REDES

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Celso Amorim: “É preciso respeitar a decisão do povo de cada país”

por Marco Aurélio Weissheimer, em Carta Maior
POR VIOMUNDO
O embaixador Celso Amorim, ministro de Relações Exteriores do Brasil por mais de oito anos (dois mandatos do governo Lula e mais um período no governo Itamar Franco), iniciou a conversa telefônica, direto da embaixada do Brasil em Paris, chamando a atenção para a complexidade e o dinamismo do cenário internacional e para o baixo nível de conhecimento que se tem sobre a situação de muitos países. Em entrevista exclusiva à Carta Maior, concedida no início da tarde desta sexta-feira, Celso Amorim analisa os recentes acontecimentos no Oriente Médio e no norte da África e suas possíveis repercussões. Como que para ilustrar o dinamismo mencionado por Amorim, quando a entrevista chegou ao fim, Hosni Mubarak não era mais o presidente do Egito.

Na entrevista, o ex-chanceler brasileiro chama a atenção para o fato de que as revoltas populares que o mundo assiste agora, especialmente na Tunísia e no Egito, acontecem em países considerados “amigos do Ocidente” que não eram alvo de nenhum tipo de sanção por parte da comunidade internacional. “Isso mostra que a posição daqueles que defendem sanções contra o Irã é equivocada”, avalia. Amorim acredita que uma mudança política no Egito terá impacto em toda a região, cuja extensão ainda é difícil de prever. E defende a política adotada pelo Brasil nos últimos anos apostando na capacidade de diálogo do país, reconhecida e requisitada internacionalmente.

CARTA MAIOR: Qual sua avaliação sobre a rebelião popular no Egito e seus possíveis desdobramentos políticos e geopolíticos na região?

Celso Amorim: Uma primeira característica que considero importante destacar é que os protestos que estamos vendo agora são movimentos endógenos. É claro que eles se valem de novas tecnologias e de alguns valores modernos, mas são motivados pela situação interna destes países. O Egito e a Tunísia, cabe assinalar também, não estavam sob sanções por parte do Ocidente. Isso mostra que a posição daqueles que defendem sanções contra o Irã é equivocada. Sanções só reforçam internamente um regime. Uma das expectativas das sanções contra o Irã era atingir a Guarda Revolucionária. Na verdade, só atingem o povo. O Iraque foi submetido a sanções durante anos e Saddam só ficava mais forte. Não havia, repito, sanções contra a Tunísia e o Egito, países considerados amigos do Ocidente e aliados inclusive na guerra contra o terrorismo, implementada pelos Estados Unidos.

Acredito que uma mudança política no Egito terá certamente um impacto em toda região, podendo inclusive provocar uma mudança de relacionamento com países como Israel e Síria. Mas isso dependerá da evolução dos acontecimentos.

CARTA MAIOR: A sucessão de acontecimentos semelhantes em países do Oriente Médio e do Norte da África já pode ser considerada como uma onda capaz de expandir para outros países também?

Celso Amorim: Potencialmente, sim. Mas é difícil prever. Depende dos desdobramentos do Egito. Não há dúvida que Mubarak sairá [enquanto concedia a entrevista, a renúncia do ditador egípcio foi confirmada]. A questão é saber como ele sairá. Certamente haverá uma mudança no regime político do Egito. Não sabemos ainda em que intensidade. Mas é importante ter em mente que as duas forças organizadas no país são as forças armadas e a Fraternidade Muçulmana. A Fraternidade Muçulmana não é nenhum bicho-papão. Cabe lembrar que muita gente tem citado a Turquia (que tem um partido islâmico no poder) como um modelo de caminho possível para o Egito.

A influência dos acontecimentos no Egito deve se manifestar em ritmos e intensidades diferentes, dependendo da realidade de cada país. Como a Tunísia nos mostrou, é preciso esperar o inesperado.

CARTA MAIOR: A diplomacia ocidental foi pega de surpresa por esses episódios?

Celso Amorim: Certamente que sim. O próprio presidente Obama admitiu isso ao falar dos relatórios dos serviços de inteligência dos Estados Unidos. Ninguém estava esperando o que aconteceu na Tunísia que acabou servindo de estopim para outros países como Yemen e Egito. Nos mais de oito anos que trabalhei como chanceler nunca ouvi uma palavra de crítica sobre a Tunísia. E alguns conceitos fracassaram. Entre eles o de que se o país é pró-ocidental é necessariamente bom. Os Estados Unidos seguem poderosos no cenário internacional, mas frequentemente superestimam essa influência.

Há algumas lições a serem tiradas destes episódios. A primeira delas é que é preciso respeitar os movimentos internos e não querer impor mudanças a partir de fora. As revoltas que vemos agora (na Tunísia e no Egito) iniciaram dentro destes países contra governos pró-ocidentais e não nasceram com características antiocidentais ou anti-imperialistas.

CARTA MAIOR: O Oriente Médio é hoje uma das regiões mais conflituosas do planeta. Os levantes populares que estamos vendo podem ajudar a melhorar esse quadro?

Celso Amorim: Creio que teremos agora um quadro mais próximo da realidade. Há uma certa leitura simplificada do Oriente Médio que não leva em conta o que o povo desta região pensa. Não é possível ignorar a existência de organizações como a Fraternidade Muçulmana ou o Hamas. Se ignoramos fica muito difícil traçar uma estratégia que leve a uma paz estável.

CARTA MAIOR: O jornalista israelense Gideon Levy escreveu ontem no Haaretz dizendo que o Oriente Médio não precisa de estabilidade, referindo-se de modo à crítica à suposta estabilidade atual, que seria, na verdade, sinônimo de pobreza, desigualdade e injustiça. Qual sua opinião sobre essa avaliação?

Celso Amorim: De fato, a desigualdade social é uma das causas muito fortes dos problemas que temos nesta região. É um fermento muito grande para revoltas. A verdadeira estabilidade não se resume a ter um determinado governante no poder. Não basta ter eleição. É preciso aceitar o resultado da eleição. Estamos falando de uma região muito complexa, com sentimentos anticoloniais muito fortes. Esse quadro exige uma flexibilidade muito grande e capacidade de diálogo com diferentes interlocutores.

CARTA MAIOR: Qual sua análise sobre a evolução dos acontecimentos no Oriente Médio à luz da política externa praticada durante sua gestão no Itamaraty?

Celso Amorim: Como referi antes, nós procuramos manter uma relação ampla com diferentes interlocutores. As críticas que sofremos vieram mais da mídia brasileira do que de outros países. Nossa política em relação ao Irã, por exemplo, não foi para mudar esse país. O objetivo era contribuir para a paz, tentando encontrar uma solução para a questão nuclear. Quem mudou de ideia no meio do caminho foram os Estados Unidos. O próprio El Baradei (ex-diretor geral da Agência de Energia Atômica), que agora voltou a cena no Egito, chegou a dizer, comentando a Declaração de Teerã, que quem estava contra ela é porque, no fundo, não aceitava o sim como resposta.

Acredito que nós precisamos de países com capacidade de ver o mundo com uma visão menos maniqueísta. Agora, todo mundo está chamando Mubarak e Ben Ali de ditadores. Até bem pouco tempo não era assim. A maioria da imprensa internacional não os chamava de ditadores. O importante é saber respeitar a vontade e a decisão do povo de cada país. O Brasil tem essa capacidade reconhecida mundialmente. Várias vezes fomos requisitados para ajudar na interlocução entre países. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por exemplo, nos pediu para ajudar a retomar o diálogo com a Síria. O Brasil tem essa capacidade de diálogo que não demoniza o outro. Essa é a pior coisa que pode acontecer na relação entre os países: demonizar o outro. Não se pode, repito, ignorar a presença da Fraternidade Muçulmana ou do Hamas. Podemos não gostar destas organizações. Isso é outra coisa. Mas estamos que estar prontos para conversar.

Espero que o Brasil faça jus às expectativas que existem sobre ele, sobre sua capacidade de diálogo e interlocução. Não se trata de mania de grandeza. Nós temos essa capacidade de diálogo e ela é requisitada. Seguramente o Brasil tem a possibilidade, e eu diria mesmo a necessidade, de ter essa participação e ajudar a construir a paz. Até porque esses fatos nos afetam diretamente. Basta ver o preço do petróleo que está aí aumentando em função dos conflitos.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

ESTÉTICA DO CANGAÇO EM LIVRO DE LUXO


CLIQUE E VÁ AO ORIGINAL

Por Antonio Cardoso - Assessor de Imprensa da Revista Nordeste VinteUm
A literatura de cordel e o cinema novo heroificaram o cangaço e seus líderes mais notórios, Lampião e Corisco. Bandidos sangüinários, eles souberam usar, antes das letras e do celulóide, uma outra mídia para se autopromover e intimidar. Nos anos 30, Lampião deixou que o mascate libanês Benjamin Abrahão fotografasse a si e a seu bando, uma história já contada pelos cineastas Paulo Caldas e Lírio Ferreira no longa "Baile Perfumado" (1997).
O diretor-presidente da Revista Nordeste VinteUm, Francisco Bezerra, prestigiou na última quinta-feira, 26 de agosto, no Museu do Estado de Pernambuco o lançamento do livro “Estrelas de Couro – A Estética do Cangaço”, obra de Frederico Pernambucano de Mello. Resultado de estudo profundo a que se dedicou Pernambucano desde 1997, a obra trata-se de um ensaio interdisciplinar, um livro de arte com mais de 300 fotos históricas.
No prefácio, Ariano Suassuna afirma que foi no início da década de 1970 que conheceu pessoalmente Frederico Pernambucano e travou contato direto com os primeiros resultados de suas pesquisas e reflexões sobre o cangaço – tema que fascina a ambos.

“Ao tempo que apareceu sem lei nem rei, eu ainda não conhecia Frederico Pernambucano, um dos maiores conhecedores do Cangaço com quem já tive oportunidade de conversar. Não conhecia, portanto, sua teoria a respeito da personalidade dos cangaceiros, teoria que procura explicar a psicologia desse nosso herói extraviado através de dois polos principais: o orgulho e aquilo que Frederico Pernambucano chama de o escudo ético”.

Ainda conforme Ariano Suassuna, se todo prefaciador é de certo modo suspeito em seus elogios, deve-se confessar que nesse caso a suspeição aumenta ainda mais. “Vejo que eu e Frederico concordamos em quase tudo o que diz respeito ao Cangaço”, disse o escritor.

Também presente na cerimônia, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, apresenta o livro como “uma leitura imprescindível para todos que tenham, por curiosidade ou profissão, desejo ou dever de melhor saber sobre os nordestinos e sobre o contexto social que fez de nós o que somos: brasileiros que, apesar dos desafios seculares, construímos, neste pedaço quase todo árido do Brasil, uma civilização de mulheres e homens corajosos, solidários e criativos”.
Como as demais obras de Frederico Pernambucano, esse livro vem para o deleito daqueles buscam um conhecimento aprofundado a respeito da cultura de um povo admirado e odiado, os cangaceiros.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

BIBLIOTECA no Bairro Taquaral, URGENTE

Assunto: CENAPEC/BIBLIOTECA ADIR GIGLIOTTI
Para: ju.sampaio@gmail.com


QUERIDOS AMIGOS:

Temos uma BIBLIOTECA no Bairro Taquaral, aberta gratuitamente à
Comunidade de Campinas e Região, hoje um Centro Cultural com diversas
atividades, e estamos ameaçados de ver inviabilizada a continuidade dos
trabalhos que desenvolvemos há quase 10 anos. Todas as despesas são
suportadas pela família Gigliotti.

O prédio onde estamos instalados foi vendido e temos até o dia 31 de
março para a desocupação.

Já encontramos um novo local mas, o aumento dos valores de locação são
impossíveis à Família.

Lançamos um CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO PARA A MANUTENÇÃO OPERACIONAL DA CENAPEC/BIBLIOTECA ADIR GIGLIOTTI e estamos confiando que a solidariedade da Comunidade poderá permitir a continuidade dos trabalhos.

