma investigação que não é nem exatamente de uma historiadora, nem de psicanalista, sobre quem foi a mulher freudiana, a mulher que Freud conheceu no século 19. E uma avaliação de o que naquela teoria está atual e o que não está mais. Acredito que, ao longo da carreira, desenvolvi essa característica de ser mais ensaísta que acadêmica", afirma.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Kassab teve 33% de doações ilegais em 2008, diz perícia

Laudo mostra risco de perda de mandato do prefeito paulistano em 1ª instância.

Juiz responsável por ação adota como critério cassar quem teve mais de 20% de contribuições de doadores vedadas pela Promotoria.


Por: FLÁVIO FERREIRA.
DA REPORTAGEM LOCAL.


Um parecer técnico contábil da Justiça Eleitoral de São Paulo indica que 33% do total arrecadado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), na campanha eleitoral de 2008 teve origem em fontes de doações consideradas ilegais pelo Ministério Público Eleitoral.
O laudo, concluído em outubro e obtido pela Folha, indica o risco de que Kassab seja condenado em primeira instância à perda do cargo. Em casos semelhantes, o juiz Aloísio Silveira, responsável pela ação, cassou o mandato de 16 vereadores da capital. Ele tem adotado como critério para condenar à perda de mandato contas de campanha que apresentem mais de 20% dos recursos provenientes de fontes vedadas.
A execução de sentença contra os vereadores foi suspensa até que os recursos deles sejam julgados em 2ª instância pela Justiça Eleitoral de São Paulo.
A data ainda não foi marcada. Avisado pelos assessores sobre o risco de condenação, Kassab já desistiu da possibilidade de uma vitória em primeira instância e aposta suas fichas no Tribunal Regional Eleitoral.
Em maio do ano passado, o promotor eleitoral da capital Maurício Antonio Lopes apresentou à Justiça representações para promover a revisão e a rejeição das contas dos candidatos Kassab, Marta Suplicy (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) e de vereadores eleitos. Pareceres semelhantes foram elaborados em setembro passado para as representações contra Marta e Alckmin. O laudo relativo à petista indica que ela teria recebido R$ 3,8 milhões de fontes apontadas como ilegais pela Promotoria.
O levantamento sobre as contas de Alckmin aponta o recebimento de R$ 2,1 milhões de doadores impedidos pela legislação segundo os critérios da promotoria. Nos dois casos os valores não ultrapassam os 20% de doações de fontes vedadas, usados como critério de condenação pelo juiz Silveira.

Fontes vedadas
Na representação contra o prefeito, o promotor indicou três tipos de fontes de doação que seriam ilegais. A primeira é a AIB (Associação Imobiliária Brasileira), entidade que, segundo Lopes, funcionou como fachada do Secovi (sindicato do setor imobiliário) para fazer doações a políticos.
Pela legislação, as entidades sindicais não podem fazer contribuições eleitorais. O Secovi nega qualquer vínculo com as doações.
O parecer da Justiça Eleitoral aponta que, segundo os critérios do Ministério Público paulista, a AIB doou ilegalmente R$ 2,7 milhões para Kassab.
Para a Promotoria, também foram fontes ilegais de recursos construtoras que são acionistas de concessionárias de serviços públicos. A lei proíbe as concessionárias de realizarem contribuições para as campanhas.
De acordo com o promotor, as empresas "não são diretamente concessionárias de serviços públicos, mas apenas integrantes, acionistas, investidoras, associadas em consórcio ou sob a forma de holding ou conglomerado econômico que, em derradeira análise, seriam os concessionários diretos".
São apontadas na representação as empreiteiras Camargo Corrêa, OAS, Serveng Silvisan, CR Almeida, Carioca Christiani Nielsen, S.A. Paulista e Engeform. O levantamento da Justiça Eleitoral conclui que o total das doações dessas companhias foi de R$ 6,8 milhões.
Outro doador considerado ilegal pelo promotor foi o Banco Itaú S.A. De acordo com a representação, ele não poderia fazer contribuições ao então candidato Kassab porque a Prefeitura de São Paulo efetua pagamentos para parte dos funcionários pelo banco.
Em 2008, a instituição financeira doou R$ 550 mil para a campanha do atual prefeito, segundo o laudo da Justiça.
Fonte: http://clipping.tse.gov.br/noticias/2010/Fev/3/kassab-teve-33-de-doacoes-ilegais-em-2008-diz.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

PT entra com representação no Ministério Público contra Serra.

Por: Fernando Taquari
SÃO PAULO - A bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo entrou com uma representação no Ministério Público contra o governador José Serra, pré-candidato do PSDB nas eleições de outubro.