Criamos assim algumas frentes de trabalho para viabilizarmos adesões de
Sócios Mantenedores para doaçoes mensais capazes de garantir valores
suficientes para as despesas de Manutenção.

E, se pudermos contar com a força de vocês será maravilhoso.

Tentamos obter concessão de prédio público mas o tempo é insuficiente
para a regularização. E, ainda não se teve conhecimento de algum espaço
capaz de absorver o acervo e as atividades.

Encaminho em anexo uma pequena apresentação e o texto para divulgação do
Convenio acompanhado da Ficha de Adesão.

Desde já agradecemos a atenção.

Aguardamos contato.

Luciana Gigliotti


--
CENAPEC/Biblioteca Adir Gigliotti
(19)3294-7801
www.cenapec.org.br
http://twitter.com/CENAPEC
http://cenapec.blogspot.com

Alemães arriscam prisão por usarem suástica em jogo de cartas - Sociedade - PUBLICO.PT

Alemães arriscam prisão por usarem suástica em jogo de cartas - Sociedade - PUBLICO.PT

Altamiro Borges: A chegada de Lula ao FSM em Dakar

Altamiro Borges: A chegada de Lula ao FSM em Dakar

Altamiro Borges: TV Cultura demite 150 funcionários

ISTO É O GOVERNO DO SR ALCKIMIM, AGUARDEM MAIS PAULOVAS



Altamiro Borges: TV Cultura demite 150 funcionários: "Reproduzo notícia publicada no sítio do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo: A Fundação Padre Anchieta de São Paulo, gestora da TV Cultu..."

domingo, 6 de fevereiro de 2011

“Inventaram” o Nordeste?

Sim. E existe uma data para isso. Idos de 1910. E, mais: não foi deus algum, foi o Homem do saber e da mímesis.

Essa é a idéia central da tese de doutoramento do Professor de História da UFRN Durval Muniz de Albuquerque Júnior, que também está ministrando uma disciplina no Programa de Pós-graduação em História da UFPE. A tese foi apresentada em 1994, na UNICAMP, e circula nas livrarias com edição da Cortez Editora: São Paulo e Editora Massangana: Recife, sob o título de “A invenção do Nordeste e outras artes”.

A obra (merece ser nomeada de Obra) surpreende não apenas pelo título ousado, mas pela sua consistência, estilo e cientificidade. Vem para tirar o sono de muita gente acomodada sob velhos conceitos e signos.

Em seu trabalho, o autor mostra como, até meados da década de 1910, o Nordeste ainda não existia. Não se pensava em “Nordeste”, nem muitos menos eram percebidos os “nordestinos”.


Antônio Conselheiro: o Redentor dos Sertões

O Nordeste emergiu aos poucos, no seio de discursos jornalísticos, artísticos, científicos e literários, e na mídia em geral, sobretudo a partir da obra Os Sertões (1906) de Euclides da Cunha e dos textos regionalistas da década de 1920, sob a assinatura de autores como Gilberto Freyre.

Ao longo do século, foram sendo forjadas as imagens estereotipadas do nordestino cabeça-chata, o paraíba, o sertanejo pobre, raquítico, amarelo, fraco porém forte; o nordestino cangaceiro, messiânico (inspirado nas imagens de Lampião e de Antônio Conselheiro), miserável, ignorante, em oposição ao homem civilizado, educado e cosmopolita do Sul-Sudeste.

Zeferino: Oxen, num foi deus que me criou não, foi?
Voz: Não, Zeferino, foi o Henfil mesmo!

O autor escreve: “É, parece que nossa escritora, defensora da ‘Nordestinidad’, Rachel de Queiroz, tem razão: a mídia tem o olho torto quando se trata de mostrar o ‘Nordeste’, pois eles só querem miséria. (…) Podemos concordar, então, com nossa escritora quando afirma que a mídia não vê o Nordeste como ele é? Não, porque isso seria pleitear a existência de uma verdade para o Nordeste, que não existe.”

Para o autor, os discursos sobre o “Nordeste” e os “nordestinos” são todos articulações de uma poderosa estratégia de etereotipização muito bem montada e reproduzida ao longo do século, de tal forma a “naturalizar” a imagem de um Nordeste seco, pobre e necessitado de ajuda dos sulistas.

E, o autor vai ainda mais longe: “O próprio Nordeste e os nordestinos são invenções destas determinadas relações de poder e do saber a elas correspondente. Não se combate a discriminação simplesmente tentando inverter de direção o discurso discriminatório. Não é procurando mostrar quem mente e quem diz a verdade, pois se passa a formular um discurso que parte da premissa de que o discriminado tem uma verdade a ser revelada. Assumir a ‘Nordestinidad’, como quer Rachel de Queiroz, e pedir aos sulistas que revejam seu discurso sobre o nordestino verdadeiro, vai apenas ler o discurso da discriminação com o sinal trocado, mas a ele permanecer preso.”

O trabalho de Durval Muniz, baseado em alguns princípios metodológicos desenvolvidos e aplicados por Michel Foucault, quais sejam, da arqueologia e da genealogia. Neste estudo, Durval Muniz opera o que Foucault não fez: um projeto arqueo-genealógico, análise esta que permite perceber as relações de força que permeiam os discursos instituintes da idéia de Nordeste enquanto um espaço natural.

(Para mais sobre Foucault, veja o ótimo livro de Roberto Machado, Ciência e Saber – A trajetória da arqueologia de Foucault)

O livro A Invenção do Nordeste custa cerca de R$36,00 nas principais livrarias da cidade.

Internet consolida el sueño de Gutenberg"


Germán Sánchez Ruipérez, empresario y editor. A finales de 2011 pondrá en marcha el gran proyecto cultural del año: Casa del Lector, con una inversión de 30 millones de euros

BRAULIO GARCÍA / PEIO H. RIAÑO MADRID 02/02/2011 08:20
POR PUBLICO ES

Germán Sánchez Ruipérez, la semana pasada, en Madrid.Mónica Patxot
Tiene su lector digital y lo utiliza. Este salmantino de 84 años de edad es uno de los empresarios más influyentes en la cultura de este país y tiene entre manos la culminación a finales de año si las obras no se retrasan más a 30 años dedicados a la fundación que lleva su nombre: Casa del Lector, en las naves del Matadero de Madrid, en la que ha invertido cerca de 30 millones de euros para seguir fomentando y estudiando los hábitos de lectura.

¿Por qué cree que a la industria editorial le cuesta tanto apostar por la lectura en el entorno digital?

A lo largo de nuestra historia reciente como editores hemos tenido que asumir muchos cambios. No me cabe duda de que también ahora la industria se adaptará al nuevo contexto, por dificultoso, convulsivo y complejo que este sea. Que nadie piense que la migración a la que asistimos es sencilla. La edición digital es la mayor transformación que va a vivir el sector editorial desde la aparición de la imprenta. Toda la arquitectura editorial habrá de definirse de nuevo. Las empresas tendrán que asumir nuevos patrones de negocio. La copia perderá su valor de unidad de medida universal del sistema.

¿Hay que vivir este cambio como una pérdida o un retroceso?

"Internet no niega lo que hasta ahora hemos hecho los editores"

En absoluto. Estamos en los albores de una época que, para el editor, viene cargada de posibilidades extraordinarias, tan sugerentes como estimulantes. ¡Qué horizonte tan apasionante se dibuja!

¿Cree que internet representa algún peligro para el libro?

Creo que todo lo contrario. El libro en su formato tradicional será siempre un auxiliar excepcional, pues, gracias a internet, puede hacer visible su existencia a la práctica totalidad de sus potenciales lectores. Para la edición y distribución digital de los contenidos también, porque supone un reto ante lo desconocido. Es el momento de innovar, de olvidar las viejas rutinas y asumir los retos. La edición española está preparada para ello.

"La red supone que una obra alcance una difusión ilimitada"

¿Qué significa internet para el editor?

Para el editor, internet supone mucho más ganar que perder. Internet no niega nada de lo que hasta ahora hemos hecho. Lo redimensiona y, al tiempo, lo dota de nueva naturaleza. Lejos de oponerse a él, internet consolida y proyecta al infinito el sueño de Gutenberg: la posibilidad de que una obra alcance una difusión casi ilimitada. Eso sí, el nuevo territorio exigirá una nueva cartografía. Cambiará el modelo de negocio. La palabra convivirá con nuevas fuentes de información. Se modificarán las relaciones del editor con el autor, el distribuidor, el punto de venta...

¿Y quiénes serán los protagonistas de esta revolución?

"Hoy no podemos entender la lectura sin contemplar la perspectiva digital"

Pues el propio lector, que ahora adquirirá (antes, durante y después de todo el proceso) una función muy diferente a la tradicional, una nueva posición jerárquica. El lector ya no será sólo un cliente o un mero consumidor. Antes bien, formará parte de la propia cadena de valor de la propuesta. Intervendrá en ella, incluso modificándola, adaptándola permanentemente a sus preferencias y necesidades. Convirtiendo la lectura en mucho más que una destreza, en todo un ejercicio de creación. Por eso reivindico su necesidad y presencia. Para que surja el arte de leer, indisociable del de escribir o editar.

¿Habrá puestos para que se entre en contacto con lectores digitales en Casa del Lector?

Por supuesto. Hoy no podemos entender la lectura sin contemplar la perspectiva digital. Y a ella nosotros queremos estar permanentemente atentos. Los nuevos medios digitales no significan tan sólo un cambio de soporte: implican nuevas formas de leer. Con ventajas indudables. También con importantes riesgos. El reto estará en ser capaces de potenciar cuanto tienen de positivo y minimizar o eliminar lo perjudicial: la velocidad en el acceso a los contenidos o la posibilidad cierta de que estos se enriquezcan con la presencia de diversas fuentes. No deben suponer superficialidad en la búsqueda o, peor aún, incapacidad para la concentración y la profundización, imprescindibles en todo ejercicio lector. Este equilibrio no lo conseguiremos si no lo asumimos como objetivo, si no encaramos el reto con ilusión y compromiso.

"El lector ya no será sólo un cliente o un mero consumidor"

Ahora que lo menciona, su fundación ha investigado a fondo el fomento de la lectura. ¿Es optimista con la situación española?

Tanto como reflejan los diferentes estudios que se han realizado en nuestro país y que demuestran que en España se ha producido un proceso de transformación cultural asombroso. En apenas 50 años, hemos pasado de ser una nación masivamente analfabeta a cosechar índices de lectura que empiezan a ser comparables con los de los países punteros de nuestro entorno, muchos de ellos con un acceso pleno a la lectura alcanzado hace siglos. Esa es la línea a seguir, con especial atención a las nuevas manifestaciones lectoras derivadas de las nuevas formas de transmisión de la información, que aún enriquecerán más la necesidad y valor de la lectura.

¿Leemos cada vez menos y cada vez peor? ¿Es partidario de esa visión?

"Nunca en España se leyó más y mejor que ahora"

Lo que indican los datos es exactamente todo lo contrario. Nunca en España se leyó más y mejor que ahora. Especialmente entre nuestros niños y jóvenes. Créame: en términos lectores, el avance operado en los últimos 20 años ha sido realmente espectacular.

Cualquiera diría al oírle que hemos llegado a la condición óptima.

Desde luego que no. Y, como ocurre en el ascenso a la montaña, los metros que conducen a la cima serán siempre los de mayor dificultad. Para conseguir alcanzar la meta debemos de mantener el esfuerzo realizado. Sólo así lograremos que la lectura sea un derecho al que todos los ciudadanos puedan acceder en igualdad de oportunidades. Vivan donde vivan. La lectura es progreso, prosperidad, desarrollo. Los países punteros del mundo lo son también en comportamientos lectores. La lectura es el mejor índice de la calidad educativa y cultural de un pueblo. Y un país vale, sobre todo, lo que vale su educación, lo que vale su cultura.

"Un país vale, sobre todo, lo que vale su educación y su cultura"

¿Qué aportará el proyecto de la Casa del Lector al usuario?

Una visión amplia y diversa, a veces revolucionaria, de lo que es leer. El usuario podrá participar en la oferta formativa, destinada tanto al profesional (editores, libreros, bibliotecarios o docentes) como al público en general, muy en especial a los padres, pues la lectura en sí define un modelo educativo para nuestros hijos. También, de muchas de las actividades que Casa del Lector realice: aquellas que tendrán que ver con la palabra, con el texto. Pero igualmente con las artes audiovisuales, la ilustración o el diseño. También las artes escénicas y la música.

Ha conocido no menos de una decena de reformas educativas, todas aparentemente profundas, muy pensadas y definitivas. ¿Cree que todas ellas han llevado el camino adecuado?

Todas han aportado indudables beneficios. Unas han tenido que ver con la extensión de la educación a la totalidad de la población (un logro que no valoramos como se debe). Otras, con la necesaria reorganización y definición del currículo. Creo que la que ahora más necesitaríamos sería aquella que incidiera fundamentalmente en los aspectos metodológicos, en la modernización y actualización del modo de enseñar. Y de aprender.

¿Cree que la escuela está al margen de los cambios sociales?

La escuela no puede ser ajena a lo que significa el cambio imparable que vivimos en el modo de acceso y construcción de los contenidos. Debería ser ella la que liderara semejante proceso, pues la educación ha de estar siempre aliada con el futuro. Hoy es fundamental asimilar las nociones básicas y saber cómo llegar a ellas, cómo iluminarlas desde diferentes fuentes de información, cómo comprobar su veracidad... Pero el sistema educativo nos debe aportar algo todavía más estratégico: la eterna curiosidad por aprender, el disfrute del saber, la ilusión de seguir formándonos durante toda la vida.

¿Es suficiente la atención que recibe la lectura en la enseñanza en España?

Hemos avanzado, sin duda, pero aún nos queda mucho camino por recorrer. La lectura es fundamental para cualquier proceso educativo. Es más, sin ella, en esta sociedad de la información en que vivimos, aprender se vuelve casi imposible. La información sólo se vuelve conocimiento a través de la lectura Porque leer es observar. Leer es interpretar. Comprender. Valorar. Asimilar. Y compartir.

El arrinconamiento de las humanidades en los planes de estudio, ¿es un problema grave para el sistema educativo en general?

Yo lo vivo como una pérdida lamentable. Es uno de los dramas educativos más sangrantes de nuestro país, del que nada bueno puede derivar, máxime cuando ahora, en esta sociedad hipertecnologizada, la perspectiva humanizadora se vuelve imprescindible. Reivindico un nuevo Renacimiento. En nuestra historia como país hemos tenido modelos formidables: la Institución Libre de la Enseñanza al frente de todos ellos. Qué distinta hubiera sido nuestra vida si su propuesta pedagógica no se hubiera truncado.

¿Qué les diría a quienes subestiman el valor de las humanidades o de la cultura en la enseñanza porque no arrojan beneficios económicos inmediatos?

Pues que están profundamente equivocados. Hoy sabemos con plena certeza que cualquier proceso de crecimiento económico, para que realmente sea equilibrado, sostenible y duradero, debe basarse en la educación, en la cultura. Es más: el nuevo modelo productivo al que hemos de tender es el que se base en la inteligencia. Esa es la auténtica energía renovable. A la formación de esa persona quiere contribuir la Casa del Lector. Sueño con ayudar a la creación de personas libres, con criterio, corazón y razón. Con una visión esperanzada. Confiadas en que todo es mejorable. Ilusionadas por participar.

¿Por qué es importante la intervención de mecenas privados en la política cultural?

El mecenazgo y las fundaciones son el mejor síntoma de la salud y fortaleza de una sociedad. Cuanto más se impliquen las personas en la responsabilidad cívica, más fuerte y cohesionada estará esa comunidad. Cuanto más cedamos el terreno a la intervención de instituciones que no deriven de la responsabilidad individual, mayor será nuestra debilidad.

¿Por qué en España no se ha incentivado la entrada de capital privado en la cultura?

Porque, quizás durante demasiados años, se consideró la cultura como un campo exclusivo de la Administración pública. Es más, cualquier participación de la iniciativa privada en el mismo se veía con extraordinario recelo. En España necesitamos de un tratamiento al mecenazgo más decidido y generoso.

¿Es tan necesaria la Ley del Mecenazgo?

Necesitamos de un marco que regule realmente su acción. Y, además, que definitivamente la defina, y la distinga de otras formas de participación que tienen más que ver con la promoción, el marketing o la publicidad. El mecenazgo debiera siempre orientarse a las labores a medio y largo plazo. A cuanto no está sujeto a la corta aritmética de los calendarios electorales. Incluso a la deslumbrante aparición en los medios de comunicación. Pero sobre todo debería estar orientado a aquellas labores que realmente redunden en beneficio del ciudadano en su conjunto, especialmente de todos aquellos que tienen menos posibilidades de desarrollo.

De librero a honoris causa en un suspiro
La próxima semana Salamanca homenajeará a uno de sus hijos predilectos con su investidura como doctor honoris causa. Es un broche que cierra una vida dedicada al libro y la empresa, que se inició en plena dictadura en la decana librería Cervantes de la capital salmantina. Allí, un joven librero, hijo de padres republicanos represaliados, decidió dejar sus tareas en el negocio familiar para publicarle el primer libro a un joven habitual de la librería: Fernando Lázaro Carreter (1923-2004). Aquella publicación, además de convertirse en el libro sobre literatura española que ha estudiado generación tras generación de españoles, era la primera piedra de la renovación de la edición de los libros de texto en este país. Corrían los años sesenta, eran los orígenes de la editorial Anaya, que vivió durante tres décadas de la bonanza de un mercado por explotar, hasta que la vendió al grupo francés Lagardère. Mantiene la editorial Siruela bajo la dirección de su sobrina-nieta, Ofelia Grande. Su gran empeño frustrado es el diario ‘El Sol', que reflota en 1990, cuya experiencia apenas dura dos años. Aquel fue el primer periódico en entregar promociones literarias. Desde hace 30 años es el presidente de la Fundación Germán Sánchez Ruipérez.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

A pesquisadora que foi expulsa da Espanha Do Brasília-Maranhão

ISTO A GLOBO , BAND SBT NAO CONTAM, NEM A FOLHA NEM ESTADÃO
RETIRADO NO VIOMUNDO CLIQUE NO TÍTULO E VÁ AO ORIGINAL
Brasília(DF), 30/01/2011

Querid@s amig@s e companheir@s

Acho que muitos de vocês sabiam que eu estava saindo de férias junto com minha amiga Gracinha para a Espanha. Pois bem, planejamos tudo, compramos passagem, reservamos hotel e tudo mais. Porém, fomos em vôos separados. Depois de 15 horas de viagem EU fui INJUSTAMENTE DEPORTADA pela imigração da Espanha! Fiquei 15 horas PRESA numa sala da polícia federal sendo tratada como criminosa! Sem direito à telefonema, sem nenhuma informação sobre os motivos pelo qual estava detida e somente depois de 7 horas tive contato com um advogado e uma tradutora. Fui revistada fisicamente e revistaram e retiveram minha bolsa e minha bagagem de mão, tudo isso antes de ter um advogado.

Eles arbitrariamente decidiram que eu não entraria naquele país e fizeram de tudo para arranjar algo para me deportar. Eu tinha todos os documentos que comprovavam que eu tinha dinheiro de sobra para a quantidade de dias que iria ficar, tinha carta do Ministério da Cultura que comprovava que eu trabalho para um projeto do governo brasileiro, seguro viagem pago, reserva de hotel no nome da Gracinha (iríamos dividir um quarto, por isso constava só o nome dela), passagem de volta e até a escritura da minha casa própria em Florianópolis!

Primeiramente eles alegaram que meu cartão Travelmoney do Banco do Brasil não tinha valor nenhum pra eles porque não constava meu nome (o Banco do Brasil não imprime nome neste cartão, é política do banco). Só que eu tinha todos os extratos assinados pelo Banco do Brasil que comprovavam a compra de euros!!!! Mesmo assim eles disseram que não valia e me prenderam na sala. A assistente social da Polícia Federal só fazia era VENDER cartão telefônico para aqueles que quisessem ligar dos telefones públicos que havia nesta sala fechada. Então comprei ironicamente cartões da própria Polícia e liguei imediatamente pra Embaixada brasileira e pro Consulado do Brasil na Espanha.

Eles foram ótimos! Mas disseram que infelizmente pouco poderiam fazer porque a Polícia é arbritária mesmo e até eles ficam de mãos atadas. Tudo que podiam fazer eles fizeram, que foi enviar um fax reiterando que eu tinha dinheiro, dizendo que meu cartão era válido e cobrando informações. Pois bem, depois de mais não sei quantas horas presa, eles admitiram que meu cartão era válido. Como não tinham mais argumento, cavocaram algum.

Como a reserva do quarto duplo foi feita no nome da Gracinha, porque no site do hotel na internet pedia somente um nome, eles alegaram que eu não tinha reserva de hotel!!! A Polícia Federal mentiu na minha cara que haviam telefonado para o hotel e que o hotel havia dito que não havia nenhuma reserva no nome de Graça!!! Neste momento o advogado da própria Polícia que estava ali para me defender argumentou com a Polícia que havia reserva e telefonou do seu celular no viva voz novamente para o Hotel que confirmou que Graça já estava inclusive hospedada!!! Sabem o que a Polícia disse diante deste telefonema em viva voz????? Disse que não valia nada para eles aquele telefonema, que eles já haviam telefonado e decidido pela minha deportação!!!!

Ou seja, eles realmente queriam arbitrariamente me deportar e ponto final!!! Disseram que eu seria deportada no vôo da meia noite e vinte e me prenderam novamente na sala. E para completar o absurdo fui levada para o avião escoltada como criminosa em carro blindado de polícia até dentro do avião. Meu passaporte foi entregue à tripulação e havia uma funcionária do aeroporto no Brasil me esperando com ele na mão para me escoltar até a imigração brasileira!!!!

Somente depois de passar na imigração brasileira tive meu passaporte devolvido! Mas não acabou….pois CARIMBARAM meu passaporte com um signo que provavelmente deve ser o de deportada, sendo que eu nem entrei no país!!! E para finalizar, é claro, que eles extraviaram a minha bagagem! Pois a Polícia não despachou minha mala!!!

Eles são arbitrários e preconceituosos mesmo! Não tem outra explicação e o próprio consulado disse isso pra mim! Havia cerca de 10 pessoas presas nesta situação e todas elas eram latinas e/ou negros da África!!! Ou seja, é XENOFOBIA PURA!!!! Mas XENOFOBIA CONTRA LATINOS E NEGROS!!!! PURO PRECONCEITO!!!

Bem gente, é uma novela né….mas a novela só tá começando….porque eles escolheram a pessoa errada para isso!!! Vou recorrer ao Itamaraty, vou fazer uma queixa oficial na Embaixada da Espanha no Brasil, vou à Secretaria de Política para Mulheres e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, vou a todos os órgãos que puder para lutar contra esta arbitrariedade!!! Preciso de contatos da mídia para divulgar essa situação absurda!!!

Quero pedir a todos vocês que divulguem em todas as suas redes sociais e que façamos uma campanha CONTRA O TRATAMENTO QUE A ESPANHA DÁ AOS ESTRAGEIROS LATINOS E NEGROS!!!