O líder petista na Casa, deputado Rui Falcão, pede que que sejam apuradas suspeitas de "ilegalidade, inconstitucionalidade e improbidade" da gestão tucana no combate às enchentes.

A denúncia, encaminhada no dia 26 de janeiro ao Procurador-Geral de Justiça, Fernando Grella Vieira, acusa Serra de ter reduzido os recursos para o combate às enchentes, ao mesmo tempo em que aumentou a verba destinada à publicidade oficial do governo.

Depois de 42 dias consecutivos de chuvas, o estado de São Paulo contabiliza 70 mortos e 25,7 mil desalojados, de acordo com dados divulgados hoje pela Defesa Civil.

"Não se trata de obra ou castigo de Deus, de efeitos do aquecimento global ou de resultado de inversões climáticas. Trata-se de má gestão e de omissão criminosa praticadas pelo governador José Serra", disparou Falcão.

O deputado se refere à decisão do governo estadual de reduzir em 20% as verbas destinadas ao combate às enchentes. Em 2009, estavam previstos R$ 252 milhões para essa finalidade, enquanto que neste ano o Orçamento do estado está estimado em R$ 200 milhões.

Falcão acusou Serra de desviar os recursos da enchentes para a publicidade do governo paulista de olho nas eleições presidenciais. Já o tucano têm atribuído o problema das enchentes ao ano atípico em termos de chuvas.

A assessoria de imprensa do governador se limitou a informar que Serra não recebeu a representação e por isso ainda não se manifestou.

"Os números revelam que será cortado quase o dobro do valor dos atuais contratos para desassoreamento da calha do Rio Tietê, que somam R$ 27,2 milhões. Se com os valores atuais o resultado é o visto, imagine-se com um corte que é o dobro dos valores atuais", disse Falcão.

O orçamento do estado, acrescenta o petista, também prevê menos investimentos em serviços e obras complementares da Bacia do Alto Tietê. Segundo ele, o corte proposto para 2010 é de 61%.

Portugal há 100 anos


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A próxima edição, totalmente dedicada aos últimos anos da Monarquia, estará já à venda com a VISÃO da próxima semana, a 4 de Fevereiro

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

La aprobación de Bachelet alcanza 85% y la de Lula 81%

BY EL CLARIN DE HOJE
15:32|Las encuestas realizadas en el mes de enero demuestran que ambos presidentes, próximos a terminar sus mandatos, cuentan con una altísima popularidad. El caso de Bachelet llama la atención en vista de la derrota del candidato oficialista que aspiraba a sucederla.
MAS INFORMACION
Lula retoma la actividad presidencial tras el pico de presión
Los dos mandatarios salientes de Chile y Brasil alcanzaron una popularidad superior al 80%, de acuerdo con las más recientes encuestas realizadas en ambos países.

La presidenta chilena, Michelle Bachelet alcanzó en enero una aprobación del 85% a pesar de la derrota que sufrió su partido de la Concertación en las más recientes elecciones presidenciales.

La consultora Adimark-GFK informó que el 95% de los encuestados considera que la presidenta es "querida por los chilenos" y un 88% considera que es creíble.

Según aclaró el jefe de Estudios Públicos de Adimark, Roberto Izikson, las cifras muestran que Bachelet "ha logrado una rara sintonía personal con la población". Pero además explicó que "el liderazgo de Bachelet no descansa en el liderazgo tradicional político sino personal, basado en una conexión con la opinión pública, por su estrategia de la protección social y cómo se comunica con la gente".

De esta medición también sale bien librado el gobierno de Bachelete, al alcanzar un 65 por ciento de aprobación entre los encuestados.

Por su parte, el mandatario brasileño, Luiz Inácio Lula da Silva, se ubicó en las encuestas con un 81,7% de aprobación del desempeño, de acuerdo con los datos suministrados por la consultora Sensus.

Para el presidente de Sensus, Ricardo Guedes, "la popularidad del presidente Lula y su gobierno continúa en alta, lo que puede se explicado de nuevo como consecuencia de los buenos números de la economía, los resultados positivos de las políticas sociales del gobierno y el alto índice de empleo''.

Este fuerte apoyo de los encuestados a Lula parece que ha permeado a la secretaria general de su gobierno, Dilma Rousseff, a quien el presidente quiere postular como su sucesora.

La ministra Rousseff ya cuenta con el 27,8 por ciento de apoyo frente al 33,2 por ciento del opositor José Serra, gobernador del estado de Sao Paulo. Hace algunos meses, las encuestas daban a Serra más de 40% de intenciones de voto mientras Rousseff apenas llegaba al 15%.