Obrigada pelo apoio de tod@s
Grande Abraço
Denise Severo
Coordenadora Pedagógica do Projeto Vidas Paralelas
Pesquisadora Associada do Núcleo de Estudos em Saúde Pública da UnB

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

DILMA FALA AO CONGRESSO

DILMA, inova, vai ao congresso nacional e fala para todos, expondo suas diretrizes de governo, e como elas se comprometem com a parceria do Congresso, Senado e Câmara, e , portanto, a necessidade de alianças e compromissos de governo.Sublinha, focos como : a Pobreza, a Educação,PAC,Reformas Políticas, Salário Mínimo, entre outros.Mostrou pulso,sem cair na austeridade demasiada,mas mantendo pulso em sua oratória.Foi aplaudida várias vezes, cortada outras vezes em sua fala por aplauso.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Audiência na internet deve crescer 10% no Brasil em 2011, diz IAB Em 2010, as classes C, D e E já representavam mais de 52% da audiência na web

Claudia Tozetto, iG São Paulo


Em 2011, os brasileiros devem acessar mais a internet, seja porque os preços dos pacotes de de banda larga cairão ou por programas de governo que subsidiarão parte do valor mensal, como o Plano Nacional de Banda Larga. De acordo com o Interactive Advertising Bureau (IAB), a audiência na internet brasileira deve crescer 10% durante este ano, reunindo mais de 81 milhões de pessoas com 16 anos ou mais.

Divulgação

Gráfico mostra projeção do IAB para audiência da internet no Brasil em 2011
"2010 foi o ano de consolidação das redes sociais, dos clubes de compras e a internet pautou os principais acontecimentos do País, como a Copa do Mundo e as eleições", diz Fábio Coelho, presidente do IAB e também presidente do iG.

Em 2010, a audiência na internet brasileira foi de 73,7 milhões de pessoas. Deste total, as classes C, D e E já representam 52,8% da população que acessa a internet, enquanto as classes A e B, juntas, respondem por 47,2%.



Classe C, sozinha, já representa 44% da população que acessa a internet
Com isso, o IAB espera que as empresas invistam pelo menos 6,5% do total em publicidade na internet em 2011. "A TV continua tendo a maior participação na receita com publicidade", diz Fábia Juliasz, vice-presidente do segmento de fornecedores do IAB.

Dispositivos móveis

Apenas cerca de 1% da audiência na internet brasileira é gerada por dispositivos móveis, segundo o IAB. O motivo é o preço dos pacotes de dados que ainda são considerados caros. Além disso, apenas uma parte dos smartphones têm plano de dados (30%), mas Coelho acredita que esta seja uma das áreas com grande potencial para o mercado publicitário.

Ainda neste segmento, uma das vertentes que as agências apostam para 2011 é a publicidade por meio de aplicativos baseados na geolocalização do usuário, que incluem redes sociais como o Foursquare. Neste caso, os internautas buscam pontos de interesse a partir do local onde estão e, segundo as agências, a publicidade pode gerar mais resultados.

Siga o iG Tecnologia no Twitter

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Las damas mueven el tablero

Año 3. Edición número 141. Domingo 30 de enero de 2011
Por Ricardo Romero, politólogo UBA/UNSAM
internacional@miradasalsur.com
La cita presidencial de mañana en la Casa Rosada será el primer encuentro oficial entre las Jefas de Estado Cristina Fernández de Kirchner y su par brasileña Dilma Rousseff. (AP)
OTRAS NOTAS

Brasil se viste de mujer
Casi como una metamorfosis kafkiana, devino la mariposa y Brasil ahora comienza a volar con belleza femenina. Aquella joven guerrillera, que padeció la tortura de una dictadura asesina, con el esfuerzo de haberse recibido de economista y haber mostrado su capacidad en la gestión pública, llega a la presidencia luego de haber enfrentado su primera contienda electoral. La flamante presidenta Dilma Rousseff tiene el reto de marcar su impronta en un nuevo gobierno.
Rumbo a un G-20 recargado
La presidenta de la Nación, Cristina Fernández, seguirá la próxima semana con su agenda de actividades, que retomó el lunes pasado, luego del fallecimiento del ex presidente Néstor Kirchner. Viajará a Seúl, capital de Corea del Sur, para participar de la V Cumbre del Grupo de los 20 (G-20). Su arribo a esa ciudad está previsto para el próximo miércoles en horas de la tarde. La cumbre tiene dos actividades centrales: la reunión de presidentes y un encuentro con más de 100 de los empresarios más importantes del mundo.
La herencia de Lula
Realizar un análisis de la política brasileña no puede restringirse a ver las tendencias en las encuestas o los discursos políticos, por el contrario, debe comprender la formación histórico-social y delimitar la estructura política que se deriva de la misma.
Argentina y Brasil con una relación “más que buena”
El encuentro que el viernes pasado mantuvieron los presidentes Cristina Fernández de Kirchner y Luiz Inácio Lula Da Silva durante cuarenta minutos y con agenda abierta, sirvió para disipar todos los nubarrones que en los últimos días se habían acumulado en el horizonte comercial entre Argentina y Brasil. Apenas finalizada la reunión, Fernández de Kirchner la calificó como “más que buena”. Aseveró que entre ambos países “no hay problemas de ninguna naturaleza” y que “la idea es aumentar el volumen del intercambio comercial”.
El Consenso de Buenos Aires y el recuerdo de Néstor y Lula
Se acaban de cumplir siete años de vigencia del “Consenso de Buenos Aires”, magnífico documento político y programático fruto del genio de dos grandes estadistas latinoamericanos con dimensión histórica: el presidente Lula y nuestro querido compañero Néstor Kirchner.
La nueva agenda de Lula Da Silva
Con una finta digna de un crack de fútbol de la selección verdeamarelha, el presidente de Brasil Luiz Inácio Lula Da Silva eludió la marca de la Justicia Electoral –quien lo multó seis veces por hacer proselitismo en favor de la candidata presidencial oficialista Dilma Rousseff– y anunció que sólo ejercerá como Jefe de Estado hasta las seis de la tarde. El resto de las horas, de acá a los comicios del 3 de octubre, lo dedicará exclusivamente a oficiar de maestro de ceremonias en cada acto y mitin del PT.
En la primera cumbre presidencial de la era Fernández-Rousseff, las Jefas de Estado de Argentina y Brasil impulsarán mañana en Buenos Aires el denominado Polo Industrial del Sur para dinamizar la integración productiva en sectores estratégicos como el energético y el petrolero
El diario Clarín destacaba en su edición del 2 de enero pasado que la presidenta de Brasil Dilma Rousseff no había citado a la Argentina en su discurso de asunción. En menos de 24 horas, se esfumó ese intento de buscar discordias bilaterales, cuando los cancilleres de ambos países anunciaron que la mandataria brasileña fijaba a Buenos Aires como primera visita internacional. Este offside periodístico elude los condicionamientos estructurales que tienen ambos países, tanto históricos como coyunturales, que los relaciona en forma estratégica y preponderante. Al elegir a nuestra nación como principal escala diplomática, Dilma reafirma el énfasis que pondrá en la política exterior en relación con los países del Sur, tanto en América como hacia las naciones pobres o emergentes. Además, buscará continuar con las líneas políticas entabladas en instancias del bloque Unasur y la proyección de Brasil en otros niveles de cooperación internacional, especialmente en el sistema ONU, donde busca ocupar una silla en su consejo permanente.
Por otra parte, se produce un hecho histórico, con el encuentro de dos mujeres al frente de estos Estados. Al ganar la elección presidencial brasileña, la jefa de Estado argentina Cristina Fernández ya le había dicho a su par: “Bienvenida al club de las compañeras de género”. Dilma, al igual que su colega argentina, tiene el desafío de marcar su propio perfil en la gestión y potenciar la popularidad que hereda de Luiz Inácio Lula da Silva. En este sentido, la relación con Cristina abre la posibilidad de mostrar capacidades de conducciones femeninas para trabajar en el armado de una agenda común, especialmente desde, hacia y para mujeres; y esta perspectiva de género será una impronta diferente a la relación Lula-Néstor Kirchner.
En primera instancia, la llegada de Dilma refuerza lazos de convergencia tanto en la integración económica como en la política de ambos países en el escenario latinoamericano y mundial. Mañana, ya en Buenos Aires, la presidenta de Brasil tiene una agenda con una maratónica lista de actividades, que van desde reuniones con Cristina Fernández, y otras ampliadas con sus ministros, hasta la visita al Museo de la Memoria, donde se entrevistará con Madres y Abuelas de la Plaza de Mayo, reafirmando así su interés por la política de derechos humanos.
Además de repasar los programas sociales desarrollados en ambos países, esta nueva etapa implicará pasar de acuerdos comerciales a políticas de desarrollo que permitan una integración equilibrada. En este encuentro, la agenda de trabajo se centra en profundizar una relación económica a partir de inversiones en infraestructura y desarrollo que faciliten la articulación de cadenas productivas, recursos energéticos y la circulación de productos. En definitiva, pasar de un mercado a un espacio económico común.
De hecho, Dilma le propondrá a Cristina generar un “centro” que fije acciones en ese sentido. Con la Argentina, el objetivo es generar un polo industrial del sur que dinamice la integración productiva en algunos sectores, como la industria automotriz, donde “hubo una cierta desnacionalización de la producción de autopartes”, afirmó el asesor en relaciones internacionales brasileño Marco Aurelio García. La agenda prevé, entonces, temas como la articulación productiva en segmentos como la industria automotriz, la generación energética, como la creación de una usina hidroeléctrica en Garabí o la represa en Neuquén, y la de recursos como la explotación en conjunto de las reservas petroleras del Pre-Salt. Estas líneas se profundizan con planes de transporte y acuerdos técnico-productivos, reforzando un estilo de gobierno que valoriza las relaciones regionales, especialmente con América del Sur.
Esta iniciativa se complementaría con la explotación de la producción petrolera y la generación energética. Los megayacimientos del Pre-Salt, descubiertos en aguas profundas del litoral atlántico, a la altura de Río de Janeiro y Espíritu Santo, convirtieron a Brasil en país petrolero, que lo libera de vaivenes del precio internacional del crudo y dinamiza otras industrias, como la petroquímica. A esto, se suman las inversiones que se quieren hacer en la generación de energía.
Previamente, en la reunión de ministros del 10 de enero pasado, donde se planificó la visita, se acordó la firma de la creación de una hidroeléctrica binacional en Garabí –frontera entre Rio Grande do Sul y Corrientes–, un complejo que se estaría ejecutado en 2012 con una usina que generará unos 2.900 megavatios. Además, se abordará el financiamiento de 728 millones de dólares para la construcción de una represa sobre el río Neuquén, con fondos provistos del Banco Nacional de Desarrollo de Brasil, entre otras inversiones. En definitiva, la visita de Dilma Rousseff confirma la convergencia de ambos países en un futuro de construcción común. De la guerra a la amistad. Las emergentes Provincias Unidas del Río de la Plata (1810) y el incipiente Imperio Brasileño (1822) comenzaron su vida independiente con una guerra (1825-1828) por la Banda Oriental (o Provincia Cisplatina) que terminó con la constitución de la República del Uruguay (1828). Posteriormente, en otra guerra (1865-1870), fueron aliados contra el Paraguay, que concluyó con la desarticulación de la estructura de relaciones económicas del virreinato, centradas en la Cuenca del Plata, como sostienen algunos historiadores.
Con la formación de los estados nacionales y su inserción en el capitalismo mundial a finales del siglo XIX, los países del Cono Sur se desarrollaron con fuerte vínculos hacia el centro europeo y EE.UU., sin relaciones comerciales sustanciales entre ambos, y sólo con algunos acercamientos políticos, como el apoyo del republicanismo desde 1889 o el acuerdo internacional del ABC (junto a Chile) en 1915, firmado frente al expansionismo norteamericano.
Sin embargo, los gobiernos de la Argentina y del Brasil tenían profundas desconfianzas geoestratégicas que mantuvieron hasta pasada la posguerra. Recién en los setenta, las alianzas anticomunistas de los militares generaron un acercamiento. Los lazos comerciales, impulsados por el desarrollismo, que promovía acuerdos regionales como Alalc o Aladi, tomaban cuerpo con un trasfondo de represión y desapariciones.
Con la democracia, los presidentes Sarney y Alfonsín firmaron un acuerdo en 1986, el Pice (Programa de Intercambio y Cooperación Económica), para fortalecer las instituciones republicanas, que sentó las bases para la constitución del Mercosur en 1991, que funcionó por un tipo de cambio alto, que favoreció el comercio intrazona, y declinó con las devaluaciones.
Tras la crisis neoliberal de 2001, la llegada de Néstor Kirchner, junto a Lula da Silva en Brasil, profundizó lazos económicos y se avanzó hacia nueva dinámica política, con alianzas con otros países de la región y otras bases institucionales como la Unasur, que se contrapusieron a la ofensiva norteamericana del Alca. En definitiva, con estos acuerdos en infraestructura, energía e integración productiva, la visita de Dilma Rousseff profundizará lo mejor de la historia integracionista entre los dos países.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Noam Chomsky: “El secretismo de los gobiernos es la defensa de esos gobiernos contra su propia población”

Noam Chomsky: “El secretismo de los gobiernos es la defensa de esos gobiernos contra su propia población”

A continuación, algunos de los tópicos fundamentales del gobierno de Dilma Rousseff.

POR EL ARGENTINO

ABORTO: La mayoría de los congresistas brasileños que asumirán funciones en la Cámara Baja se opone a la despenalización del aborto. De un total de 513, 414 respondieron una encuesta privada: 267 (que representan el 52% de la Cámara) se pronunció en contra y 78 a favor. Otros 37 sostuvieron que en parte sí y 32 no supieron responder a la consulta. El aborto fue uno de los temas más discutidos durante la campaña presidencial. Rousseff, entonces, tuvo que dar marcha atrás en su postura a favor de la legalización del aborto y comprometerse a no cambiar las leyes ante críticas de la Iglesia católica y los evangelistas.

ARGENTINA: Para Rousseff, el país “es fundamental para el posicionamiento de Brasil en América Latina y el desarrollo de Brasil pasa por la asociación con los países de la región. Se trata de uno de los actores fundamentales, uno de los elementos estratégicos para nuestra política externa.” El gesto de elegir a la Argentina como primer destino internacional fue presentado como la reafirmación de la alianza estratégica y la prioridad que el Planalto continuará dando a la relación bilateral y a la región. Dilma reconoció que en el pasado Brasil “daba la espalda a la Argentina y miraba solamente hacia Europa y los Estados Unidos. Pero hoy, sin detrimento de aquellos, tenemos que percibir que el desarrollo de nuestro país implica necesariamente el desarrollo de la región.”

DERECHOS HUMANOS: “Mi gobierno no aceptará ninguna forma de violación de los Derechos Humanos en cualquier país, incluido el nuestro. Será un incansable defensor del respeto a esos derechos y de la igualdad. No somos un pueblo que odia, que despierta el odio, por eso Brasil tiene una posición histórica que mucho nos enorgullece”, expresó la presidenta. En este sentido, el gobierno está empeñado en la creación de una Comisión de Verdad sobre los delitos cometidos por la dictadura militar (1964-1985).

DICTADURA: Dilma Rousseff comparó a las dictaduras militares con el régimen nazi: “Representaron la tortura y el intento de callar a millones de seres humanos. La memoria colectiva debe impedir la barbarie. Los campos de concentración inauguraron las prisiones modernas, y el nazismo representó un nuevo modo de tratar al opositor político que fue reducido a una condición subhumana por medio de la tortura científica y la violencia industrializada. La memoria es un arma humana para impedir la barbarie. Recordar Auschwitz es recordar a todas las víctimas de las guerras injustas, de todas las dictaduras que torturaron e intentaron callar a millones de seres humanos.”

DISTRIBUCIÓN DE LA RIQUEZA: “Ningún país es rico sin reducir la desigualdad social y regional. Brasil puede serlo. Queremos hacer eso y eso demanda una ecuación que equilibra crecimiento económico y políticas de Estado contra la desigualdad”, dijo la presidenta.

ECONOMÍA: La presidenta garantizó que su gobierno mantendrá la inflación bajo control: “No negociaremos, vamos a mantener la economía creciendo sistemáticamente.” El Banco Central de Brasil ya fijó una línea dura en contra de la variable y llamó a usar un conjunto de instrumentos de política monetaria para contener las alzas de precios. Además de la tasa de interés, la autoridad monetaria ha tomado otras medidas para contener las presiones sobre los precios. Elevó los requerimientos de reservas de los bancos y anunció que podría comenzar a hacer subastas para comprar futuros cambiarios, esfuerzos que buscan enfriar el crédito y detener la valorización del real sin alterar la tasa de interés. La presidenta aseguró que no habrá recortes presupuestarios al Programa de Aceleración del Crecimiento (PAC), un ambicioso plan de obras de infraestructura puesto en marcha durante el gobierno de su antecesor.
EDUCACIÓN: Durante su discurso de asunción, Rousseff señaló que para que exista una educación de calidad es necesario tratar a los maestros como verdaderas autoridades de la educación, proporcionarles formación continua y remuneración adecuada, ya que sólo mediante un avance en la calidad de la educación se podrá formar jóvenes preparados que conduzcan a una sociedad de la tecnología y el conocimiento.

ESTILO DE GOBIERNO: La estrategia de Dilma es aparecer poco en público y conducir el gobierno de manera más técnica. De hecho, mientras Lula concurrió en ocho oportunidades al Foro de Davos, Rousseff declinó la invitación para ocuparse de cuestiones internas. La presidenta odia la impuntualidad y quiere que los 37 ministerios que integran el gobierno funcionen como empresas. En su primera reunión de gabinete, Dilma expresó que no le gustan las reuniones multitudinarias. Por eso, los dividió en cuatro grupos, con un ministro presidiendo cada uno de ellos para trabajar con mayor eficiencia. Las reuniones son los viernes para evitar que se vayan de Brasilia los jueves, como lo hacían habitualmente. Nadie podrá entrar a su despacho hablando por celular, y quienes mantengan una audiencia con ella deberán tener el teléfono apagado.

IRÁN: Todo indica que la presidenta mantendrá la estrategia de su antecesor, es decir, contribuir en la búsqueda de una solución para la crisis entre las potencias occidentales e Irán. En 2010 Brasil votó en el Consejo de Seguridad de la ONU contra las sanciones a Irán, impulsadas por los Estados Unidos y otras potencias que acusan al país asiático de desarrollar tecnología nuclear para construir armamentos de destrucción masiva. Además impulsó, junto a Turquía, un acuerdo por el cual Irán iba a ceder uranio de bajo enriquecimiento que sería procesado fuera del país.

ISRAEL Y PALESTINA: Rousseff pone énfasis en la necesidad del diálogo para solucionar el conflicto entre israelíes y palestinos, y sostiene que su gobierno condenará las violaciones de Derechos Humanos sin importar en qué país ocurran. En este sentido, afirmó: “Tengo la honra de dar continuidad a un gobierno que buscó la afirmación de la paz, en especial en Medio Oriente. Defendemos la construcción de la paz para mejorar la vida de los que viven momentos terribles de guerras fraticidas, étnicas y religiosas. El mejor camino para disminuir ese sufrimiento es la convivencia y el diálogo.”

LATINOAMÉRICA: Existe una señal de la prioridad que tendrá Brasil en su relación con los países sudamericanos. En ese sentido, la Argentina fue elegida como su primer destino internacional. El país es el principal socio externo, tanto por la extensa frontera común de 1263 kilómetros, como por su relación comercial y su presencia en el Mercosur, la unión aduanera que agrupa también a Paraguay y Uruguay. Este último país y Perú fueron los elegidos por Dilma para su gira en febrero. Los analistas políticos brasileños coincidieron en que la presidenta dará continuidad a la gestión diplomática emprendida por Luiz Inácio Lula da Silva.

LULA: “Su legado fue hacer que Brasil vuelva a crecer y lograr que asumiera una posición en el conjunto de las naciones, y sobre todo, que todos los brasileños y brasileñas encontrasen un lugar dentro de Brasil”, dijo Rousseff de Lula da Silva. “Ese hombre que vino de abajo construyó un imperio económico en Brasil, pero jamás perdió su compromiso con la soberanía del país, y sobre todo con el rescate de millones de personas de la pobreza y la miseria.”

MEDIOS DE COMUNICACIÓN: Una de las propuestas para reformar la Ley de Telecomunicaciones, que data de 1963, es evitar que un solo grupo pueda tener radio, televisión y prensa escrita. El proyecto está en discusión y se espera tener lista la ley para enviarla al Congreso este año. El gobierno intenta así evitar la concentración de la propiedad de las licencias públicas de radio y televisión. Una de las ideas rectoras es crear una agencia reguladora. Cuando Lula asumió en 2003, el presupuesto publicitario oficial se distribuía entre 499 grandes canales de televisión, radios y diarios, número que trepó a 8094 en 2010. La democratización de la pauta publicitaria fue una de las reivindicaciones expresadas por la Conferencia Nacional de Comunicación celebrada en 2009. Sus conclusiones fueron tomadas como base en un anteproyecto de ley que está siendo elaborado por el gobierno de Rousseff.

SALARIOS: La presidenta podría acordar un aumento del salario mínimo mayor al que habían ofrecido previamente funcionarios del gobierno. Se supo además que esperaría reducir posibles alzas salariales en 2012. El salario mínimo mensual en la mayor economía de Latinoamérica podría fijarse en 545 reales (330 dólares) –de los 510 reales en 2010–, pero Rousseff podría apuntar a los 550 reales.

SALUD: Rousseff quiere la consolidación de un Sistema Único de Salud. Para ello se asociaría con el sector privado. Una de las más importantes medidas que tomó el gobierno de Rousseff, luego de su asunción, fue la inversión de 1080 millones de reales (casi 650 millones de dólares) para la compra de medicamentos, vehículos fumigadores, larvicidas y material educativo.

UNIÓN EUROPEA Y MERCOSUR: A través de su ministro de Relaciones Exteriores, Antonio Patriota, el gobierno de Dilma Rousseff destacó la necesidad de que la UE y el Mercosur sellen un acuerdo de libre comercio mutuamente beneficioso. Sin embargo, Brasil atraviesa por dificultades debido a la apreciación del real y a la situación preocupante de los productos manufacturados, cuyas exportaciones se situaron en 2010 por detrás de los artículos básicos por primera vez en varias décadas. La escalada del real preocupa al nuevo gobierno, ya que perjudica sus exportaciones y por lo tanto puede condicionar las negociaciones para un acuerdo de libre comercio entre la Unión Europea y Mercosur, en el que el objetivo es levantar el mayor número de aranceles sobre los intercambios. La UE y Brasil mantienen, desde 2007, una Asociación Estratégica que ha permitido reforzar sus vínculos económicos y comerciales. Europa es el principal socio comercial de Brasil y los intercambios superaron los 74 mil millones de dólares en 2010.

VIVIENDA: El gobierno continúa con “Mi casa, mi vida”, un programa liderado por Dilma desde que era ministra durante la presidencia de Lula. Además, Rousseff anunció la construcción de 8000 casas, 6000 por parte del gobierno y 2000 por el sector privado para los damnificados por los temporales de lluvia en la región serrana de Río de Janeiro, donde murieron 837 personas en las últimas semanas. “Pretendemos disminuir el dolor de esas familias. Estamos atentos para tomar todas las medidas necesarias para el rescate de la población en aquella localidad. No vamos a dejar más que las poblaciones se instalen en áreas de riesgo”, dijo.<

A continuación, algunos de los tópicos fundamentales del gobierno de Dilma Rousseff.

POR EL ARGENTINO

ABORTO: La mayoría de los congresistas brasileños que asumirán funciones en la Cámara Baja se opone a la despenalización del aborto. De un total de 513, 414 respondieron una encuesta privada: 267 (que representan el 52% de la Cámara) se pronunció en contra y 78 a favor. Otros 37 sostuvieron que en parte sí y 32 no supieron responder a la consulta. El aborto fue uno de los temas más discutidos durante la campaña presidencial. Rousseff, entonces, tuvo que dar marcha atrás en su postura a favor de la legalización del aborto y comprometerse a no cambiar las leyes ante críticas de la Iglesia católica y los evangelistas.

ARGENTINA: Para Rousseff, el país “es fundamental para el posicionamiento de Brasil en América Latina y el desarrollo de Brasil pasa por la asociación con los países de la región. Se trata de uno de los actores fundamentales, uno de los elementos estratégicos para nuestra política externa.” El gesto de elegir a la Argentina como primer destino internacional fue presentado como la reafirmación de la alianza estratégica y la prioridad que el Planalto continuará dando a la relación bilateral y a la región. Dilma reconoció que en el pasado Brasil “daba la espalda a la Argentina y miraba solamente hacia Europa y los Estados Unidos. Pero hoy, sin detrimento de aquellos, tenemos que percibir que el desarrollo de nuestro país implica necesariamente el desarrollo de la región.”

DERECHOS HUMANOS: “Mi gobierno no aceptará ninguna forma de violación de los Derechos Humanos en cualquier país, incluido el nuestro. Será un incansable defensor del respeto a esos derechos y de la igualdad. No somos un pueblo que odia, que despierta el odio, por eso Brasil tiene una posición histórica que mucho nos enorgullece”, expresó la presidenta. En este sentido, el gobierno está empeñado en la creación de una Comisión de Verdad sobre los delitos cometidos por la dictadura militar (1964-1985).

DICTADURA: Dilma Rousseff comparó a las dictaduras militares con el régimen nazi: “Representaron la tortura y el intento de callar a millones de seres humanos. La memoria colectiva debe impedir la barbarie. Los campos de concentración inauguraron las prisiones modernas, y el nazismo representó un nuevo modo de tratar al opositor político que fue reducido a una condición subhumana por medio de la tortura científica y la violencia industrializada. La memoria es un arma humana para impedir la barbarie. Recordar Auschwitz es recordar a todas las víctimas de las guerras injustas, de todas las dictaduras que torturaron e intentaron callar a millones de seres humanos.”

DISTRIBUCIÓN DE LA RIQUEZA: “Ningún país es rico sin reducir la desigualdad social y regional. Brasil puede serlo. Queremos hacer eso y eso demanda una ecuación que equilibra crecimiento económico y políticas de Estado contra la desigualdad”, dijo la presidenta.

ECONOMÍA: La presidenta garantizó que su gobierno mantendrá la inflación bajo control: “No negociaremos, vamos a mantener la economía creciendo sistemáticamente.” El Banco Central de Brasil ya fijó una línea dura en contra de la variable y llamó a usar un conjunto de instrumentos de política monetaria para contener las alzas de precios. Además de la tasa de interés, la autoridad monetaria ha tomado otras medidas para contener las presiones sobre los precios. Elevó los requerimientos de reservas de los bancos y anunció que podría comenzar a hacer subastas para comprar futuros cambiarios, esfuerzos que buscan enfriar el crédito y detener la valorización del real sin alterar la tasa de interés. La presidenta aseguró que no habrá recortes presupuestarios al Programa de Aceleración del Crecimiento (PAC), un ambicioso plan de obras de infraestructura puesto en marcha durante el gobierno de su antecesor.
EDUCACIÓN: Durante su discurso de asunción, Rousseff señaló que para que exista una educación de calidad es necesario tratar a los maestros como verdaderas autoridades de la educación, proporcionarles formación continua y remuneración adecuada, ya que sólo mediante un avance en la calidad de la educación se podrá formar jóvenes preparados que conduzcan a una sociedad de la tecnología y el conocimiento.

ESTILO DE GOBIERNO: La estrategia de Dilma es aparecer poco en público y conducir el gobierno de manera más técnica. De hecho, mientras Lula concurrió en ocho oportunidades al Foro de Davos, Rousseff declinó la invitación para ocuparse de cuestiones internas. La presidenta odia la impuntualidad y quiere que los 37 ministerios que integran el gobierno funcionen como empresas. En su primera reunión de gabinete, Dilma expresó que no le gustan las reuniones multitudinarias. Por eso, los dividió en cuatro grupos, con un ministro presidiendo cada uno de ellos para trabajar con mayor eficiencia. Las reuniones son los viernes para evitar que se vayan de Brasilia los jueves, como lo hacían habitualmente. Nadie podrá entrar a su despacho hablando por celular, y quienes mantengan una audiencia con ella deberán tener el teléfono apagado.

IRÁN: Todo indica que la presidenta mantendrá la estrategia de su antecesor, es decir, contribuir en la búsqueda de una solución para la crisis entre las potencias occidentales e Irán. En 2010 Brasil votó en el Consejo de Seguridad de la ONU contra las sanciones a Irán, impulsadas por los Estados Unidos y otras potencias que acusan al país asiático de desarrollar tecnología nuclear para construir armamentos de destrucción masiva. Además impulsó, junto a Turquía, un acuerdo por el cual Irán iba a ceder uranio de bajo enriquecimiento que sería procesado fuera del país.

ISRAEL Y PALESTINA: Rousseff pone énfasis en la necesidad del diálogo para solucionar el conflicto entre israelíes y palestinos, y sostiene que su gobierno condenará las violaciones de Derechos Humanos sin importar en qué país ocurran. En este sentido, afirmó: “Tengo la honra de dar continuidad a un gobierno que buscó la afirmación de la paz, en especial en Medio Oriente. Defendemos la construcción de la paz para mejorar la vida de los que viven momentos terribles de guerras fraticidas, étnicas y religiosas. El mejor camino para disminuir ese sufrimiento es la convivencia y el diálogo.”

LATINOAMÉRICA: Existe una señal de la prioridad que tendrá Brasil en su relación con los países sudamericanos. En ese sentido, la Argentina fue elegida como su primer destino internacional. El país es el principal socio externo, tanto por la extensa frontera común de 1263 kilómetros, como por su relación comercial y su presencia en el Mercosur, la unión aduanera que agrupa también a Paraguay y Uruguay. Este último país y Perú fueron los elegidos por Dilma para su gira en febrero. Los analistas políticos brasileños coincidieron en que la presidenta dará continuidad a la gestión diplomática emprendida por Luiz Inácio Lula da Silva.

LULA: “Su legado fue hacer que Brasil vuelva a crecer y lograr que asumiera una posición en el conjunto de las naciones, y sobre todo, que todos los brasileños y brasileñas encontrasen un lugar dentro de Brasil”, dijo Rousseff de Lula da Silva. “Ese hombre que vino de abajo construyó un imperio económico en Brasil, pero jamás perdió su compromiso con la soberanía del país, y sobre todo con el rescate de millones de personas de la pobreza y la miseria.”

MEDIOS DE COMUNICACIÓN: Una de las propuestas para reformar la Ley de Telecomunicaciones, que data de 1963, es evitar que un solo grupo pueda tener radio, televisión y prensa escrita. El proyecto está en discusión y se espera tener lista la ley para enviarla al Congreso este año. El gobierno intenta así evitar la concentración de la propiedad de las licencias públicas de radio y televisión. Una de las ideas rectoras es crear una agencia reguladora. Cuando Lula asumió en 2003, el presupuesto publicitario oficial se distribuía entre 499 grandes canales de televisión, radios y diarios, número que trepó a 8094 en 2010. La democratización de la pauta publicitaria fue una de las reivindicaciones expresadas por la Conferencia Nacional de Comunicación celebrada en 2009. Sus conclusiones fueron tomadas como base en un anteproyecto de ley que está siendo elaborado por el gobierno de Rousseff.

SALARIOS: La presidenta podría acordar un aumento del salario mínimo mayor al que habían ofrecido previamente funcionarios del gobierno. Se supo además que esperaría reducir posibles alzas salariales en 2012. El salario mínimo mensual en la mayor economía de Latinoamérica podría fijarse en 545 reales (330 dólares) –de los 510 reales en 2010–, pero Rousseff podría apuntar a los 550 reales.

SALUD: Rousseff quiere la consolidación de un Sistema Único de Salud. Para ello se asociaría con el sector privado. Una de las más importantes medidas que tomó el gobierno de Rousseff, luego de su asunción, fue la inversión de 1080 millones de reales (casi 650 millones de dólares) para la compra de medicamentos, vehículos fumigadores, larvicidas y material educativo.

UNIÓN EUROPEA Y MERCOSUR: A través de su ministro de Relaciones Exteriores, Antonio Patriota, el gobierno de Dilma Rousseff destacó la necesidad de que la UE y el Mercosur sellen un acuerdo de libre comercio mutuamente beneficioso. Sin embargo, Brasil atraviesa por dificultades debido a la apreciación del real y a la situación preocupante de los productos manufacturados, cuyas exportaciones se situaron en 2010 por detrás de los artículos básicos por primera vez en varias décadas. La escalada del real preocupa al nuevo gobierno, ya que perjudica sus exportaciones y por lo tanto puede condicionar las negociaciones para un acuerdo de libre comercio entre la Unión Europea y Mercosur, en el que el objetivo es levantar el mayor número de aranceles sobre los intercambios. La UE y Brasil mantienen, desde 2007, una Asociación Estratégica que ha permitido reforzar sus vínculos económicos y comerciales. Europa es el principal socio comercial de Brasil y los intercambios superaron los 74 mil millones de dólares en 2010.

VIVIENDA: El gobierno continúa con “Mi casa, mi vida”, un programa liderado por Dilma desde que era ministra durante la presidencia de Lula. Además, Rousseff anunció la construcción de 8000 casas, 6000 por parte del gobierno y 2000 por el sector privado para los damnificados por los temporales de lluvia en la región serrana de Río de Janeiro, donde murieron 837 personas en las últimas semanas. “Pretendemos disminuir el dolor de esas familias. Estamos atentos para tomar todas las medidas necesarias para el rescate de la población en aquella localidad. No vamos a dejar más que las poblaciones se instalen en áreas de riesgo”, dijo.<

A continuación, algunos de los tópicos fundamentales del gobierno de Dilma Rousseff.

POR EL ARGENTINO

ABORTO: La mayoría de los congresistas brasileños que asumirán funciones en la Cámara Baja se opone a la despenalización del aborto. De un total de 513, 414 respondieron una encuesta privada: 267 (que representan el 52% de la Cámara) se pronunció en contra y 78 a favor. Otros 37 sostuvieron que en parte sí y 32 no supieron responder a la consulta. El aborto fue uno de los temas más discutidos durante la campaña presidencial. Rousseff, entonces, tuvo que dar marcha atrás en su postura a favor de la legalización del aborto y comprometerse a no cambiar las leyes ante críticas de la Iglesia católica y los evangelistas.

ARGENTINA: Para Rousseff, el país “es fundamental para el posicionamiento de Brasil en América Latina y el desarrollo de Brasil pasa por la asociación con los países de la región. Se trata de uno de los actores fundamentales, uno de los elementos estratégicos para nuestra política externa.” El gesto de elegir a la Argentina como primer destino internacional fue presentado como la reafirmación de la alianza estratégica y la prioridad que el Planalto continuará dando a la relación bilateral y a la región. Dilma reconoció que en el pasado Brasil “daba la espalda a la Argentina y miraba solamente hacia Europa y los Estados Unidos. Pero hoy, sin detrimento de aquellos, tenemos que percibir que el desarrollo de nuestro país implica necesariamente el desarrollo de la región.”

DERECHOS HUMANOS: “Mi gobierno no aceptará ninguna forma de violación de los Derechos Humanos en cualquier país, incluido el nuestro. Será un incansable defensor del respeto a esos derechos y de la igualdad. No somos un pueblo que odia, que despierta el odio, por eso Brasil tiene una posición histórica que mucho nos enorgullece”, expresó la presidenta. En este sentido, el gobierno está empeñado en la creación de una Comisión de Verdad sobre los delitos cometidos por la dictadura militar (1964-1985).

DICTADURA: Dilma Rousseff comparó a las dictaduras militares con el régimen nazi: “Representaron la tortura y el intento de callar a millones de seres humanos. La memoria colectiva debe impedir la barbarie. Los campos de concentración inauguraron las prisiones modernas, y el nazismo representó un nuevo modo de tratar al opositor político que fue reducido a una condición subhumana por medio de la tortura científica y la violencia industrializada. La memoria es un arma humana para impedir la barbarie. Recordar Auschwitz es recordar a todas las víctimas de las guerras injustas, de todas las dictaduras que torturaron e intentaron callar a millones de seres humanos.”

DISTRIBUCIÓN DE LA RIQUEZA: “Ningún país es rico sin reducir la desigualdad social y regional. Brasil puede serlo. Queremos hacer eso y eso demanda una ecuación que equilibra crecimiento económico y políticas de Estado contra la desigualdad”, dijo la presidenta.

ECONOMÍA: La presidenta garantizó que su gobierno mantendrá la inflación bajo control: “No negociaremos, vamos a mantener la economía creciendo sistemáticamente.” El Banco Central de Brasil ya fijó una línea dura en contra de la variable y llamó a usar un conjunto de instrumentos de política monetaria para contener las alzas de precios. Además de la tasa de interés, la autoridad monetaria ha tomado otras medidas para contener las presiones sobre los precios. Elevó los requerimientos de reservas de los bancos y anunció que podría comenzar a hacer subastas para comprar futuros cambiarios, esfuerzos que buscan enfriar el crédito y detener la valorización del real sin alterar la tasa de interés. La presidenta aseguró que no habrá recortes presupuestarios al Programa de Aceleración del Crecimiento (PAC), un ambicioso plan de obras de infraestructura puesto en marcha durante el gobierno de su antecesor.
EDUCACIÓN: Durante su discurso de asunción, Rousseff señaló que para que exista una educación de calidad es necesario tratar a los maestros como verdaderas autoridades de la educación, proporcionarles formación continua y remuneración adecuada, ya que sólo mediante un avance en la calidad de la educación se podrá formar jóvenes preparados que conduzcan a una sociedad de la tecnología y el conocimiento.

ESTILO DE GOBIERNO: La estrategia de Dilma es aparecer poco en público y conducir el gobierno de manera más técnica. De hecho, mientras Lula concurrió en ocho oportunidades al Foro de Davos, Rousseff declinó la invitación para ocuparse de cuestiones internas. La presidenta odia la impuntualidad y quiere que los 37 ministerios que integran el gobierno funcionen como empresas. En su primera reunión de gabinete, Dilma expresó que no le gustan las reuniones multitudinarias. Por eso, los dividió en cuatro grupos, con un ministro presidiendo cada uno de ellos para trabajar con mayor eficiencia. Las reuniones son los viernes para evitar que se vayan de Brasilia los jueves, como lo hacían habitualmente. Nadie podrá entrar a su despacho hablando por celular, y quienes mantengan una audiencia con ella deberán tener el teléfono apagado.

IRÁN: Todo indica que la presidenta mantendrá la estrategia de su antecesor, es decir, contribuir en la búsqueda de una solución para la crisis entre las potencias occidentales e Irán. En 2010 Brasil votó en el Consejo de Seguridad de la ONU contra las sanciones a Irán, impulsadas por los Estados Unidos y otras potencias que acusan al país asiático de desarrollar tecnología nuclear para construir armamentos de destrucción masiva. Además impulsó, junto a Turquía, un acuerdo por el cual Irán iba a ceder uranio de bajo enriquecimiento que sería procesado fuera del país.

ISRAEL Y PALESTINA: Rousseff pone énfasis en la necesidad del diálogo para solucionar el conflicto entre israelíes y palestinos, y sostiene que su gobierno condenará las violaciones de Derechos Humanos sin importar en qué país ocurran. En este sentido, afirmó: “Tengo la honra de dar continuidad a un gobierno que buscó la afirmación de la paz, en especial en Medio Oriente. Defendemos la construcción de la paz para mejorar la vida de los que viven momentos terribles de guerras fraticidas, étnicas y religiosas. El mejor camino para disminuir ese sufrimiento es la convivencia y el diálogo.”

LATINOAMÉRICA: Existe una señal de la prioridad que tendrá Brasil en su relación con los países sudamericanos. En ese sentido, la Argentina fue elegida como su primer destino internacional. El país es el principal socio externo, tanto por la extensa frontera común de 1263 kilómetros, como por su relación comercial y su presencia en el Mercosur, la unión aduanera que agrupa también a Paraguay y Uruguay. Este último país y Perú fueron los elegidos por Dilma para su gira en febrero. Los analistas políticos brasileños coincidieron en que la presidenta dará continuidad a la gestión diplomática emprendida por Luiz Inácio Lula da Silva.

LULA: “Su legado fue hacer que Brasil vuelva a crecer y lograr que asumiera una posición en el conjunto de las naciones, y sobre todo, que todos los brasileños y brasileñas encontrasen un lugar dentro de Brasil”, dijo Rousseff de Lula da Silva. “Ese hombre que vino de abajo construyó un imperio económico en Brasil, pero jamás perdió su compromiso con la soberanía del país, y sobre todo con el rescate de millones de personas de la pobreza y la miseria.”

MEDIOS DE COMUNICACIÓN: Una de las propuestas para reformar la Ley de Telecomunicaciones, que data de 1963, es evitar que un solo grupo pueda tener radio, televisión y prensa escrita. El proyecto está en discusión y se espera tener lista la ley para enviarla al Congreso este año. El gobierno intenta así evitar la concentración de la propiedad de las licencias públicas de radio y televisión. Una de las ideas rectoras es crear una agencia reguladora. Cuando Lula asumió en 2003, el presupuesto publicitario oficial se distribuía entre 499 grandes canales de televisión, radios y diarios, número que trepó a 8094 en 2010. La democratización de la pauta publicitaria fue una de las reivindicaciones expresadas por la Conferencia Nacional de Comunicación celebrada en 2009. Sus conclusiones fueron tomadas como base en un anteproyecto de ley que está siendo elaborado por el gobierno de Rousseff.

SALARIOS: La presidenta podría acordar un aumento del salario mínimo mayor al que habían ofrecido previamente funcionarios del gobierno. Se supo además que esperaría reducir posibles alzas salariales en 2012. El salario mínimo mensual en la mayor economía de Latinoamérica podría fijarse en 545 reales (330 dólares) –de los 510 reales en 2010–, pero Rousseff podría apuntar a los 550 reales.

SALUD: Rousseff quiere la consolidación de un Sistema Único de Salud. Para ello se asociaría con el sector privado. Una de las más importantes medidas que tomó el gobierno de Rousseff, luego de su asunción, fue la inversión de 1080 millones de reales (casi 650 millones de dólares) para la compra de medicamentos, vehículos fumigadores, larvicidas y material educativo.

UNIÓN EUROPEA Y MERCOSUR: A través de su ministro de Relaciones Exteriores, Antonio Patriota, el gobierno de Dilma Rousseff destacó la necesidad de que la UE y el Mercosur sellen un acuerdo de libre comercio mutuamente beneficioso. Sin embargo, Brasil atraviesa por dificultades debido a la apreciación del real y a la situación preocupante de los productos manufacturados, cuyas exportaciones se situaron en 2010 por detrás de los artículos básicos por primera vez en varias décadas. La escalada del real preocupa al nuevo gobierno, ya que perjudica sus exportaciones y por lo tanto puede condicionar las negociaciones para un acuerdo de libre comercio entre la Unión Europea y Mercosur, en el que el objetivo es levantar el mayor número de aranceles sobre los intercambios. La UE y Brasil mantienen, desde 2007, una Asociación Estratégica que ha permitido reforzar sus vínculos económicos y comerciales. Europa es el principal socio comercial de Brasil y los intercambios superaron los 74 mil millones de dólares en 2010.

VIVIENDA: El gobierno continúa con “Mi casa, mi vida”, un programa liderado por Dilma desde que era ministra durante la presidencia de Lula. Además, Rousseff anunció la construcción de 8000 casas, 6000 por parte del gobierno y 2000 por el sector privado para los damnificados por los temporales de lluvia en la región serrana de Río de Janeiro, donde murieron 837 personas en las últimas semanas. “Pretendemos disminuir el dolor de esas familias. Estamos atentos para tomar todas las medidas necesarias para el rescate de la población en aquella localidad. No vamos a dejar más que las poblaciones se instalen en áreas de riesgo”, dijo.<

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Ana Vieira Contra a retórica da certeza
















POR ISPSILON PT
19.01.2011 - Nuno Crespo


Através de jogos de reflexos e da encenação de presenças Ana Vieira constrói uma narrativa de ambiguidades e suspense: nunca se sabe o que está atrás de uma porta, de uma cortina ou o que acontece depois de atravessar um corredor ou transpor um muro
"Muros de Abrigo" é o título da exposição de Ana Vieira no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian. Um título, disse a artista ao Ípsilon na visita guiada que noz fez, relevador das inquietações e matérias do seu trabalho e que surgiu de uma história de infância cuja importância sublinha. E a história é assim:
"Em São Miguel, quando chegava a casa vinda da escola, a primeira coisa que me apetecia fazer era ir passear para uma zona de plantação de vinha, de que gostava muito. Ia buscar um molho de chaves e dirigia-me à parte da propriedade mais próxima do mar. Nessa zona existiam grandes muros de pedra, muros de abrigo, que protegiam a vinha da maresia [...]. Absorvi esse espaço, a ambiguidade de ser simultaneamente aberto e fechado, e ainda o facto de haver passagens, de implicar tempo, cadências e percursos. A última porta dava para o mar." (texto publicado catalogo da exposição)
"Não interessa saber se é verdade ou não, se era tudo exactamente como conto", diz Ana Vieira. E esta indecisão quanto ao conteúdo factual e verificável da narrativa é uma indicação precisa do seu universo criativo. Todos os seus trabalhos, como esta história, para além da relação específica que possuem com a história da arte e com a linguagem artística que utiliza (pintura, escultura, fotografia, som), são sempre ficções e "encenações" (que é, diz, o modo como gosta de chamar os seus trabalhos).
Encenações as quais reivindicam, paralelamente ao seu estatuto estético, a dimensão lúdica do jogo que diz ser importante recuperar para a vida quotidiana: "As minhas peças são uma espécie de propostas de jogos como no teatro. E nós no quotidiano precisamos dessa dimensão. O meu trabalho tem muito que ver com a encenação no sentido teatral."
Este sublinhar da metáfora teatral mostra não estar em causa um jogo qualquer, mas um com uma linguagem rigorosa e onde se assiste à disposição de diferentes coisas (paisagens, objectos, palavras, pessoas) com vista à criação de um universo ajustado e com sentido: os ambientes e as casas encenados por Ana Vieira constituem-se sempre como mediações para o mundo, a vida e a existência. São passagens. Todo o trabalho de Ana Vieira está sempre a regressar às operações que a criança realizava na quinta paterna: absorve o espaço, explora a ambiguidade de tudo quanto há, cria zonas de passagem e pontos de fuga e evasão que exigem movimentos contínuos daqueles que atravessam os seus corredores, percorrem as suas casas ou permanecem nos ambientes que encena.
A permanência destes temas torna-se clara na exposição porque se podem ver obras de tempos tão diferentes como 1967 e 2008 e estes 40 anos de trabalho dão a ver as passagens, os diálogos estabelecidos com a sua época e com outros artistas e, sobretudo, a trama invisível que mantém unidos os muros da infância e as casas fantasmáticas e assombradas da artista crescida (veja-se "Casa Desabitada", 2004)
Sentir com o corpo
Ana Vieira nasceu em Coimbra em 1940, cresceu da ilha de São Miguel nos Açores e estudou pintura na Escola de Belas Artes de Lisboa. Mas o título de pintora não lhe convém, não por desgostar de imagens, mas porque sempre sentiu que não só as suas pinturas "desgostavam a um morto", diz ironicamente, mas também porque com a pintura não conseguia atingir o modo de compreensão que queria. A pintura que aprendia na academia era cheia de constrangimentos e "empecilhos", para além de lhe tentar impor uma lógica de paleta e cavalete que não lhe serviam. Já na altura da sua formação procurava modos de criar espaços porque "a contemplação não me chega, tenho de sentir com o corpo. É como quando olho para o mar: não consigo ficar quieta tenho de ir mergulhar."
Esta relação problemática com a pintura foi desde cedo tematizada. Já em 1968 dizia: "sob o ponto de vista académico, que impõe ao artista a paleta e o cavalete, pode chocar o princípio de que cada artista se pode exprimir com quaisquer materiais ou melhor recorrendo aos meios que mais lhe convêm." ("Correio dos Açores", 1.09.1968)
Enfatizar a expressão contra uma linguagem artística instituída deu origem a uma lógica não de destruição da herança artística que recebeu, mas à construção de obras em que as lógicas artísticas dominantes eram abandonadas. Para Paulo Pires do Vale, comissário da exposição, os trabalhos de Ana Vieira dos anos 60-70 são uma "revolta contra o plinto e contra a moldura. Contra a obra sacralizada, fechada e afastada da existência" a artista reivindica "uma arte viva, participada, partilhada não só na recepção, mas já na sua produção."
Um gesto de revolta que a faz afastar-se dos clichés visuais e intelectuais do discurso habitual da arte, mas simultaneamente reafirma a validade e permanência dos valores artísticos. Quando isso acontece Ana Vieira apropria-se de obras "clássicas" e muito conhecidas, e por ela muito admiradas, e "refaz" esses acontecimentos artísticos. Em "Ambiente" (1972) é a famosa Vénus de Milo que ocupa o centro de uma sala com paredes de cortinas esvoaçantes e transparentes. A escultura elevada por um plinto está rodeada de cadeiras vazias (onde já ninguém se senta? ou onde ninguém nunca se sentou?) que, na sua cor negra dominante, sugerem um ambiente fúnebre. Esta morte encenada não é um lamento, mas um retomar da potência da arte: por mais que se anuncie a morte da arte, ela permanece potente, significativa, resistente e são sempre os homens com as suas ideias que morrem, são as cadeiras que estão vazias, a escultura continua lá a exercer o seu poder.
Com "Le Déjeuner sur L'Herbe 77" (1977) é o pintor Manet que Ana Vieira retoma. Não por descontentamento, mas por admiração. Pega na pintura e torna-a mais "real" ao transformar a bidimensionalidade em tridimensionalidade: uma toalha estendida no chão, com copos, corpos, natureza. Corpos que podem ser atravessados e assumidos pelo corpo do visitante.
Voyeur
Neste gesto da artista não existe nenhum tipo de reclamação teórica ou o estabelecimento de um programa e trabalho. É um modo sensível e intuitivo de tornar suas as imagens (que diz estarem sempre no começo das suas obras) que deseja, admira e quer possuir. Por isso, este voltar a fazer, longe de ser uma cega repetição ou a crítica aos clichés e sistemas da simbólicos e institucionais da arte, é uma forma de tornar íntimo e próprio.
Os fascínios de Ana Vieira não são só constituídos pelos momentos consagrados da história da arte, mas faz parte da generosidade do seu olhar a atenção ao que a rodeia e o permanente movimento de procurar o que mais lhe convém. Foi assim com as sombras de Lourdes Castro, os espelhos de Michelangelo Pistoletto, as performances de Joan Jonas que em Paris viu com Helena Almdeia, e é assim com Jorge Silva Melo que produziu a sua inesquecível exposição "Casa Desabitada" e que está a terminar um filme sobre a artista chamado "E o que não é dito".
Aos 70 anos Ana Vieira continua a afirmar que não ter sido descoberta foi a sua "grande sorte", pois só assim pôde fazer um trabalho totalmente livre e, sobretudo, um "trabalho contra as retóricas da certeza."
Esta luta longe de ser uma metáfora descreve uma inquietação a qual tem na "Janela Indiscreta" (1954) de Hitchcock a boa apresentação. O filme, diz a artista, é a melhor descrição do seu trabalho porque mostra alguém sempre inquieto por ver através das coisas e nesse movimento de visão as fronteiras entre o dentro/fora, próximo/distante, ausente/presente ficam abaladas e são transpostas.
Acrescente-se que o voyeur é um lugar permanente no trabalho de Ana Vieira: está-se sempre a espreitar através de janelas, pelo buraco das janelas, pelas frinchas das portas. E sempre a assistir a acontecimentos privados, domésticos, quotidianos, cuja potência artística parece nula, mas que a Ana Vieira surgem como mote permanentemente desenvolvido.
Se o espreitar do voyeur é a modalidade da experiência da sua obra, a casa é o seu lugar de segurança. Porto inabalável contra todas as tentativas de desvanecimento do corpo, das imagens e sensações.
E com a casa surgem silhuetas, sombras, sugestões, jogos de espelhos que remetem o espectador para um universo de reflexos e de imagens. Não se trata da exploração do ambiente doméstico, mas das fantasmagorias da normalidade. Ana Vieira materializa os fantasmas (que são produtos da "phantasia" que é o nome antigo da imaginação) da normalidade, as imagens espectrais que continuamente são sugeridas pela casa que se habita, se espreita ou se visita. E com os seus trabalhos a experiência da arquitectura transforma-se em inquietação e permanente novidade: nunca se sabe o que está atrás de uma porta, de uma cortina ou o que acontece depois de atravessar um corredor ou transpor um muro.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

ESTAMOS EM PLENO MAR DO CAPITALISMO DIGITAL- DO CONTROLE














































Como nos afirmou Deleuze estamos na Sociedade de Controle, não mais a disciplinar , de Foucault, todos nos controlam, sobretudo os instrumentos do Capital.Agora somos BBB, vigiados , espionados dia a dia, hora a hora, segundo a segundo, e a moçada vibra, com a própria dominação.O entretenimento é a própria publicidade, e ai consumo adentra ferrenho, como moda, como consumir , para ser e estar.
Se não bastasse o email os web sites, estamos nas redes , chamadas de sociais, onde as palavras e imagens discursam e tem o poder de fazer a realidade, mesmo que se distancie da presencial.
Há mortos na Serra, do Rio, na periferia e Bairros de São Paulo , mas o que prevalece, parece, é o que é dito no, meio digital.
Estamos como nos dizia Baudrillard no ápice do simulacro, que engana , esconde, mente, e nada fazemos, estamos sob o controle e sem saída.
Não há cortina, não há véus, há a mascara grudada, em que somos um outro que nem sabemos quem somos.Se não sabíamos da persona, agora mais ainda.
Triunfo absoluto da era Digital, em que os conformes de facilidades enganam o sequestro nosso definitivo, sem volta, sem pagamento que nos devolva a antes.
Antes, é escuso, antigo, não atual, não moderno.
E nos perdemos, ou nos encontramos em outra era do humano.
A carta não vinga mais, o email, deixa de ser e assume as redes sociais, que breve, nos cobrará por participar, mais ainda, pois já pagamos com nossa vida devassada e controlada.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Exclusivo: ex-aluna que revelou aborto de Monica Serra fala sobre futuro livro

POR JORNAL DO BRASIL CLIQUE NO TÍTULO ELEIA NA FONTE ORIGINAL
Exclusivo: ex-aluna que revelou aborto de Monica Serra fala sobre futuro livro
Sheila Ribeiro diz gostar da ex-professora e que obra é sobre cidadania. Para a dançarina, brasileiros devem se manifestar "sem medo e sem provocar picuinhas"
Jornal do Brasil
Paulo Marcio Vaz



A dançarina Sheila Canevacci Ribeiro, que durante a última campanha presidencial se manifestaou no Facebook e revelou ao país um suposto aborto cometido por sua ex-professora Monica Serra, esposa do então candidato tucano à Presidência, José Serra, está escrevendo um livro, como o JB revelou ontem. A obra, ainda em “estágio embrionário”, é “sobre o duplo discurso e o oportunismo do aborto nas eleições”, explica a dançarina. Em entrevista exclusiva, Sheila faz questão de dizer que seu livro é sobre “cidadania”, e não sobre Monica. Ela garante que nunca teve a intenção de acusar ou denunciar ninguém.

“Não é um livro sobre o aborto, muito menos sobre a Monica”, diz a dançarina. “Eu ainda gosto dela e a respeito muito como professora. Quem sou eu para ficar acusando?”.

Sheila se diz incomodada pela forma como sua manifestação no Facebook, ocorrida depois que ela assistiu a um debate entre José Serra e sua rival, a então candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, foi encarada por parte da mídia e da população. A atitude de Sheila se deu depois de Dilma fazer menção, no debate, a uma frase em que Monica teria dito que a petista seria a favor de “matar criancinhas”:


"Eu apenas assisti a um debate eleitoral e escrevi uma reflexão a respeito", disse Sheila. Foto: Reprodução
“Eu apenas assisti a um debate eleitoral e escrevi uma reflexão a respeito. Só tive uma reação ao debate”, afirma Sheila.

A dançarina diz que, na época da polêmica causada por sua manifestação na internet, muitos diziam que ela deveria temer por sua segurança. Para Sheila, esse tipo de comportamento mostra que “o brasileiro ainda vive numa ditadura”:

“Pessoas me pergutavam se eu não tinha medo. O brasileiro está um pouco atrasado na questão política”, avalia. “A população tem que falar sobre as coisas”.

O livro

No livro, ainda sem título – Sheila pede sugestões a seus amigos no Facebook – a dançarina quer incluir artigos e reportagens publicadas na época da polêmica, entre eles um texto de seu marido, o antropólogo italiano Massimo Canevacci, além de comentários dos internautas, muitos deles postados em sua página no Facebook.

Considerando a interntet como a “democratização de fato”, Sheila diz querer convidar “a todos os brasileiros a entenderem que eles têm nome e sobrenome. E que devem se manifestar sem medo, e também sem a intenção de causar picuinhas”.

Em sua página no Facebook, na qual ela fez o anúncio sobre a obra, a dançarina diz que o livro terá que ser “barato e acessível”. “A dança do discurso” foi o primeiro título sugerido, por ela mesma.

Ao todo, 56 internautas postaram comentários no facebook sugerindo títulos como “A dança da mentira”, “Aborto e eleições – Locais deslocados”, “Aborto nas eleições – A face oculta” e “Dança dupla”.

Em algumas das respostas a seus amigos internautas, Sheila dá mais dicas a respeito do conteúdo da obra:

“(...) é um documento de um marco histórico. fiquei impressionada como td mundo falou em coragem e medo e acho q aqui precisa de muito trabalho de valorizaçao de açoes comuns, civis... é um livro q quer ser positivo e não resmungão”.

Em um dos comentários direcionados à dançarina, um internauta questiona sua capacidade como escritora:

“A sua experiência vai ser suficeinte para escrever um livro pertinente sobre isso?”.

“A sua pergunta é um pouquinho arrogante”, reage a dançarina.

Lembrando a campanha

A notícia sobre um suposto aborto cometido por Monica Serra ganhou repercussão depois que Sheila Canevacci postou, em 11 de outubro, em sua página no Facebook, uma mensagem dizendo que, durante uma aula na qual a dançarina estava presente, Monica teria falado sobre um aborto feito por ela durante a ditadura, no quarto mês de gravidez. A notícia caiu como uma bomba na campanha eleitoral, já que, na disputa, Serra acusava sua então rival, Dilma Rousseff (PT), de ser a favor do aborto e ter mudado de opinião apenas para tentar ganhar votos do eleitorado mais conservador.

La Jornada en Internet: Se inicia 41 Foro Económico Mundial en Davos

La Jornada en Internet: Se inicia 41 Foro Económico Mundial en Davos

A FOTO QUE VIROU MÚSICA